segunda-feira, 20 de setembro de 2010

ESCOLA NACIONAL DE POLÍCIA PACIFICADORA (?).

Eu aprendi com um dos meus primeiros comandantes que todo dono de jornal acorda com o jornal do dia seguinte vazio de notícias, portanto, precisa enchê-lo, vez por outra, repetindo matérias ou transformando em notícias fatos de pouca ou nenhuma importância, sem qualquer conteúdo.
Por sua vez, os governantes aprenderam a lidar com esta necessidade e criam notícias positivas com relação ao seu governo para a mídia publicar. É uma relação simbiótica, todos ganham.
Um exemplo simplório são os bailes que ocorrem nas UPPs envolvendo debutantes e Policiais Militares que acabam ocupando espaço na imprensa e valorizando o governo Cabral, que estaria promovendo a integração entre a comunidade e a polícia. Uma integração diferente da que pratica habitualmente, como fez na Cidade Alta, em Cordovil (leia).
Penso que a tal Escola Nacional de Polícia Pacificadora seja um exemplo claro de um factóide para criar uma notícia sobre as UPPs, projeto eleitoreiro do atual gestor do Rio de Janeiro.
Sinceramente, a UPP não é uma invenção desta gestão, ela é um imenso GPAE, que por sua vez, era um DPO superdimensionado. Só existem dois fatos novos, além da mudança de nome, o supervoamento da comunidade com Policiais Militares e o esvaziamento das ruas de policiamento.
Infelizmente, apesar do projeto eleitoreiro ser a menina dos olhos de Cabral, as UPPs são instaladas sem a mínima estrutura, algumas não possuem nem água potável para os Policiais Militares, como ocorre no Andaraí e no Salgueiro. Em outras, os Policiais Militares se alimentam de pé, alimentação servida em quentinhas (veja).
Como pretender que isso sirva de escola?
O que o Rio tem para ensinar?
Eu só encontro uma resposta:
- Ensinar aos demais estados como TRANSFERIR TRAFICANTES DE DROGAS E SEUS FUZIS para as áreas menos nobres do município ou estado.
Neste aspecto, a dupla Cabral-Beltrame é insuperável. Seriam excelentes professores.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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