domingo, 20 de junho de 2010

O VIAGRA E O GOVERNO SÉRGIO CABRAL (PMDB).

No meu breve período de maior aproximação com o mundo político do Rio de Janeiro posso dar alguns conselhos para todos os candidatos que participarão das eleições de 2010:
Se você quer ganhar, invista muito dinheiro.
Se você quer perder, fale mal das "UPs" (UPPs e UPAs).
Eu sou politicamente incorreto.
A força do dinheiro fica clara a partir das convenções dos partidos, basta participar de algumas, para conhecer essa verdade e a diferença que ela determina entre os candidatos, tendo em vista que só pode ser votado, quem for conhecido.
A mídia fluminense transformou as UPPs na maior descoberta em termos de segurança pública em todo mundo, as UPAs estão quase no mesmo patamar.
As “UPs” de Cabral apostam na visibilidade, ou seja, onde nada existia em termos de saúde, eu coloco uma estrutura toda alugada da noite para o dia e onde a ocupação policial não existia ou existia com um pequeno grupo, eu coloco um Policial Militar em cima do outro, não importa em que condições, criando uma relação policial x habitante, nunca vista em nenhum lugar do mundo.
Os resultados saltam aos olhos, eu imagino o que sentiu um morador da Rua São Clemente em Botafogo (Zona Sul), ao acordar e dar de cara com uma UPA. Tenho certeza que ele pegou o telefone e cancelou o caríssimo plano de saúde, pois esse passou a ser um gasto supérfluo. Penso que as empresas de saúde tenham tido um grande prejuízo com a perda dos clientes que residem ao redor das UPAs.
As UPPs da Zona Sul também causaram essa mesma sensação, penso que as seguradoras de veículos devam ter perdido quase todos os clientes que residem no bairro de Copacabana, por exemplo.
Obviamente, ambos os projetos eleitoreiros acabam tendo aspectos positivos, porém são extremanete limitados, provisórios e caríssimos, uma tônica no atual governo, vide a terceirização de viaturas da Polícia Militar que está sob investigação do Ministério Público.
Manter o pagamento de aluguéis da ordem de R$ 800.000,00 por cada UPA é economicamente inviável, pois em um ano, o custo será maior que a construção de um pequeno hospital no local. Isso sem falar, no custo das gratificações distribuídas para manter funcionando um projeto eleitoreiro, evitando a evasão de médicos e enfermeiros. A partir disso começamos a jogar o dinheiro público no lixo e começamos a ingressar no perigoso terreno da improbidade administrativa, salvo melhor juízo.
As UPPs também custam uma fortuna, centenas de Policiais Militares superpovoando pequenos territórios, por longo período é economicamente impraticável. Nunca serão ocupados nem 10% das comunidades carentes, não existirá efetivo suficiente e nem recursos para pagar esses homens e mulheres.
Qual é o projeto? Qual a segunda fase? Quantas e quais comunidades serão atendidas ao final?
As UPPs me remetem ao viagra.
Abro uma janela: São 07:37 horas do dia 19 JUN 2010, moro no Méier e acabo de ouvir uma rajada, seguida de três disparos, que aconteceram um minuto depois.
Como estava escrevendo, as UPPs são como o viagra, uma propaganda enganosa quando confundida com uma política de segurança pública.
Isso mesmo, o viagra. O surgimento do medicamento para impotência masculina trouxe com ele uma série de anedotas e de chacotas, que também entraram nos quartéis. Lembro que na época o que mais impressionou não foi o uso pelos senhores, mas pelos jovens, que ao conhecerem uma nova garota, usavam o medicamento para causar uma grande impressão de voracidade sexual.
As UPPs são assim, um viagra caríssimo usado por poucos, que só será usado em um número limitadíssimo de comunidades carentes, para promover uma propaganda enganosa generalizada.
Eis a verdade, não teremos UPPs para todos, na verdade apenas para uma minoria, a própria concentração do projeto na Zona Sul evidencia essa precariedade, apesar do esforço combinado do governo Sérgio Cabral (PMDB) para fortalecer a amplitude do projeto, usando uma fórmula conhecida há muito tempo:
- Pagar salários miseráveis aos policiais da ponta da linha, facilitar o acesso no concurso, para poder colocar milhares para dentro da Polícia MIlitar e jogá-los, o termo é esse, nas UPPs.
Ocupar as comunidades carentes é imperioso, mas com inteligência, competência e honestidade. Ocupar politicamente significa dar vários comprimidos de viagra para um defunto, fazendo com que as pessoas pensem que a rigidez completa do morto tem relação com o uso do medicamento.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORRGEDOR INTERNO

4 comentários:

Alexandre, The Great disse...

Além do mais, Cel Paúl: todo segundo mandato desconstrói todos os "castelos de areia" montados no primeiro. Sendo assim a população do RJ não pode se deixar enganar novamente. Expurgar cabral e o pmdb do cenário político se faz mister.
Juntos Somos Fortes!

Anônimo disse...

Cel, próximo, a minha casa na praça do Vista Alegre no bairro do mesmo nome o 9º BPM implantou um destacamento o noninho, veio o governador, tudo bem, sediado no que poderia ser uma sede com cursos para os jovens, tudo bem, se apoderaram da área de lazer do parquinho das crianças para estacionamento os brinquedos estão jogados , tudooobeeeeeem, só que ninguém vê o resultado, não se faz presente um PM nas ruas do bairro dia e noite, vt's só de passagem como era antes, A bagunça continua a noite toda, e não se vê uma segurança sequer ainda outro dia fui olhar parecia um prédio abandonado não vi bandeiras, nada, Foi eleitoreiro ou não foi fale dai Cel. Sou morador da Rua próxima vou tirar fotos e lhe mando no segredo todo cuidado é pouco.

Paulo Ricardo Paúl disse...

Correto, Alexandre. Por favor, mande as fotos, embora as coisas possam melhorar depois desse seu comentário, pois o blog é lido pelos governantes. Juntos Somos Fortes!

Anônimo disse...

correção, Cel não foi a denuncia do alexandre, sou anônimo, aqui no Campo do Vista Alegre a barra pesa, bairro sem lei, aqui só quem manda é a politicagem.
Meus respeitos!