terça-feira, 26 de maio de 2009

NO REINO ENCANTADO DO RIO DE JANEIRO...

O GLOBO:
LIBERDADE.
JUSTIÇA CONCEDE HABEAS CORPUS AO EX-CHEFE DA POLÍCIA CIVIL ÁLVARO LINS.
BRASÍLIA E RIO - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu habeas corpus ao ex-chefe da Polícia Civil e ex-deputado estadual Álvaro Lins (clique e leia).

POLÊMICA.
PAES: PAINÉIS DA RIO 2016 NÃO SÃO OUTDOORS E VÃO CONTINUAR.
RIO - Os painéis instalados ao longo da Linha Vermelha, em apoio à Rio 2016 irão continuar nos locais (clique e leia).

O DIA:
GUERRA DO RIO.
RIO - Arrastão a luz do dia no bairro de Botafogo (clique e leia).

JORNAL DO BRASIL:
Milícia desafia ocupação no Batan com ameaças, diz tenente.
Felipe Sáles, Jornal do Brasil.
RIO - "Embora o Morro Dona Marta, em Botafogo, seja a menina dos olhos do governo do estado, as outras experiências em políticas de pacificação em andamento revelam que os morros Chapéu-Mangueira e Babilônia, no Leme – últimos a receberem o projeto – deverão passar por um processo cujo resultado, além de longo, ainda é uma incógnita. Na Favela do Batan, em Realengo, por exemplo – onde jornalistas do jornal O Dia foram torturados por milicianos em maio do ano passado – a milícia voltou a tentar se infiltrar. Segundo o tenente do Bope, Wolney de Paula, atual presidente da associação de moradores e morador da região há 28 anos, isso o obrigou a contar até com escolta policiais à paisana armados com fuzis, embora a comunidade esteja pacificada. Já a Cidade de Deus – cuja Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) abrange apenas metade da região – registrou nos últimos cinco meses cerca de 130 prisões em flagrante – quase uma por dia.
Depois de presenciar a ação tanto do tráfico quanto da milícia, o tenente Wolney, 57 anos – que trabalha diariamente no Bope – assumiu em 11 de junho o Posto de Policiamento Comunitário (PPC) concebido sob uma nova ótica pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Seseg). A unidade foi composta por 12 policiais que moram na própria região. Em 22 de junho, ele assumiu a associação com base em 560 assinaturas e tornou-se o principal interlocutor da comunidade junto ao secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.
As ameaças, segundo ele, começaram em dezembro, depois que a Seseg, por meio de convênio, implantou na comunidade a TV a cabo a preços populares. Segundo Wolney, emissários de Odnei Fernando da Silva – que já estava preso há cinco meses acusado de chefiar a milícia no local e torturar os jornalistas – sugeriram que se retomasse a TV a cabo clandestina.
– Expliquei que não havia como haver ilegalidade onde a legalidade se fazia presente. Depois pessoas ficaram rondando minha casa, mas tudo sempre de forma velada, não havia como dar voz de prisão. Mas por determinação da Seseg, dois policiais do Bope passaram a fazer minha escolta 24 horas por dia. Hoje alguns membros da milícia estão presos, mas há muitos amigos do Odnei aqui e sempre há o receio de que, com os conhecimentos dele, a milícia tente se reinfiltrar.
Há três meses, o PPC deu lugar à UPP, sob o comando do capitão Eliézer de Oliveira. A unidade conta com 55 policiais e cinco viaturas, além de policiamento a pé. As últimas ocorrências foram relacionadas ao trânsito e brigas de família motivadas por bebida alcoólica. O comandante orientou o comércio a fechar à meia-noite e respeitar a Lei do Silêncio. Vários projetos sociais são tocados junto com a associação de moradores, embora Eliézer se apresse a separar os trabalhos da UPP com os da associação.
– O tenente Wolney é PM da ativa e tem a sua escolta, mas uma coisa é o policiamento comunitário, outra é a associação de moradores – explicou.
Já a Cidade de Deus conta com 180 policiais divididos em quatro turnos. A UPP da comunidade responde apenas pelas quadras 13 e 15, segundo o subcomandante da unidade, tenente Diego Senna. O restante – as localidades Karatê e Apartamento – ficam por conta do 18º BPM (Jacarepaguá), que desloca cerca de 50 policiais por dia para a região.
– Basicamente nosso trabalho é baseado em denúncias de moradores – contou Senna. – Divulgamos panfletos e tentamos reaproximar a população da polícia com aulas de futebol e ginástica para a terceira idade.
Desde janeiro foram feitas cerca de 130 prisões em flagrante, segundo o comandante do 18º BPM, tenente-coronel Luigi Gato, o que só por isso já diferencia as ações nas demais comunidades. Luigi lista, por exemplo, o isolamento da comunidade e a densidade demográfica (na ordem de 130 mil pessoas, contra 50 mil no Dona Marta), além dos 40 anos de abandono e da cultura intrínseca de tráfico de drogas e dependentes químicos difundida de pai para filho.
– Aqui é um processo muito mais demorado, não há a menor comparação. Temos uma cultura a combater – explicou. – Não dá para dizer que o tráfico saiu de lá, mas não é mais ostensivo. Está pacificado. Mas também não quer dizer que não vai haver problemas. Aqui somos literalmente uma cidade".
JUNTOS SOMOS FORTES!

PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

Nenhum comentário: