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domingo, 18 de março de 2012

O VEÍCULO FOI LIBERADO SEM SER PERICIADO?

Enterrado ciclista atropelado por filho de Eike Batista.
Acidente envolvendo Thor aconteceu na noite de sábado em rodovia do Rio.
iG Rio de Janeiro.
Foi enterrado na tarde deste domingo o ajudante de caminhoneiro Wanderson Pereira dos Santos, que, na noite de sábado (17), foi atropelado por Thor Batista, filho do empresário Eike Batista. O sepultamento aconteceu no Cemitério de Xerém, em Duque de Caxias.
O acidente aconteceu na rodovia Washington Luís. A vítima, de 30 anos, estava em uma bicicleta na pista sentido Rio da estrada, na altura do município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, quando foi atingido pelo veículo de Thor, uma Mercedes SLR McLaren.
De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado na 61ª DP (Xerém) como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Thor estava acompanhado de um amigo, que também passou pelo teste do bafômetro.
O veículo que atropelou o ajudante de caminhoneiro chegou a ser levado para o pátio da PRF, mas foi liberado porque não havia medida administrativa para apreensão. O advogado de Thor prometeu à Polícia Civil manter o veículo sem modificações para futura perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) (Leiam mais).
Comento:
Sinceramente, não entendo a razão da liberação do veículo antes da perícia.
Se alguém souber explicar o real motivo, por favor, informe.
Juntos Somos Fortes!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

OS RISCOS DE UMA PERÍCIA CRIMINAL INEFICAZ.

Eu tenho defendido no nosso espaço democrático a independência da perícia criminal no Rio de Janeiro, a qual deixaria de ser subordinada à Polícia Civil, como já ocorre em diversos estados do Brasil. Penso que esse seja um fato indispensável para o avanço da nossa perícia. Infelizmente, ainda estamos muito longe dos centros mais desenvolvidos, apesar da qualidade dos nossos peritos. Tal atraso pode prejudicar as investigações e, sobretudo, a obtenção de uma prova real sobre o fato investigado, o que pode provocar o que ninguém quer: a condenação de inocentes.
Nos últimos dias, no caso envolvendo o jogador Adriano, ganhou as manchetes um exame pericial e sobre ele eu recebi de um perito amigo um email, do qual extrai esse texto:
"(...) Escrevo para comentar e deixar a sugestões de senhor fazer um artigo sobre mais essa prova de ineficiência da policia técnica, possivelmente devido equipamentos arcaicos.
A falta de vestígios de disparo de arma de fogo nas mãos da menina que sofreu e/ou efetuou o disparo de arma de fogo no caso “Adriano “  (http://odia.ig.com.br/portal/rio/html/2012/1/exame_nao_encontra_polvora_na_mao_de_adriano_215663.html ) mostra o grave abandono na policia técnica, o que pode colocar inocentes na cadeia e soltar culpados .
Note o tamanho do absurdo, a menina por ter sofrido o disparo a curta distancia, COM CERTEZA vai ter Pólvora incombusta em suas mãos, partículas de chumbo, bário, chumbo e antimônio (residos).
Impossível não ter !!!!
Uma boa pericia, teria microscópio de varredura, o que daria uma alta especificidade e muito melhor sensibilidade ao exame .
No RJ, a pesquisa é feita com produtos químicos buscando Bário Chumbo e Antimônio,  que se a mão for bem  lavada, adeus .....
Muito mais temerário é a antiga busca por nitrito e nitrato, que pode dar positiva só da pessoa ter contato com urina ( ir ao banheiro ) , pegar em adubos, alimentos defumados, Etc, Etc Etc...
Agora vem a PIOR noticia de todas ....
O mero manusear de arma faz com que o resultado do exame seja positivo, isso se o examinado não lavar suas mãos ...
Em minha época da ativa, fiz esse exame em inúmeros policiais, em especial PMs. Nada mais normal que o exame seja positivo nas mãos de um policial .. não precisa atirar, a arma é contaminada por esses  elementos, sempre tive o cuidado de ligar para a autoridade policial e avisar do alto risco de um FALSO Positivo nas mãos de um Policial....
NUNCA NENHUMA AUTORIDADE SE PREOCUPOU EM FAZER POSSIVEL FALSA PROVA CONTRA UM INOCENTE .... (Depois vai explicar o falso Positivo para o júri ....)
Esse temerário exame, não deve ser usado em condições alguma em pessoas que se espera manusear armas .... A chance de falso positivo é grande .... Em suma, os PMS, BMs, devem ser alertados para o fato ...
Outra coisa estranha, e que alguns presos de melhor nível, chegavam com as mãos muito bem lavadas ....... Fato que fazia constar na coleta ...... Logicamente, nesses casos , o resultado sempre foi negativo ....
Esse exame tem valia se as mãos forem isoladas com saco plástico logo após o disparo, e que o possível autor não tenha por rotina manusear arma de fogo, mesmo sem fazer disparos ..... Nesses casos, o resultado , dependendo da boa coleta e do bom reagente e do profissional , vai ser de grande valia ...
Mas exame em policiais e em pessoas que por algum motivo lavam as mãos ate com “escovinha “ , de nada serve além de promover a injustiça , prender possíveis inocentes e soltar possíveis culpados (...)".
Juntos Somos Fortes!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

PRINCIPAIS PROBLEMAS DA INVESTIGAÇÃO POLICIAL.

Prezados leitores, antes de tratar de forma sintética alguns dos principais problemas da investigação policial, preciso escrever algumas linhas sobre minha vida profissional, antes que alguém diga que não sou especialista no tema por ser Coronel de Polícia. Ao longo dos mais de 30 anos de serviço ativo, exerci com frequência todas as atividades relacionadas com a polícia judiciária militar, sendo encarregado por Inquéritos Policiais Militares (IPMs), Sindicâncias, Averiguações e Processos Administrativos Disciplinas. Lembro que um encarregado de IPM exerce atividades idênticas às desenvolvidas pelos delegados de Polícia Civil. Soma-se a essa experiência, o fato de que por mais de 10 anos eu atuei diretamente na área correcional da PMERJ, exercendo as funções de Subchefe e Chefe da 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (o correspondente a uma Delegacia da Polícia Civil) e Corregedor Interno. Escrito isso, passo a elencar apenas cinco dos problemas para que o tamanho do artigo não desestimule a leitura. Enumero sem ordem de importância, buscando a melhor forma didática de encadeá-los. Uso a linguagem menos técnica possível para facilitar a compreensão de todos e deixo claro de início que a tradicional “falta de recursos humanos e materiais” também ocorre na área da investigação, mas isso é a regra em todo serviço público fluminense, portanto, faço apenas a menção.
O universo é o Estado do Rio de Janeiro, embora os problemas sejam comuns a outros entes federativos.
1) Os baixos salários e o “bico policial” – Sem dúvida, esse é um problema enorme que muito prejudica toda atividade policial no Rio de Janeiro, pois os policiais não podem se dedicar com exclusividade as suas missões, eles precisam buscar outros meios para conseguir ter uma vida digna. Um Policial Militar ou Civil que sai do “bico” e assume o serviço, não pode render adequadamente e todo serviço acaba prejudicado.
2) Descumprimento da legislação – Tanto a polícia ostensiva (Polícia Militar), que normalmente é a primeira a chegar aos locais de crime, quanto a polícia investigativa (Polícia Civil), não cumprem as suas missões preconizadas na legislação no concernente aos locais de crime, por exemplo. O descumprimento da lei age como um fator de grande prejuízo para a investigação, quando não impede qualquer investigação com resultados positivos em face da completa deteriorização do local ou da não realização das ações investigativas imediatas, incluindo as atividades periciais.
3) Subordinação da Polícia Técnica-Científica (Perícia) à Polícia Civil – No Rio, a perícia ainda não é autônoma, problema já equacionado na maioria dos estados brasileiros. Não preciso alongar-me para justificar que a independência é um fator importante para o aprimoramento dos profissionais e dos serviços, isso é óbvio, mas devo destacar que tal separação funciona muito bem também contra o corporativismo negativo. O perito passa a ser mais um elemento no controle interno da atividade dos policiais, pois sem estar subordinado ao Chefe da Polícia Civil, não poderá ser pressionado. Acaba a possibilidade do quebra-galho, o jeitinho, o tiro que entrou pelas costas e que no laudo aparece de forma diferente, por exemplo. Na Polícia Militar, o mal também existe, a perícia é subordinada ao Corregedor Interno (Comando Geral). A vinculação é um atraso e prejudica as investigações, uma ótima iniciativa é tornar independente a perícia, a qual poderia ser um órgão hibrido, atuando nos crimes comuns e militares.
4) Desvio funcional – A polícia investigativa (Polícia Civil) não se dedica com exclusividade a sua única missão constitucional: investigar. A PCERJ tem helicóptero blindado, veículo blindado de transporte de tropa, grupo paramilitar (CORE) para invadir comunidades, viaturas policiais ostensivas (caracterizadas) e os Policiais Civis atuam uniformizados. Qual a finalidade desse aparato para a investigação? Isso pode começar a explicar o fato de nem 5% dos assassinatos ocorridos no Rio serem esclarecidos, citando um exemplo.
5) A desqualificação de parte dos quadros policiais – Investigar é uma ciência complexa e a experiência é extremamente relevante. Ao longo da minha carreira, sobretudo na área correcional, tive contato com um sem número de Inquéritos Policiais (IPs) e IPMs, laudos e outras peças investigativas. Tal experiência me habilita a escrever que muitos policiais encontram várias dificuldades para investigar, problema gravíssimo que somado aos outros citados, faz com que não seja raro que investigações se percam por caminhos tortuosos não chegando a lugar algum e aumentando a impunidade, isso quando não ocorre o pior, chegam a responsabilizar inocentes. No caso da polícia investigativa, o problema se agrava em face da possibilidade de um não policial, ascender direto ao cargo de Delegado de Polícia, o que significa colocar alguém sem qualquer experiência para gerenciar diversos IPs, simultaneamente. As faculdades de direito não ensinam a investigar. Os bacharéis em direito não são investigadores, o que faz com que os novos delegados aprendam no exercício prático da profissão, o que é péssimo para os resultados das investigações. Obviamente, excetuam-se desse problema os Delegados que eram policiais de carreira e passaram no curso aberto ao público. A solução mais viável é o fim do concurso externo para Delegado de Polícia, retornando o concurso interno, assim quem quisesse ser Delegado, tinha que começar pela base. Igual proposta se aplica à Polícia Militar, quem quiser ser Coronel, deve começar como Soldado. Só vejo vantagens nessa porta única de entrada.
5.1) Os erros na busca de resultados através das escutas telefônicas (grampos) autorizadas pelo Poder Judiciário: Eu resolvi tratar esse caso de desqualificação profissional em separado, não só em razão das escutas estarem sendo usadas em profusão, mas também pelos freqüentes erros na busca de resultados. Escutar alguém identificado é muito fácil. Ouvir alguém sabendo quem é essa pessoa não constitui qualquer problema, o problema começa quando você obtém ao longo de escutas uma conversação com teor ilícito mas não sabe quem está falando com quem e tem que identificar os interlocutores. Os erros são muito freqüentes, eu tive contato com vários deles. No caso de conversas entre policiais e traficantes, por exemplo, nenhum dos lados usa celulares habilitados em seus nomes, o que obriga a uma série de medidas para tentar identificar os interlocutores e isso não é nada fácil. O trabalho precisa sair do ar condicionado e ir para o campo, para as ruas, pois só assim podemos estabelecer os links entre o que estamos ouvindo e quem está falando.
Longe de encerrar o tema, considerando que existem inúmeros outros problemas e que pretendo voltar a tratar do assunto, coloco um ponto final no artigo e destaco que os fatos que estão acontecendo no Rio de Janeiro nos últimos dias, que serviram como estopim para uma nova crise entre a PMERJ e a PCERJ, poderão servir para materializar o que tratei nesse artigo, como o tempo dirá.
Juntos Somos Fortes!

sábado, 29 de outubro de 2011

CASO JUAN - A DESMORALIZAÇÃO.

Prezados leitores, quando o Rio de Janeiro terá uma perícia criminal independente?
Uma realidade na maioria dos estados brasileiros.
O caso Juan mostra a cada novo episódio que é imprescindível a autonomia do Departamento de Polícia Técnico-Científica.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

CASO JUAN: MENINO OU MENINA?

JORNAL O DIA.
Caso Juan: Defensoria Pública entra com mandado de segurança
Objetivo é conseguir que a coleta de material genético dos pais do menino aconteça no Estado do Rio
Rio - O defensor público Antonio Carlos de Oliveira entrou nesta segunda-feira, junto ao Tribunal de Justiça, com um mandado de segurança para garantir o cumprimento da medida cautelar de produção antecipada de provas para exumação de cadáver, perícia e oitiva de testemunhas. O defensor representa o policial militar Edilberto Barros do Nascimento, acusado de participação na morte do menino Juan Moraes Neves, em junho, no município de Nova Iguaçu.
O pedido tem por objetivo fazer, no Rio de Janeiro, a coleta de material para o exame de DNA dos pais do menino, que não foi realizada até hoje porque os mesmos não foram apresentados pelo Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçadas de Morte, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, nas duas datas marcadas. O programa quer que a coleta seja feita fora do Estado do Rio de Janeiro.
Segundo a Defensoria, a coleta no Estado, na presença dos assistentes técnicos e com entrega imediata do material biológico para o Laboratório da Defensoria Pública, é fundamental para determinar se houve erro na identificação do corpo atribuído a Juan.
O corpo foi exumado em 17 de agosto e amostras do material encaminhadas a três laboratórios diferentes, sendo que o resultado foi adiado duas vezes pela não apresentação dos genitores.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

terça-feira, 4 de outubro de 2011

CASO JUAN: 50 DIAS DE ESPERA, MENINO OU MENINA?

O GLOBO:
Investigação
Exumado, corpo do menino Juan está no IML há 49 dias
Marcos Nunes (jnunes@extra.inf.br)
RIO - Exumado do cemitério de Nova Iguaçu, no dia 17 de agosto , para a realização de um novo exame de DNA, o corpo do menino Juan Moraes Neves não voltou a ser sepultado. O cadáver está há 49 dias na geladeira do Instituto Médico-Legal (IML). O menino, de 11 anos, foi assassinado durante uma incursão da PM no bairro Danon, no dia 20 de junho . Seu corpo só poderá ser enterrado após a realização de uma série de exames, que depende de autorização da Justiça.
O exame de DNA foi requisitado pela Defensoria Pública, que defende um dos quatro PMs acusados do crime, para confirmar se o cadáver encontrado às margens do Rio Botas, no dia 30 de junho, é de uma criança do sexo masculino . Inicialmente, uma perita chegou a afirmar que o corpo era de uma menina (leiam).
JUNTOS SOMOS FORTES!PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
EX-CORREGEDOR INTERNO

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

CASO JUAN: QUEM NÃO AVISOU AO MINISTÉRIO PÚBLICO?

JORNAL EXTRA
CASOS DE POLÍCIA
"Exumação do corpo do menino Juan foi adiada por determinação da Justiça
Marcos Nunes
A exumação do corpo do menino Juan Moraes, que estava marcada para esta quarta-feira, foi adiada por determinação da Justiça. O adiamento ocorreu porque o Ministério Público não teria sido avisado a tempo da diligência, que seria feita a pedido da Defensoria Pública, encarregada da defesa de um dos quatro PMs acusados do crime. Ainda não há data marcada para a exumação ser realizada. Juan Moraes desapareceu após uma troca de tiros entre PMs e traficantes na comunidade Danon, em Nova Iguaçu. O corpo do menor foi encontrado uma semana após o desaparecimento, no dia 30 de junho, às margens do Rio Botas, no bairro Recantus, em Belford Roxo".
PERGUNTO:
- Quem não avisou a tempo ao Ministério Público?
- Por que não avisou a tempo?
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

sábado, 6 de agosto de 2011

CASO JUAN: UM BOATO ESTARRECEDOR.

Hoje circulou pelo twitter um boato terrível, dando conta que existia a possibilidade de ser confirmado como sendo de uma menina, o corpo a ser exumado a pedido da defensoria pública e que foi enterrado como sendo do menino Juan.
Todos lembram que inicialmente o corpo encontrado na baixada fluminense foi identificado por uma perita como sendo de uma menina (leiam), mas posteriormente foi desmentida essa informação pela Chefia da Polícia Civil, quando foi dito que o corpo encontrado era efetivamente do menino (leiam).
Torço para que o boato não passe de um grande equívoco, sobretudo para não aumentar ainda mais a dor da família de Juan. Todavia, como a perita foi ouvida na Sindicância (leiam), não sendo revelado o teor da oitiva; diante das controversias apresentadas pelo Defensor Público (leiam) e do surgimento desse boato, convém que aguardemos os novos exames para que tudo possa ser esclarecido.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNOLink

segunda-feira, 25 de julho de 2011

AS POLÍCIAS DO RIO DE JANEIRO CHEGARAM AO FUNDO DO POÇO, ISSO PODE SER ÓTIMO.

Um dito popular ensina que tudo tem também o seu lado bom, por pior que seja a situação, podemos extrair algo de positivo, nem que seja um ensinamento.
Lula declarou que o Rio de Janeiro seria um modelo de segurança pública para o Brasil, uma de suas falas inteiramente divorciadas da verdade, quando ainda ocupava a cadeira 01 do Brasil. Errou por completo, o Rio é o estado brasileiro mais atrasado em termos de segurança pública. Em qualquer direção que se olhe, o caos é completo, atingimos o fundo do poço e olha que o poço parecia não ter fundo.
O atual estado de desintegração da Polícia Militar (e da Polícia Civil) é terminal, porém, pode significar também um recomeço, a construção de uma nova instituição, honrada, valorizada, qualificada e capaz de prestar um serviço de boa qualidade para a população.
É hora de aproveitar o caos para implantar uma nova ordem.
Sim, podemos transformar o Rio em um novo modelo de segurança pública para o Brasil, alterando tudo que existe atualmente, discutindo, analisando, decidindo e aplicando uma nova realidade no modelo policial.
Temos muito que discutir, decidindo o que implantar no Rio de Janeiro:
- A fusão das Polícias Militar e Civil (e Federal?), criando uma polícia única ou a adoção do ciclo completo de polícia nas Polícias Militar e Civil com divisão geográfica da área de atuação.
- O fim da organização militarizada na Polícia Militar.
- A implantação da organização militarizada na Polícia Civil.
- A porta de entrada única para as Polícias Militar e Civil fazendo com que todos entrem pela base das polícias, com o fim dos concursos externos para Aluno Oficial (Cadete) e Delegado.
- Ascensão profissional unicamente através de concursos internos, valorizando a qualificação.
- Ingresso através de concurso público com exigência de terceiro grau completo.
- Piso mínimo para os Policiais Militares e Civis no valor pretendido para a Emenda Aglutinativa 2/2010, ou seja, R$ 3.500,00.
- Alteração de toda legislação das instituições policiais, atualmente, arcaicas.
- Fim das punições restritivas da liberdade para transgressões disciplinares, caso o militarismo seja mantido.
- A independência completa do Departamento de Polícia Técnico-Científica (Perícia Criminal).
- A independência dos órgãos de controle interno (Corregedorias).
- Fim da inócua e caríssima secretaria estadual de segurança pública.
- Avaliar a subordinação ao Ministério Público, afastando-se por completo da dominação política que tanto mal tem provocado nas polícias.
- Escolha interna corporis e democrática do comando geral (chefia).
- Fim do inquérito policial.
E o pior deles, o estabelecimento de critérios para a promoção do afastamento (aposentadoria compulsória) dos policiais que não tenham demonstrado condições técnicas e/ou morais de permanecerem na nova polícia.
Prezados leitores, esses são apenas alguns dos temas a serem discutidos, o momento é esse, quando tudo parece perdido.
Vencer a inércia é imprescindível para tentarmos salvar as polícias do Rio de Janeiro.
Quem sabe Lula não tenha sido um visionário e previu que a destruição das policiais fluminenses, isso sim, provocaria o surgimento de um novo modelo policial no Rio de Janeiro, o qual poderá servir de modelo para o Brasil.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A "CSI" DO GOVERNADOR SÉRGIO CABRAL (PMDB).

JORNAL EXTRA
CASOS DE POLÍCIA
Corpo encontrado semana passada em Belford Roxo é do menino Juan, diz chefe de Polícia
Aline Custódio
A chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, disse que o corpo encontrado na semana passada às margens do Rio Botas, no bairro Recantos, em Belford Roxo, era do menino Juan de Moraes, de 11 anos. Na ocasião, chegou a ser divulgado que seria o cadáver de uma menina, mas isso foi desmentido por Martha Rocha. A identificação foi possível com exames de DNA.
A delegada disse, ainda, que o delegado-titular da 56ª DP (Comendador Soares), Cláudio Nascimento, que conduziu as investigações sobre o sumiço de Juan logo no início, será substituído. A chefe de Polícia Civil disse também que na próxima sexta-feira, às 10h, haverá a reconstituição do crime.
COMENTO:
Todos os problemas serão resolvidos com a substituição do delegado...
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

quinta-feira, 30 de junho de 2011

A "CSI" DO GOVERNO SÉRGIO CABRAL (PMDB).

O nosso primeiro artigo dessa quinta-feira foi um editorial do jornal O Globo que toca em uma das inúmeras feridas existentes no sistema policial do Rio de Janeiro: a perícia criminal.
Tive que fazer alguns acréscimos considerando que O Globo conseguiu escrever sobre a Polícia Civil sem usar a expressão "Polícia Civil" (leiam o artigo anterior) em nenhum momento, o que provoca uma generalização falsa, ou seja, que o problema da perícia criminal afeta as Polícias Civil e Militar. Na verdade, a perícia da Polícia Militar, empregada nos casos onde são investigados crimes militares, é TOP DE LINHA no Brasil. O trabalho do CECRIM é reconhecido por todos, sobretudo pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público. Os laudos são de excelente qualidade, o que poderá ser comprovado no caso da invasão do QG do CBMERJ pelo BOPE, podem aguardar a divulgação dos resultados que já devem estar na Corregedoria Interna.
Coronel, o senhor está escrevendo que a perícia criminal da Polícia Civil é ruim?
Sim e não.
A qualidade dos profissionais é inquestionável, tive o prazer de ao longo da minha vida correcional na PMERJ, conhecer peritos excelentes, assino embaixo.
Apesar dessa verdade, o trabalho é muito prejudicado em razão do pouco caso que o governo atribui a essa atividade IMPRESCINDÍVEL para a elucidação dos crimes, começando pelos salários que são miseráveis.
O perito é o componente mais importante para a elucidação dos delitos, ele deve ser valorizado, ter a melhor qualificação (acesso contínuo aos cursos mais modernos) e os melhores recursos materiais para cumprir as suas tarefas, isso não ocorre no Rio de Janeiro, o estado brasileiro mais atrasado em termos de segurança pública.
No Rio os Policiais Militares Civis recebem os piores salários do Brasil e possuem, certamente, as piores condições de trabalho.
No nosso lindo estado a perícia criminal ainda é atrelada a Polícia Civil, não possui a IMPRESCINDÍVEL AUTONOMIA, característica que inclusive age contra o temido corporativismo.
Quem nunca assistiu a um episódio dos "CISs"?
A rotina é sempre a mesma: o crime é conhecido, o local de crime é rigorosamente interditado e os peritos entram em ação, na busca de indícios de autoria que possam subsidiar a investigação e a condenação ou absolvição dos envolvidos.
Ontem, o jornal O Globo mostrou uma foto do chefe da perícia criminal, dias depois do fato andando no local de crime, que pelo que sei nunca foi interditado, recolhendo cápsulas sem nem mesmo o uso de luvas, "equipamento" MÍNIMO e IMPRESCINDÍVEL para um perito.
Hoje o Extra online exibe uma foto (Cléber Júnior) que demonstra essa falta de luvas para o Chefe do ICCE (veja).
É a CSI do governo Sérgio Cabral!
Sem autonomia, desvalorizada, desqualificada e sem os mínimos recursos materiais.
Alguém ainda tem dúvidas sobre os motivos que levam a nossa Polícia Civil a elucidar menos de 5% dos homicídios praticados no Rio?
Penso que não.
Antes de encerrar devo ratificar que o que escrevo rotineiramente: a Polícia Militar do governo Sérgio Cabral (PMDB) padece também da desvalorização, da desqualificação e da falta de recursos materiais, inclusive coletes balísticos adequados.
Sorte nossa, cidadão fluminense, que esse péssimo governo está com os dias contados.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

domingo, 19 de junho de 2011

A FRAUDE DO GOVERNO SÉRGIO CABRAL (PMDB) CONTRA OS BOMBEIROS MILITARES - INVESTIGAÇÃO - LAUDOS - INVERSÃO DE LADO.

Pelo tempo decorrido, penso que os laudos do Centro de Criminalística da Polícia Militar (CECRIM) já devem ter sido concluídos ou estão em fase final. Esses laudos são importantíssimos para as conclusões das investigações, considerando a qualidade do trabalho pericial desenvolvido pelos PMs do CECRIM, reconhecido pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público, e as respostas que serão obtidas tecnicamente.
Saberemos, por exemplo, o calibre das munições que atingiram as viaturas do Corpo de Bombeiros, assim como, a trajetória dos PAFs, o que esclarecerá se os tiros foram dados para cima ou na direção dos Bombeiros e das viaturas.
Tenho certeza que na medida que as investigações foram avançando, a maioria dos réus irão se transformando em vítimas e o governo e seus agentes em réus.
É só esperar.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

terça-feira, 31 de maio de 2011

O ABANDONO DA PERÍCIA CRIMINAL NO RIO DE JANEIRO.

Cidadão, leia esse artigo e conheça um dos motivos para a pífia taxa de elucidação de delitos da Polícia Civil do Rio de Janeiro. No Rio em cada 100 (cem) homicídios, a Polícia Civil apresenta menos de 5 (cinco) para os tribunais.
30/05/2011 - 15h10
TCE condena condições de trabalho de peritos no RJ
Agência Estado.
Rio - Um relatório do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) condenou as condições de trabalho dos peritos da Polícia Civil fluminense e apontou a carência de pessoal, a falta de equipamentos e a utilização inadequada de recursos públicos como as causas para um crescente acúmulo de laudos não emitidos. As irregularidades, de acordo com o TCE-RJ, estariam contribuindo para a resolução de somente 11% dos homicídios no Estado.
O documento, assinado pelo relator Julio Rabello, data de 12 de abril deste ano. Segundo o relatório, houve dano ao erário de pelo menos R$ 332 mil em compras de equipamentos sem utilidade para a perícia, como um compressor para pintura de automóveis adquirido para o setor de odontologia e 27 geladeiras de uso doméstico compradas para o necrotério do Instituto Médico Legal (IML).
Equipamentos sofisticados como microcomparadores balísticos, cromatógrafo e um software importado para reconhecimento automático de voz não possuem contrato de manutenção, segundo o TCE-RJ. De acordo com o relatório, "sem a devida manutenção, esses equipamentos irão se deteriorar rapidamente e todo o investimento feito será perdido".
Somente para a nova sede do Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto (IMLAP), segundo o documento, foram investidos pelo Estado R$ 15,3 milhões em mobiliários, equipamentos e tecnologia. Ainda segundo o relatório, o salário dos peritos do Rio é o terceiro pior do Brasil, atrás apenas de Piauí e Mato Grosso do Sul. Enquanto os profissionais da Polícia Técnico Científica do Estado têm vencimentos de R$ 3.354,21, a média nacional é de R$ 6.695,65.
O documento notifica o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, para que apresente razões de defesa e estabelece uma série de determinações e recomendações a serem cumpridas pela chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha. Entre elas, "a contratação de empresas especializadas na manutenção dos equipamentos necessários às atividades periciais".
A Secretaria de Estado de Segurança Pública informou que não vai se pronunciar sobre o relatório. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Polícia Civil do Rio ainda não havia se manifestado até as 15 horas.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

quarta-feira, 6 de abril de 2011

AFINAL, QUAL É A ÚNICA VERDADE OBTIDA ANTES DO PROCESSO QUE NELE SOBREVIVE?

BLOG DO TENENTE CORONEL DE POLÍCIA WANDERBY
12/02/11
Afinal, qual é a única verdade obtida antes do processo que nele sobrevive?
A autonomia da perícia oficial em relação às policias civis é hoje uma necessidade reconhecida por amplos setores da sociedade brasileira.
No final da década de 80 os peritos oficiais brasileiros (peritos criminais e peritos médicos legais) através da Associação Brasileira de Criminalística - (ABC), da Sociedade Brasileira de Medicina Legal, das associações estaduais de criminalística e de medicina legal, começaram a abrir amplo debate público em todo o País a respeito da autonomia dos Institutos de Criminalística e de Medicina Legal.
Em dezembro de 1988 era realizado o I ENCONTRO NACIONAL DE PERITOS OFICIAIS na cidade de Goiânia, reunindo mais de quatrocentos peritos criminais e peritos médicos, quando foi votada uma proposta de anteprojeto de lei orgânica que dispunha de autonomia, em relação às policias civis, esses órgãos técnico-científicos. Tal proposta tramitou na Câmara dos Deputados, em projeto de lei de autoria do então deputado federal pelo Distrito Federal, Jofran Frejat.
A partir daquele evento começou-se a disseminar por todo o Brasil os debates a respeito da questão. Vários segmentos da sociedade civil organizada foram instados a se pronunciar sobre o tema, cuja essência recebeu diversos apoios, destacando-se o da Ordem dos Advogados do Brasil, que em sessão solene do seu Conselho, realizada no mês de agosto de 1991, no Distrito Federal, deliberou, à unanimidade, pela AUTONOMIA dos Institutos de Criminalística e de Medicina Legal. Da mesma maneira, segmentos importantes como o Ministério Público e a Magistratura, mostravam-se favoráveis à idéia de se dotar de autonomia essas instituições.
Fruto desses debates e desses apoios, é que em vários estados brasileiros esses órgãos já são desvinculados das polícias civis, a exemplo de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pará, Rio Grande do Sul e Paraná, lugares onde se constatou a evolução das atividades técnico-científicas voltadas para a produção da prova material.
No âmbito do sistema de administração da justiça criminal os institutos técnico-científicos, conhecidos, popular e indevidamente, como policias técnicas ou científicas, são de singular importância. Isso porque, utilizando-se de técnicas e de métodos científicos, fornecem, na persecução do crime, a prova material, de natureza objetiva, essencial nos delitos que deixam vestígios, que são a maioria daqueles previstos no Código Penal e em leis esparsas, as chamadas leis penais especiais ou extravagantes.
E os peritos oficiais, responsáveis diretos pela produção dessas provas, carregam sobre os seus ombros imensa responsabilidade, pois de um parecer da sua lavra ou da conclusão de um laudo por eles emitido está a depender a liberdade de um cidadão ou a sua restrição. Por isso que o perito oficial tem as mesmas suspeições e impedimentos do juiz no Código de Processo Penal.
Quando se discute a questão da violência no Brasil, tema intimamente ligado à segurança pública, a investigação científica fica à margem das discussões.
Numa ótica terceiro mundista, as autoridades só se referem à compra de armas e viaturas, deixando de lado a perícia oficial.
É consenso que a impunidade é a maior multiplicadora da violência. E o que gera a impunidade é a falta de apuração das infrações penais ou apurações precárias, que não colhem provas suficientemente sólidas do fato e da sua autoria. Isso porque o Estado não prioriza os órgãos científicos de investigação criminalística, fazendo com que os mais variados delitos permaneçam insolúveis e, por conseqüência, impunes. A natureza da pena, além do caráter retributivo e ressocializador, tem também o caráter de inibir o cidadão de transgredir pelo exemplo. Quando o fato criminoso ocorre e não há a punição correspondente o efeito é contrário ao que a aplicação da pena provocaria.
Assim, há um verdadeiro incentivo à violação da ordem democraticamente estabelecida. Infelizmente é o que ocorre no Brasil de hoje, cujos índices de violência assustam a todos os brasileiros e é motivo de preocupação até mesmo para organismos internacionais.
Em meio a tudo isso, os órgãos de Criminalística e de Medicina Legal, que muito poderiam contribuir para o fim da impunidade, se devidamente alocados, se devidamente assistidos pelo Estado que os criou, encontram-se esfacelados, subordinados a uma estrutura arcaica, desprovidos da necessária AUTONOMIA.
Além da importância de cunho processual a Criminalística e a Medicina Legal contribuem para a preservação dos direitos humanos, pois quando o crime é investigado cientificamente, a integridade física de eventual suspeito permanece inviolada. Infelizmente aqui a prática de métodos condenáveis nas apurações de infrações penais é comum, levando, inclusive, o Brasil a ser constantemente denunciado na comunidade internacional como um dos países que mais praticam a violência de Estado.
Essa realidade precisa mudar, com medidas eficazes no combate à criminalidade e às causas da sua proliferação, oriundas, em grande parte, das desigualdades sócio-econômicas.
Nesse contexto está inserida a institucionalização da Criminalística e da Medicina Legal, cujas funções delas decorrentes são essenciais à justiça. O País precisa sair do atraso em vários setores, dentre eles está o da segurança pública, que precisa de uma visão moderna ao mesmo tempo em que se deve observar a realidade brasileira.
Quando na Europa, no Século XIX, as ciências começaram a ser utilizadas na investigação dos delitos (há controvérsias históricas, pois existem rumores de que já no Império Romano eram utilizados conhecimentos científicos da época na elucidação de crimes; na obra de Humberto Eco - "Em Nome da Rosa", - cuja estória se passa na flor da Idade Média, conhecimentos de medicina eram utilizados para desvendar as misteriosas mortes que ocorriam num mosteiro), o Estado, licitamente, utilizava-se de métodos violentos como castigos corporais e até mesmo a tortura como meios de descobrir autorias delituosas através da confissão.
Hans Gross, juiz de instrução à época, humanista convicto, buscou desenvolver métodos mais humanos para a elucidação dos delitos. E esse caminho ele buscou nas ciências. Assim, com formação jurídica, tornou-se um autodidata no ramo da botânica, da biologia, da física, etc. É considerado o precursor da Criminalística.
À época os órgãos encarregados da investigação cientifica funcionavam nas universidades. Com o decorrer do tempo, inúmeros foram os casos em que os laudos, relatórios e pareceres dos doutos peritos entravam em choque com as conclusões da polícia, gerando desconforto e insegurança.
Ao invés de buscar outro meio de solucionar tão grave questão, o Estado da época resolveu da maneira mais simplista e irresponsável a questão: transferiu os órgãos científicos para o bojo da polícia, a ela subordinando-os.
Assim não haveria mais o risco de conclusões conflitantes, pois a esfera superior, utilizando-se da doutrina positivista, decidiria as divergências, e em havendo relação de subordinação, evidentemente que o resultado não seria imparcial.
Dessa forma, o Estado hierarquizou a ciência, engessou-a. E esse é o momento de uma profunda revisão dessa realidade. Toda e qualquer instituição de cunho científico não pode ter amarras que lhe impossibilitem a busca da verdade objetiva. O seu limite é a lei, a boa lei.
E as amarras postas nessas instituições aqui no Brasil, notadamente nos períodos de exceção, como no Estado Novo e no regime militar instaurado em 1964, fizeram com que alguns casos passassem para a Historia do País, nas suas páginas malditas, como o assassinato do jornalista Wladimir Herzog, morto nos porões da ditadura militar, cujos exames procedidos por um perito legista de um instituto médico-legal subordinado a um órgão de repressão policial deram como causa mortis a prática de suicídio pela vitima. O tempo desmentiu a trama e provou que a ciência havia errado, eis que estava amarrada. Esse é um caso emblemático, mas tantos outros ocorreram naquela época sombria.
É definitivo que os Institutos de Criminalística e de Medicina Legal precisam de autonomia funcional, administrativa e orçamentária. É definitivo que os peritos oficiais precisam de garantias para desempenhar suas funções, essenciais a administração da justiça. Já disse um famoso jurista baiano, professor da cadeira de direito penal da Universidade Federal da Bahia, dr. Sérgio Habbib: "O perito decide sem decidir". Pois sim: o renomado mestre, utilizando uma criativa, filosófica e inteligente frase, quis dizer que o perito só não decide definitivamente porque a ele não é dada a competência para prolatar a sentença, mas na maioria dos casos, na área penal, a decisão do juiz passa, necessariamente, pela conclusão do douto perito.
Não estará o magistrado adstrito ao parecer do perito, mas se o rejeitar terá que fundamentar a decisão.
Não bastassem os argumentos encimados, que mais que justificam uma nova estruturação da chamada Policia Cientifica (não necessariamente com essa nomenclatura; o nome ideal seria Institutos de Perícias Públicas, englobando a Criminalística e a Medicinal Legal) outros tantos temos o dever de relacionar: o descaso com que os dirigentes das policias civis (nos locais onde os órgãos técnicos ainda são subordinados) cuidam desses setores, que nunca são prioridade. Aliás, só são instalados, em muitos casos, apenas para o cumprimento de formalidades legais. Os cargos públicos de peritos oficiais são minimizados, alocados em estruturas de carreira não condizentes com a importância da atividade. Em vários estados brasileiros pessoas estranhas à atividade, sem o necessário conhecimento técnico-cientifico, dirigem os órgãos aqui objeto de análise, por indicação meramente política. Os Institutos Técnico-Científicos estão sucateados onde existem. Porque, por mais incrível que possa parecer, no interior do Brasil, em considerável área, sequer existem unidades de medicina legal ou de perícia criminal.
O fato de em algumas unidades da Federação já haver a desvinculação desses órgãos não impede a institucionalização da perícia oficial através de legislação federal ou através de emenda à Constituição Federal, o que daria ao governo brasileiro credibilidade internacional no que se refere à seriedade na intenção de, efetivamente, combater a violência e a impunidade.
A Anistia Internacional acompanha todo o processo de reformas tanto no âmbito do Legislativo, quando no do Executivo e é, também, um organismo que defende a tese da AUTONOMIA DA PERICIA OFICIAL do Brasil.
Tramita na Câmara dos Deputados a emenda número 226/2000 que contempla a proposta de AUTONOMIA DA PERICIA OFICIAL, tendo sido aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, bem como foi selecionada pela Comissão Mista de Segurança Pública, no mutirão da triagem dos mais de 200 projetos e emendas que tramitam no Congresso Nacional a respeito do tema.
Os peritos oficiais do Brasil ofereceram a alternativa e a sociedade brasileira abraçou, como contribuição para uma melhor prestação jurisdicional. A decisão agora está nas mãos do Parlamento e do Executivo.
Os PERITOS OFICIAIS DO BRASIL, alicerçados no sentimento que brota do seio da sociedade brasileira, por uma justiça criminal eficiente, pela diminuição da violência e pelo fim da impunidade, têm a certeza que o Congresso Nacional deliberará (e o Poder Executivo ratificará) pela AUTONOMIA DA PERÍCIA OFICIAL DO BRASIL.
Gerluis Paixão
Vice-Presidente da Associação Brasileira de Criminalística
A PERÍCIA OFICIAL - A NECESSIDADE DA AUTONOMIA PARA OS SEUS ÓRGÃOS
Disponível em:
http://www.abcperitosoficiais.org.br/conteudo.php?id=1394
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

INOPERÂNCIA DO GOVERNADOR DO RIO OBRIGA PERITO LEGISTA A TRÊS ANOS DE FUGA.

UCHO.INFO
"Inoperância do governador do Rio obriga perito legista a três anos de fuga
Inversão de valores

Quando o humorista Marcelo Madureira disse que o dano causado ao País por Luiz Inácio da Silva demorará décadas para ser reparado, muitos pensaram se tratar de mais um chiste do humorístico global “Casseta & Planeta”. Mas não, Madureira falou seriamente e os brasileiros de bem precisam reverenciá-lo pela coragem de dizer publicamente o que está engasgado na glote de muitos, que não o fazem com medo do “poder”.
Há no Brasil um reduto de raros corajosos, sempre prontos a denunciar o status quo do crime que toma conta do Estado de forma vil e covarde. Perito legista da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Daniel Ponte é um cidadão brasileiro íntegro e probo que não compactua com o crime e muito menos com a impunidade. Depois de denunciar um sem fim de casos de corrupção na polícia fluminense, o corajoso perito passou a ser ameaçado continuamente, assim como sua família.
Nos últimos três anos, Daniel Ponte foi obrigado a vagar pelo Brasil, sempre acompanhado da mãe idosa, como forma de escapar das renitentes ameaças de morte. Toda essa situação típica de grupos mafiosos decorre da inoperância quase conivente da Justiça, que desde o início das denúncias tem feito jus à folclórica cegueira que um dia algum desavisado lhe impôs.
As ameaças contra Daniel Ponte começaram em 2007, no campus da Universidade Estácio de Sá, no Rio, onde o perito legista lecionava. O porta-voz velado das ameaças era um ex-aluno, Everton Miranda Ramalho, que desde então vinha se apresentando como corregedor da Polícia Civil do Rio de Janeiro. No último dia 4 de novembro, Miranda Ramalho foi preso e a polícia encontrou em sua casa armas, munições, colete à prova de balas, coldre e uniforme da Polícia Civil. Na época do convívio universitário, Daniel Ponte afirma que o agora preso Everton Miranda Ramalho usava uma viatura nova e ostentava identidade funcional passível de qualquer perícia.
De acordo com Daniel Ponte, o ex-aluno começou a lhe avisar, no final de 2007, que policiais teriam prometido assassiná-lo por conta das denúncias. Daniel decidiu mudar radicalmente a rotina da própria vida a partir do momento em que ouviu uma ameaça torpe. “Sua mãe é uma senhorinha idosa, facilmente morta em falso roubo. Você ainda sai com colete à prova de balas e armado, mas sua mãe anda desprotegida”, disse à época o falso corregedor.
Everton Miranda Ramalho, que continua preso, pode ser solto a qualquer momento, o que seria um atentado às leis e ao ordenamento jurídico do País. Levando em consideração que o ucho.info acompanha o caso desde o início, não é leviano afirmar que Miranda Ramalho era um braço avançado dos policiais denunciados e descontentes. O falso corregedor atuava como um agente de contra-informação, coletando detalhes da rotina do experiente e corajoso Daniel Ponte.
Na lista dos tantos policiais que perseguiram o perito legista, merecem destaque, segundo relato do próprio Daniel Ponte, o delegado Gilberto Ribeiro, filho de um Procurador do Ministério Público do Rio, e a delegada Ivonete Fernandes. Mesmo não perseguindo diretamente o perito, o governador do Rio de Janeiro, o boquirroto Sérgio Cabral Filho, é cúmplice do crime que se perpetua contra Daniel Ponte. Prever o futuro é missão para poucos, mas qualquer ato de violência contra Daniel Ponte deve ser imputado a Cabral Filho, que até agora não tomou qualquer providência para proteger aquele que decidiu lançar mão da coragem para denunciar as mazelas do Estado.
Como sabem os leitores, aqui no ucho.info não se faz jornalismo de encomenda, não se escreve meias verdades, não se protege os detratores da democracia, não se dá guarida aos que vilipendiam diuturnamente a sociedade. Pelo simples fatos de acompanharmos o caso de Daniel Ponte, dando a ele o merecido e necessário espaço, intimidações sobraram na seara do editor. Alguns dos descontentes tentaram se unir a conhecidos inimigos do site, mas a operação fracassou.
A sensação de impunidade que grassa no País por conta dos desmandos palacianos redobrou a ação criminosa e corrupta de alguns agentes públicos. Caso queira despedir-se da Presidência da República com uma nódoa a menos no currículo, Luiz Inácio da Silva deveria de chofre chamar Sérgio Cabral Filho Às falas e cobrar-lhe explicações e ação. Afinal, se para o presidente-metalúrgico a esperança venceu o medo, para Daniel Ponte a honradez deve obrigatoriamente sufocar o crime".
COMENTO:
No Rio de Janeiro, a banda podre das polícias coloca em risco toda a segurança pública e a própria população.
O entrelaçamento das diversas bandas podres, espalhadas nas instituições públicas e privadas do Brasil, coloca em risco o país.

A sensação é de que nunca se roubou tanto no Brasil, quanto nos últimos anos.
Acorda Brasil, temos que enfrentar as bandas podres, caso contrário elas dominarão todos os espaços.
As bandas podres só precisam da nossa omissão, nada mais.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

RABDOMIÓLISE, VOCÊ JÁ OUVIU FALAR?

Hoje vou depor no Quartel General da PMERJ, o Quartel dos Barbonos, local histórico ao qual já cheguei, embora a oitiva esteja marcada para às 16:00 horas.
Logo ao chegar, atendi a uma ligação telefônica, durante a qual um valoroso amigo aconselhou-me que buscasse conhecer o que significa RABDOMIÓLISE.
Acessei o "pai dos burros moderno", o google, onde encontrei vários links sobre o tema.
Prezado leitor, considero pertinente que você conheça a RABDOMIÓLISE, isso pode salvar a sua vida ou a vida de terceiros.
Se tiver um tempinho livre, acesse e leia um dos artigos (leia).
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORREGEDOR
Ex-CORREGEDOR INTERNO

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O INACREDITÁVEL RIO DE JANEIRO DE CABRAL-BELTRAME.

POLÍCIA CIVIL ESQUECEU PARTE DO CORPO NO VEÍCULO.
Os peritos oficiais do Rio de Janeiro lutam há muito tempo pela independência da perícia criminal, no Rio de Janeiro ainda anacronicamente atrelada à Polícia Civil, contrariando o que ocorre na maioria dos estados brasileiros.
Gerida por peritos a nossa perícia criminal terá uma excelente oportunidade de ombrear com os melhores serviços de perícia do Brasil e do mundo, enquanto for dirigida por bacharéis em direito continuará sendo atávica e ineficiente.
O GLOBO:

JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

sábado, 20 de fevereiro de 2010

AUTONOMIA DOS INSTITUTOS DE PERÍCIA.

COMENTÁRIO POSTADO:
"E, enquanto fazem vista grossa para uma necessidade imperiosa que é a autonomia plena, geral, administrativa, irrestrita dos órgãos da Perícia Oficial, o índice de solução de crimes no Rio de Janeiro fica na casa dos.....4% !!!!!
Isso significa que NÃO SE INVESTIGA NADA. NÃO SE CONCLUI NADA.
No Rio de Janeiro NÃO HÁ APLICAÇÃO DA LEI PENAL.
O Ministério Público não pode condenar ningém...... por falta de provas.
O Magistrado é obrigado a inocentar ....por falta de provas.
Não adiante publicar estatísticas tipo "Redução de Homicídios" ou "redução de furtos de automóveis" em relação "tal ano". A sociedade não cai mais nessa. O que interessa é a condenação, pois na impunidade está a raiz de tudo. E, sem perícia autônoma, impunidade sempre haverá. Aliás, nossos governantes deveriam publicar é estatística dos crimes insolucionáveis (na faixa de 96 % no Rio, o maior do País)".
Gabriel
Eu concordo, na maioria dos estados brasileiros a perícia é independente, o Rio de Janeiro está na lanterna da segurança pública no Brasil.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A POLÍCIA CIVIL ACHA O CAMINHO DA INVESTIGAÇÃO.

O DIA:
Nova divisão de homicídios: A polícia como você só via na TV.
Delegados e peritos começam a usar, na capital, computadores e equipamentos para acabar com a baixíssima taxa de solução de crimes.
Paula Sarapu
Rio - "A velha faixa plástica, rajada de preto e amarelo, isolava o local do crime: uma guarita da Guarda Municipal na Floresta da Tijuca, no acesso pela Rua Pacheco Leão, no Horto. Ao ser avisada sobre o encontro de um cadáver, a equipe da Divisão de Homicídios chegou ao local em menos de 30 minutos. E quem presenciou estranhou todo o efetivo deslocado: eram dois delegados, dois peritos criminais, um papiloscopista, três auxiliares, um médico legista e mais 11 inspetores de polícia, com um aparato tecnológico digno da perícia criminal da série americana CSI — que detalha complicadas investigações em que os agentes sempre empregam técnicas e equipamento de ponta.
Desde segunda-feira, quando a divisão começou a funcionar, oito locais de assassinato foram analisados pelo olhar minucioso da nova estrutura. Um laptop dá agilidade ao trabalho da perícia e os policiais militares não precisam mais ‘guardar’ o corpo — muitas vezes por mais de seis horas — até o momento de se desfazer a cena do crime.Em torno do corpo do produtor teatral José Frederico Canto Pinheiro, 58 anos, a equipe se dividiu: dois peritos e seus assistentes revistaram os bolsos da vítima, fizeram medições do espaço com uma fita métrica, tiraram fotos, fizeram filmagens e recolheram tudo o que pudesse ser prova em sacos plásticos com a descrição do material. Discutiram, ainda, a provável posição de José Frederico e os golpes do assassino, que usou um estilete para cortar o pescoço da vítima, possivelmente segurando-o por trás. Enquanto isso, o papiloscopista usava um pó específico e um mini espanador para identificar digitais.Com um laptop, um dos delegados relacionava no inquérito todas as peças e informações dadas pelos peritos. Ligado ao banco de dados da Polícia Civil, ele conseguiu verificar que a família do produtor teatral havia feito registro de ocorrência de desaparecimento na 15ª DP (Gávea), terça-feira, dia 9, por volta das 21 horas. José Frederico, morador da Gávea e responsável por um projeto de teatro no Morro do Vidigal, estaria desaparecido desde o dia anterior.A perícia durou duas horas e o rabecão do Corpo de Bombeiros já estava à espera da liberação do corpo. Os bombeiros de plantão até trocaram telefones particulares com os policiais da equipe para facilitar o contato. Por causa do laptop, a guia de remoção foi feita na hora e economizou o tempo dos bombeiros, que normalmente deveriam buscar o documento na delegacia mais próxima. Uma equipe de investigadores ainda circulou pela rua à procura de câmeras que pudessem ter flagrado alguém subindo a Rua Pacheco Leão com José Frederico.
Segundo o diretor da Divisão de Homicídios, delegado Felipe Ettore, os agentes precisam estar atentos para desvendar e interpretar as características de uma cena de crime, como pegadas no chão, guimbas de cigarro espalhadas, manchas de sangue ou fios de cabelo. “Tudo precisa ser recolhido para análise no laboratório. Queremos encontrar os autores e indiciá-los o mais rapidamente possível”, disse.
Canhão de luz acha sangue e até esperma
Um dos equipamentos mais modernos da divisão ainda não foi inaugurado. Trata-se do ‘crimescoop’, um canhão de luz capaz de identificar no ambiente manchas de sangue e até esperma, mesmo num local que tenha sido limpo. É coisa de filme. Mas a promessa é de transformar em realidade o que até então só se via mesmo na TV. Com óculos especiais, os policiais poderão visualizar esses indícios nas cenas de crimes e armazená-los em lâminas de vidro ou com algodão em tubos de ensaio.
Para ambientes fechados e perícias que precisem de mais tempo de trabalho, como numa chacina, por exemplo, um microônibus será usado pelo grupo. “Ele possui um gerador capaz de dar claridade à cena de um crime como se fosse luz do dia. Dentro dele seguem todos os equipamentos necessários e até detector de metais, para que a gente possa procurar armas enterradas, por exemplo”, explicou o diretor da Divisão de Homicídios, delegado Felipe Ettore.
Comunicação rápida pode fazer diferença
O programa ainda está sendo ajustado. Um dos detalhes mais importantes é a ligação rápida para a Divisão de Homicídios. Ontem, o corpo de José Frederico foi encontrado às 6h50 por um guarda municipal. Ele ligou para o 190 da PM, que mandou uma viatura do 23º BPM (Leblon) para a Estrada Dona Castorina. Os PMs acionaram a 15ª DP (Gávea), que chegou ao local por volta das 9h. A Divisão de Homicídios foi acionada às 9h20.
“Estamos cobrindo toda a capital e por isso o trabalho tem que estar integrado. Os comandantes da Polícia Militar já foram avisados e logo todos os PMs, quando estiverem numa ocorrência como esta, vão avisar à Central de Comunicação da Polícia Civil, que vai chamar a divisão. Dividimos a cidade em seis áreas e temos policiais espalhados pelo Rio, trabalhando na rua. A meta é chegar em qualquer local de homicídio em até 20 minutos”, explicou o delegado Felipe Ettore.
A Divisão de Homicídios conta com 250 policiais, 120 deles recém formados na Academia de Polícia. De acordo com o delegado, 90% dos novos policiais passaram por treinamento especial para trabalhar na divisão. Há ainda seis peritos criminais, seis papiloscopistas e, diariamente, um médico Legista do Instituto médico legal (IML) acompanha a equipe".
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO