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quinta-feira, 5 de abril de 2012

VIRTUDES NACIONAIS - OLAVO DE CARVALHO.

Virtudes nacionais.
Escrito por Olavo de Carvalho | 03 Abril 2012
Que eu saiba, nenhuma acusação de tortura pesa ou pesou jamais contra aqueles oficiais atacados na porta do Clube Militar.
Platão já observava que a degradação moral da sociedade não chega ao seu ponto mais abjeto quando as virtudes desapareceram do cenário público, mas quando a própria capacidade de concebê-las se extinguiu nas almas da geração mais nova. Trezentos jovens insultando duas dúzias de octogenários – eis a imagem daquilo que, no Brasil de hoje, se considera um exemplo de coragem cívica.
É possível descer ainda mais baixo? É. Nenhum dos agressores se lembrou sequer de perguntar se algum daqueles velhos, a quem cobriam de cusparadas, xingamentos e ameaças, esteve pessoalmente envolvido nos episódios de tortura que lhes eram ali imputados, ou se o único crime deles não consistia em puro delito de opinião.
Que eu saiba, nenhuma acusação de tortura pesa ou pesou jamais contra aqueles oficiais atacados na porta do Clube Militar. O único acusado, o coronel Brilhante Ustra, não estava presente e foi queimado em efígie. Os outros pagaram pelo crime de achar que Ustra é inocente, que o governo militar foi melhor do que a alternativa cubana ou que as violências praticadas por aquele regime pesam menos do que as suas realizações. Por isso, e só por isso, foram chamados de assassinos e torturadores.
Não apenas a "coragem" é o nome que hoje se dá à covardia mais sórdida, mas o "senso de justiça" consiste em acusar a esmo, sem ter em conta a diferença que vai entre aplaudir um regime extinto e ter praticado crimes em nome dele.
Se o simples fato de avaliar positivamente um governo suspeito de tortura faz do cidadão um torturador, então os arruaceiros reunidos na porta do Clube Militar, bem como o seu instigador, o cineasta Sílvio Tendler, são todos torturadores, e o são em muito maior escala do que qualquer militar brasileiro, pelo apoio risonho e cúmplice que, uns mais, outros menos, por ações e omissões, têm dado a regimes incomparavelmente mais cruéis do que jamais o foi a nossa ditadura.
Essa observação aplica-se especialmente, e da maneira mais literal possível, aos militantes do PC do B, a organização mais representada naquele espetáculo. É o partido maoísta, nascido e crescido no culto a um monstro genocida, estuprador e pedófilo, campeão absoluto de assassinatos em massa, que se zangou com a URSS por achar que o governo de Moscou não era violento e cruel à altura do que o exigiam os padrões da revolução mundial.
Por todas as normas do direito internacional, a lealdade retroativa a um regime reconhecidamente genocida é crime contra a humanidade. A carga dessa culpa imensurável é a única autoridade moral com que a massa de jovens revoltadinhos se apresenta ante os oficiais das nossas Forças Armadas, acusando-os de crimes que talvez alguns de seus colegas de farda tenham cometido, mas que eles próprios jamais cometeram.
O sr. Silvio Tendler diz que sua mãe foi torturada. É possível. Mas isso dá a ele o direito de instigar uma multidão de cabeças ocas para que acusem de tortura qualquer saudosista do regime militar que encontrem pela frente? Não entende, esse pretenso intelectual, a diferença entre crime de tortura e delito de opinião?
Opinião por opinião, pergunto eu: os méritos e deméritos do regime militar brasileiro já foram examinados com isenção e honestidade, em comparação com a alternativa comunista que suas pretensas vítimas lutava m para implantar no Brasil? Os brasileiros que, exilados ou por vontade própria, se colocaram a serviço dos regimes de Havana e de Pequim não se acumpliciaram com uma violência ditatorial incomparavelmente mais assassina do que aquela contra a qual agora esbravejam histericamente? Ou será que os cadáveres de cem mil cubanos, dez mil angolanos e setenta milhões de chineses, assassinados com o apoio dessa gente, pesam menos que os de algumas dezenas de terroristas brasileiros?
Havana, é verdade, fica longe, Luanda fica ainda mais longe, a China então nem se fala, e o Doi-Codi fica logo ali. Mas desde quando a gravidade dos crimes é medida pela razão inversa da distância em que foram cometidos?
Também é fato que os mortos de Cuba, de Angola e da China nunca foram manchete no Brasil, mas devemos acreditar, a sério, que a extensão do mal é determinada objetivamente pelo escarcéu jornalístico concedido a umas vítimas e negado a outras por simpatizantes ideológicos das primeiras?
Essas perguntas, bem sei, não se fazem. Não são de bom tom. Mas, na dissolução geral da própria ideia das virtudes, que senso do bom-tom poderia sobreviver num país cujo presidente se gaba, veraz ou falsamente, de haver tentado estuprar um compa nheiro de cela, e ainda diz ter saudades do tempo em que os meninos da sua região natal faziam sexo com cabritas e jumentas, se é que faziam mesmo e não foi ele próprio quem os inventou à imagem e semelhança da sua imaginação perversa? E será preciso lembrar que essa mesma criatura, indiciada em inquérito pelo maior esquema de corrupção de que já se teve notícia nesse país, reagiu com um sorriso cínico, alegando-se protegida não pela sua inocência, que nunca existiu, mas pela lentidão da Justiça?
Será exagero, será insulto criminoso chamar de cafajeste o homem capaz de fazer essas declarações em público? E será insana conjetura suspeitar que esses e outros tantos exemplos da cafajestada oficial, copiados por milhares de incelenças, louvados em prosa e verso por uma legião de sicofantas, repassados com orgulho do alto das cátedras, transfigurados por fim em "valores culturais" e aceitos com sorrisos de complacência entre paternal e servil pelas nossas "classes dominantes", criaram o modelo de coragem e justiça que hoje inspira os bravo s agressores de anciãos?
Publicado no Diário do Comércio.
Juntos Somos Fortes!

sexta-feira, 30 de março de 2012

A DEMOCRACIA DO PT-PMDB ( 02 ).

BLOG DO REINANDLO AZEVEDO:
29/03/2012
às 20:15
Os fascistoides estão nas ruas. Ou: Dilma saiu da VAR-Palmares; precisa agora deixar claro que a VAR-Palmares saiu de Dilma.
Ontem, o PC do B, que tem um ministério no governo Dilma Rousseff — e sou justo: Aldo Rebello (Esportes) fez um excelente trabalho quando relator do Código Florestal na Câmara —, levou ao ar trechos do seu programa no horário político gratuito. É uma peça patética, que não resistiria a uma abordagem minimamente objetiva. O programa inteiro vai ao ar hoje. Segundo a versão tornada pública, o partido está, desde sempre, comprometido com a democracia. Explorou-se até a figura de Luiz Carlos Prestes. Não sei se houve algum entendimento com a família do líder comunista. O fato é que o PC do B que está aí hoje deriva justamente da linha que havia rompido com… Prestes! Assistiu-se a uma soma formidável de mentiras, de retórica oca, de vigarices intelectuais. O pior momento, certamente, é aquele em que o PC do B tenta afetar sua pureza e rigidez ideológicas. Se estivesse agarrado a seu credo original, seria péssimo. Mas isso também é mentira. É hoje um partido fisiológico de esquerda, como qualquer outro, que vai se alimentando de carguinhos e de dinheiro público. O escândalo das ONGs, no ano passado, ilustra bem o que quero dizer. Mas não vou me me perder nesse particular porque o objeto deste texto é outro.
Lembrei o caso do PC do B porque foi o partido que protagonizou a guerrilha do Araguaia. Jamais teve compromisso com a democracia. É de tal sorte admirador da ditadura comunista que, atenção!, até hoje não reconhece o processo de desestalinização da União Soviética. Krushev segue sendo, para eles, um algoz do socialismo. Gostam mesmo é de Stálin e seus métodos. Nota: a URSS acabou, como vocês sabem, mas o amor do PC do B pela tirania permanece. Não obstante, O PARTIDO É LIVRE PARA RECONSTITUIR A HISTÓRIA COMO QUISER. Como o comunismo perdeu a batalha no país, temos democracia e liberdade.
A própria presidente Dilma Rousseff é beneficiária desses valores. Ex-membro de dois grupos terroristas, o Colina (Comando de Libertação Nacional) e a VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares), também ela, aqui e ali, em seus discursos, reconta o passado como lhe dá na telha e exalta aquela juventude — qual mesmo??? — que teria lutado por democracia. Falso! Tão falso quanto afirmar que ela cumpriu a promessa de construir 1.700 creches em 2011. No livro “Combate nas Trevas”, o historiador comunista Jacob Gorender cita justamente o Colina como um grupo que assumia claramente uma perspectiva terrorista. E o mesmo se diga da VAR-Palmares, que surgiu justamente da fusão daquela primeira organização a que pertenceu Dilma com a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), de Carlos Lamarca. Juntos e em associação com outros, os três grupos mataram dezenas de pessoas que nem sequer tinham ligação com a luta política. Consta que Dilma, pessoalmente, não matou ninguém. Mas pertencia ao comando — inclusive cuidando de parte da grana — de grupos que mataram. Isso é inequívoco. Como é inequívoco que Colina, VPR ou VAR-Palmares jamais quiseram democracia.
Não obstante, Dilma tem a liberdade, que ela não ajudou a construir, de contar a história como lhe dá na telha. Mais: deu força à criação de uma tal Comissão da Verdade que, vejam vocês!, para escândalo de qualquer acadêmico honesto da área (ainda que crítico ferrenho do regime militar), vai definir uma “verdade histórica oficial”, uma verdade de estado. Isso é autoritário em sua própria natureza. Dilma não só mistifica o próprio passado como nomeia pessoas que seguem a sua trilha, a exemplo de Eleonora Menicucci, ministra das Mulheres. Ex-membro do POC (Partido Operário Comunista), também ela — assaltante confessa, no passado, para financiar “a revolução” — afirmou no discurso de posse ter sido uma jovem empenhada na construção da democracia.
A democracia, no Brasil, virou a água benta do pecador compulsivo que entra numa igreja. Todo mundo pode meter a mão lá e se persignar, o que não quer dizer que esteja com a alma e com o passado limpos. Não mesmo! Mas a democracia permite a Dilma, a Eleonora e ao PC do B contar a sua própria versão da história. Não deveria permitir, mas está sendo feito, que essa história distorcida virasse história oficial. Então vamos ao ponto.
Por que o Clube Militar não pode fazer um seminário sobre 1964? O objetivo não era exatamente “comemorar” o golpe, como se está dizendo por aí, mas abordar o período segundo uma ótica, estou certo, que não é exatamente a da esquerda. O Clube Militar é, como o nome diz, um clube, uma entidade associativa. Mais ainda: já vimos que a lei garante aos militares da reserva o direito de se posicionar sobre temas políticos. Não há qualquer restrição. Ademais, ninguém estava lá incentivando o golpismo.
Mas quê… Desde o governo Lula, MAS DE FORMA MAIS ACENTUADA SOB A GESTÃO DILMA, os revanchistas estão tentando criar confusão e trazer o passado a valor presente, mas com uma particularidade: UM DOS LADOS, A ESQUERDA, PODE DIZER DE SEUS ADVERSÁRIOS O QUE BEM ENTENDER, MAS SEUS ADVERSÁRIOS ESTARIAM PROIBIDOS DE DAR A SUA VERSÃO ATÉ SOBRE SI MESMOS. Entenderam qual é o busílis? Não só a “verdade” se tornou monopólio de um dos lados como o próprio direito de se manifestar.
“Ah, mas onde já se viu falar sobre 1964???” Ora… Onde já se viu Dilma e o PC do B afirmarem que queriam democracia? O tema debatido lá nesta quinta, de todo modo, é irrelevante. Sei do que falo. Esse mesmo Clube Militar promoveu, em setembro de 2010, um debate sobre, pasmem!, “Liberdade de expressão”. Os convidados a falar éramos eu, Merval Pereira, Paulo Uebel (Instituto Millenium) e Rodolgo Machado Moura, representante da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão). Ninguém nem sequer tocou em 1964 ou coisa parecida. Atenção! Ao mesmo tempo em que debatíamos ali liberdade de expressão, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo abria suas portas para uma manifestação das centrais sindicais, que pediam “controle da mídia”. Isto mesmo: no Clube Militar, falávamos de liberdade de expressão; no Sindicato dos Jornalistas, defendiam a censura. Pois bem: também naquele caso, adivinhem quem apareceu para protestar… A Juventude Socialista! Contei a história aqui.
Há três dias, hordas sob o comando do MST — evidência omitida pelos jornais — saíram perseguindo pessoas por aí e pichando suas casas e local de trabalho sob o pretexto de pedir a instalação da Comissão da Verdade. Isso é “justiça de rua”, é fascismo. Agora, um bando decide agredir e xingar os militares da reserva, que têm o direito legal de debater o que lhes der na telha. Ninguém estava lá conspirando contra a ordem e pregando golpe de estado. Tais ações estão sendo claramente incentivadas, instigadas e, na prática, apoiadas pelo governo federal. Consta que havia 350 baderneiros por lá. Não será difícil, a persistir esse estado de coisas, encontrar outras 350 dispostas a defender os que estão sendo caçados e cassados ao arrepio da lei.
O que quer Maria do Rosário?
O que quer Dilma Rousseff?
O confronto de rua?
Dilma já tem problemas demais para resolver e está, lentamente, dando comida para alguns monstrinhos que estavam guardados na gaveta. Uma intervenção militar hoje em dia seria, felizmente, impensável! Nem por isso as forças que odeiam a democracia hoje, como a odiavam no passado, estão livres para promover seus “justiçamentos” ao arrepio da lei. Se a instituições estiverem tão corroídas a ponto de não poderem reagir, não tenham dúvida de que a sociedade, um pedaço dela ao menos, reage.
A presidente tem de fazer a escolha entre a democracia e a guerra de todos contra todos. Ela já saiu da VAR-Palmares faz tempo — por isso não permito que seja chamada de “terrorista” aqui. Falta agora demonstrar que a VAR-Palmares também saiu de Dilma. Há hoje um claro incentivo à baderna que emana do Palácio do Planalto. E isso tem de acabar. Em nome da lei e da Constituição!
É com elas que Dilma governa, não com seu passado supostamente glorioso. Até porque ele é controverso. Os familiares das vítimas do Colina e da VAR-Palmares sabem disso muito bem.
Por Reinaldo Azevedo.
Juntos Somos Fortes!

A DEMOCRACIA DO PT-PMDB ( 01 ).

BLOG DO REINALDO AZEVEDO
29/03/2012
às 18:37
Eis a grande obra de Maria do Rosário até aqui: Militares da reserva são agredidos e chamados de “porcos” e “assassinos”
Maria do Rosário, a ministra dos Direitos Humanos, e Dilma Rousseff, a presidente que a nomeou para a pasta, estão começando a colher os frutos, quem sabe esperados, de suas ações.
O Brasil passou os últimos 33 anos — desde a Lei da Anistia, em 1979 — construindo a democracia e o estado de direito. Agora, há grupos firmemente empenhados em fazer o país marchar para trás. Ou para o lado: aquele da revanche, do pega pra capar, da violência. Questões que haviam sido superadas, ou que estavam justamente adormecidas, são reavivadas com paixão cruenta.
O incentivo à revanche está em toda parte. Se Dilma acha que está no bom caminho, que continue a dar corda a seus radicais. Leiam o que informam Wilson Tosta e Heloísa Aruth Sturm, no Estadão. Volto no próximo post.
Dezenas de militares da reserva que assistiram ao debate “1964 - A Verdade” ficaram sitiados no prédio do Clube Militar, na Cinelândia, no centro do Rio, na tarde desta quinta-feira, 29. O prédio foi cercado por manifestantes que impediram o trânsito pelas duas entradas do imóvel.
O evento marcou o aniversário do golpe militar de 1964 e reuniu militares contrários à Comissão da Verdade. Ao fim do evento, eles tentaram sair, mas foram impedidos por militantes do PC do B, do PT, do PDT e de outros movimentos organizados que protestavam contra o evento.
“Tortura, assassinato, não esquecemos 64″, gritavam os manifestantes. “Milico, covarde, queremos a verdade”, diziam outros. Velas foram acesas na frente da entrada lateral do centenário do Clube Militar, na Avenida Rio Branco, representando mortos e desaparecidos durante a ditadura militar. Homens que saíam do prédio foram hostilizados com gritos de “assassino”. Tinta vermelha e ovos foram jogados na calçada, sem atingir ninguém.
Homens do Batalhão de Choque foram ao local e lançaram spray de pimenta e bombas de efeito moral contra o grupo, que revidou com ovos. Um dos manifestantes foi imobilizado por policiais e liberado em seguida após ser atingido supostamente por uma pistola de choque, e outro foi detido e algemado.
Os militares foram orientados a sair em pequenos grupos por uma porta lateral, na rua Santa Luzia, mas tiveram que recuar por conta do forte cheiro de gás de pimenta que tomou o térreo do clube. A Polícia Militar tenta conter os manifestantes e chegou a liberar a saída de algumas pessoas pela porta principal, mas por medida de segurança voltou a impedir a saída.
Um grupo que saiu sob proteção do Batalhão de Choque da Polícia Militar foi alvo de xingamentos. Os manifestantes também chamaram os militares de “assassinos” e “porcos”. Mais tarde, a saída dos militares da reserva foi liberada por meio de um corredor criado por PMs entre o prédio até a entrada do metrô, na estação Cinelândia, a poucos metros do Clube Militar.
Por Reinaldo Azevedo.
Juntos Somos Fortes!

quarta-feira, 28 de março de 2012

A "GREVE" GERAL NA SEGURANÇA PÚBLICA DO RIO DE JANEIRO.

O governo estadual insistiu ao longo do breve movimento unificado criado no Rio de Janeiro, envolvendo Policiais Militares, Bombeiros Militares e Policiais Civis, que os PMs e os BMs não poderiam fazer greve pois existia vedamento constitucional. A mídia chapa branca repetiu isso em todos os noticiários. Eu concordo, inclusive me posicionei nesse espaço contra a greve, exatamente em razão desse entendimento, embora existam outras interpretações. Tenho que admitir, nesse aspecto eu concordei com o governo Sérgio Cabral (PMDB).
Apesar dessas verdades, não posso voltar a concordar com o governo quando ele alega uma previsão constitucional para alegar que a greve é proibida, mas não respeita outra previsão constitucional, quando resolve expulsar os BMs e PMs, sumariamente.
Comentário postado:
"O art. 91 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro estabelece em seu § 7º que:
"O oficial e a praça só perderão o posto, a patente e a graduação se forem julgados indignos do oficialato, da graduação ou com eles incompatíveis, por decisão de tribunal competente." Portanto, penso que cabe mandado de segurança contra o ato de exclusão das praças acima. Urge que recorram ao judiciário antes que a exclusão serja publicada em D.O". 
Anônimo.
Salvo melhor juízo, o governo não pode usar as constituições (federal e estadual) apenas para atender aos seus interesses. Cumprindo as constituições quando isso lhe for favorável, ignorando quando for do seu interesse colocá-las de lado.
Deixo a palavra com os bacharéis em direito.
Juntos Somos Fortes!

quinta-feira, 8 de março de 2012

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES - PARABÉNS!

Parabéns a todas as mulheres.
Para homenageá-las publico dois comentários postados ontem no nosso espaço democrático, escritos por duas mulheres que muito admiro.
1) Realmente, não sei o que faremos. Durante 30 anos foi BM GV. Agora, com 52 anos, sem profissão e sem emprego! Não consigo raciocinar. Fora o lado emocional, na minha casa, que está muito pesado! Perdi o rumo, total!
Duda (esposa de um dos BMs que poder ser expulso e perder o salário).
2) Coronel,
O governador vem adotando uma postura totalmente repressiva desde do dia 10 de março de 2012, quando mandou trancafiar em Bangu 1, pessoas honestas que nenhum crime cometeram para merecer tal punição. Enfim, ele utilizou-se desse recurso numa tentativa desesperada em conter o movimento de insatisfação do funcionalismo público, que estava sendo conduzido de forma pacífica, mas como ele não admite ser contrariado, agiu dessa forma extremista.
Esses profissionais jamais esquecerão o desastre que foi o governo de Sergio Cabral Filho.
Já coloquei em outras oportunidades que ele será governador somente por mais três anos, passam rápido!
Agora lhe pergunto? Que sentimento deve ter o pai do governador, quando toma conhecimento das atrocidades que vem sendo cometidas por ele , que por acaso é seu filho. Deve ser uma grande vergonha, pois no passado foi um grande lutador pela liberdade de expressão. Que foi o que o senhor fez, expressar sua opinião. Isso é crime?
Realmente a vergonha e indignação são sentimentos que todos os cidadãos cariocas devem ter.
Boa noite.
Karen (colaboradora do blog).
Juntos Somos Fortes!

domingo, 4 de março de 2012

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - DENÚNCIA CONTRA A POLÍCIA MILITAR.

Toda denúncia anônima deve ser tratada com cautela, mas não pode ser simplesmente ignorada por não ter autoria definida, afinal, o próprio governo as aceita no disque-denúncia.
Eis a grave denúncia:
03 MAR 2012 - 20:47hs.
"Acompanhou o protesto nas barcas, sabe o que aconteceu na UFF (onde estudam inúmeros manifestantes), enquanto rolava o protesto?
E tem gente que diz que a gente vive num regime democrático. Ah vá! Ontem a PM invadiu a sala do Diretório Acadêmico de Ciências Sociais da UFF, e tentaram arrombar a sala do Diretório Acadêmico de Psicologia. As 11h da manhã, mesmo horário em que acontecia um mega operativo, envolvendo o Batalhão de Choque para reprimir o protesto contra o aumento das Barcas. Repressão esta iniciada bem antes do próprio protesto do dia 1 de Março, na noite anterior o TJ deu parecer favorável a uma liminar da Barcas S\A que culpa um professor da rede estadual e o PSOL por qualquer "problema" que ocorresse durante a manifestação, sob multa de 5 milhões de reais. Uma clara tentativa de impedi-los de participar do protesto, o que não aconteceu. Semanas antes, a 76ª DP ouvira alguns organizadores do protesto a pedido da Barcas S\A, como se fossem criminosos em potencial. A invasão da PM aos Diretórios Acadêmicos do ICHF\UFF, sob a alegação de "denuncia anônima sobre uso de drogas" é uma clara tentativa de tentar criminalizar o movimento estudantil combativo que estava no protesto das barcas. Como não conseguiram um motivo para reprimir a mobilização, que foi pacífica e ganhou a opinião pública, tentaram achar alguma coisa no ICHF, para o governo e a Barcas S\A poderem dizer que os protestantes não passam de "drogados". Além de repudiarmos o 12º BPM e o Comandante da PMERJ por tal arbitrariedade, devemos exigir da administração da universidade, a autorização com a qual a viatura entrou no Campus, que é área federal. Se a viatura entrou sem a autorização federal, Roberto Salles deve assinar o quanto antes este repúdio à PMERJ e exigir explicações. Se entraram com autorização, Salles está deixando claro que está do lado da Barcas S\A e do Governo do Estado, na repressão absurda à liberdade de expressão na cidade. Haverá daqui a 30 minutos uma reunião no ICHFconvocada pelo DA de Ciências Sociais, os outros CA's e DA's do campus se puderem também devem aparecer! O DCE tb estará presente".
Os fatos precisam ser investigados e esclarecidos.
Juntos Somos Fortes!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

RIO: A PRISÃO DE BOMBEIROS E POLICIAIS MILITARES NA PENITENCIÁRIA BANGU I E A IMPRENSA DO RIO DE JANEIRO.

Prezados leitores, o que será que está impedindo a imprensa do Rio de Janeiro de dar a devida divulgação às ILEGALIDADES praticadas contra os BMs e PMs que foram encarcerados nos porões de Bangu I, a penitenciaria castigo destinada aos piores criminosos?
Legislações foram rasgadas.
Constrangimentos, abuso de poder, tortura física e mental praticados.
E, a imprensa do Rio de Janeiro simplesmente esqueceu...
Em qualquer país civilizado o(s) autor(es) da ordem de encarceramento já estariam respondendo pelos seus crimes, a inércia demonstra o quanto estamos distantes de vivenciarmos um estado democrático de direito no Brasil.
Por que a imprensa do Rio está blindando o(s) autor(es) da ordem de encarceramento e, por via de consequência, os crimes praticados contra os Bombeiros  e os Policiais Militares?
Nos resta torcer para que a imprensa de outros estados divulgue os crimes praticados e a sua autoria.
Juntos Somos Fortes!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

VERITAS ODIUM PARIT (A VERDADE GERA O ÓDIO) - GIL FERREIRA.

Veritas Odium Parit
"A verdade gera o ódio"
Publius Terentius Afer, dramaturgo e poeta romano.
(+/- 195 - 159 AC)
Compreende-se que a Presidente da República discorde das críticas que lhe fizeram, em Manifesto coletivo, os Presidentes dos Clubes Militares, em que pese serem estes organizações civis sem fins lucrativos, não subordinadas a quaisquer instâncias governamentais, e, como tal, usufruindo do direito inalienável de se manifestarem politicamente, assim como seus titulares, por serem Oficiais da Reserva ou Reformados.
Compreende-se até que o Ministro da Defesa e os Comandantes das Forças Singulares tenham sido instados a negociar - e não determinar, como se noticiou - a retirada do Manifesto, em nome do desarmamento de espíritos. Mas espera-se também que a Presidente reconheça que o texto, conquanto acerbo, não contém inverdades. E a ser verdadeiro, arrisca-se, no dizer de Terêncio, a gerar o ódio, ainda que não se propondo a tal.
Em contrapartida, uma das citadas no Manifesto - a Ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário - em seu artigo "Em jogo, a História", publicado no Globo de 10/10/2011 e reproduzido com destaque no Portal Vermelho, do PC do B, afirma textualmente: "A Câmara dos Deputados aprovou (...) a Comissão da Verdade, para investigar as violações de direitos humanos cometidas pelo Estado brasileiro entre 1946 e 1988" (grifos nossos).
Todavia, confrontando-se essa assertiva com o Art 1º da Lei nº 12.528, de 18/11/2011, que instituiu a Comissão da Verdade, constata-se que o texto da Ministra introduz acentuada distorção no espírito desse diploma, verbis: "É criada (...) a Comissão Nacional da Verdade, com a finalidade de examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas no período fixado no art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional" (http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12528.htm).
Em outras palavras, não são apenas as violações "praticadas pelo Estado brasileiro", como escreveu a Ministra, mas todas as violações, o que pode ser constatado em outros Artigos da Lei. Vale dizer, incluem-se aí as praticadas pelas muitas organizações subversivas de orientação soviética, cubana, trotskista, chinesa, anarquista ou lá o que seja, que pegaram em armas (desde 1935) para impor uma ditadura comunista no Brasil, e não, como apregoam amiúde seus remanescentes, "para resistir à ditadura" ou, pior ainda, para "lutar pela democracia". Para tanto, adestraram-se no exterior, redigiram manuais de guerrilha, assaltaram, sequestraram, mataram, lançaram bombas e assim por diante, até serem anistiados e ressarcidos financeiramente. Nada daquilo constituiu violação de direitos humanos?
É indiscutível o último parágrafo redigido pela Ministra - "O que está em jogo é a garantia do direito à memória, o legado do conhecimento e a responsabilidade de evitar que violações de direitos humanos como essas voltem a ocorrer". Sem dúvida! Mas acrescente-se: para ambos os lados, e que a todos doa, então, a verdade!
Nunca saberemos se tal distorção teve origem em equívoco ou má fé. Pelo sagrado princípio da presunção de inocência - in dubio pro reo - fiquemos com o primeiro. Mas intencional ou não, ela diferencia substancialmente o artigo da Ministra do Manifesto dos Clubes Militares, por introduzir naquele algo inexistente neste - uma inverdade. Atributo que, definitivamente, não se coaduna com uma das primeiras manifestações públicas e oficiais sobre o que se pretende que venha a ser uma Comissão da Verdade.
Gil Cordeiro Dias Ferreira
Oficial de Marinha reformado - Identidade 197.544 da Marinha do Brasil
Email – gil.ferreira@globo.com
http://gilferreira.blogspot.com
Juntos Somos Fortes!

QUAL O TIPO DE "DEMOCRACIA" ESTAMOS DEIXANDO SER CONSTRUÍDA NO BRASIL?

Via Clubes, Militares têm direito à livre manifestação
Por Jorge Serrão – Alerta Total, http://www.alertatotal.net
A ditadura ideológica da petralhagem fica cada vez mais sem vergonha. A Presidenta Dilma Rousseff, chefona em comando das Forças Armadas, seu ministro da Defesa, Celso Amorim, e os três comandantes militares praticaram um atentado à Constituição, ao agirem nos bastidores para que os Clubes Militar, Naval e da Aeronáutica tirassem do ar e “desautorizassem” o teor do “Manifesto Interclubes Militares”.
Insatisfeita com a crítica dos militares, Dilma acionou seu ministro Celso Amorim para promover a ilegal operação de censura contra documento assinado por três oficiais generais na Reserva cobrando uma postura democrática e não-revanchista da Presidenta da República diante das declarações inconstitucionais (contra a lei de Anistia) feitas pelas ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Eleonora Menicucci (Mulheres).
Em plena Quarta-feira de Cinzas, Amorim convocou uma reunião com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, junto com o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi. Obedecendo a Dilma, o ministro expressou sua contrariedade com o manifesto do Clube dos Militares, divulgado no último dia 16. No encontro, Amorim teria dito aos comandantes: "A crítica à presidente é inaceitável. Foi um erro grave do Clube Militar". Pateticamente, Amorim chegou a falar em “quebra da hierarquia” contra Dilma. Pirou?
No Exército, também circulou a versão de que comandante do Exército, Enzo Perri, deu pessoalmente a ordem para que fosse retirado do ar e “desautorizado” o teor do “Manifesto Interclubes Militares”. A tese do Amorim ou de qualquer um abaixo dele não tem respaldo. Nem político e muito menos constitucional. Quem se der ao trabalho de ler o artigo 5º, inciso XVIII da Carta Magna (ainda em vigor, embora a petralhada faça de tudo para ignorar) constatará que as associações (militares ou civis) têm direito à livre manifestação.
Logo, Dilma pode ter ficado PT da vida com o teor do Manifesto Interclubes. Mas não poderia mandar tirar do ar. Os presidentes dos clubes militares foram civilizados ao aceitar a censura. Até porque o recado já estava dado e o objetivo tático cumprido. Se Dilma reclamou foi porque doeu na consciência dela. E PT saudações.
Curiosa é a democradura petralha. Dilma e seus ministros podem falar a besteira que bem entendem - principalmente se for para atacar a imagem dos militares. Já os profissionais das Forças Armadas, sempre associados pelos ideólogos petralhas “à ditadura” ou “a violações dos direitos humanos”, são obrigados a aceitar tudo, caladinhos, obsequiosamente.
A Constituição brasileira assegura a livre manifestação para todos - civis ou militares. Dilma, Amorim e militares leiam e releiam os incisos IV e IX do artigo 5º da CF: (...) IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
Por favor, Dilma, Amorim e militares leiam e releiam o Art. 220: “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. § 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV. § 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”.
A regra é clara. Por uma questão de hierarquia, no serviço ativo, militares só podem se manifestar com a permissão de seus comandantes. Na reserva, a coisa muda. O que vale é a Constituição. No caso dos Clubes Militares, vale mais ainda outro preceito constitucional, claramente escrito no artigo 5º, inciso XVIII: “A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento”.
Além da Carta de 1988, uma norma, do tempo do Presidente José Sarney, ainda em vigor, garante a livre manifestação do pessoal na reserva ou reforma. A Lei 7.524, de 17 de Julho de 1986, dispõe sobre a manifestação, por Militar inativo, de pensamento e opinião políticos ou filosóficos. Logo em seu artigo 1º deixa claro que: "Respeitados os limites estabelecidos na lei civil, é facultado ao militar inativo, independentemente das disposições constantes dos Regulamentos Disciplinares das Forças Armadas, opinar livremente sobre assunto político, e externar pensamento e conceito ideológico, filosófico ou relativo à matéria pertinente ao interesse público. Parágrafo único. A faculdade assegurada neste artigo não se aplica aos assuntos de natureza militar de caráter sigiloso e independe de filiação político-partidária”.
Por isso, quem respeita a lei e a ordem democrática deve ser solidário com os oficiais-generais na reserva: os presidentes do Clube Militar, General de Exército Renato Cesar Tibau Costa, do Clube Naval, Vice-Almirante Ricardo Cabral e do Clube da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Carlos de Almeida Baptista. Os três cumpriram seu dever democrático.
A petralhada arma um golpe manjado. O jogo sujo deles é provocar os Militares. Se algum reagir de forma mais dura, eles aproveitam e justificam a tese de que os fardados são uns golpistas, autoritários, que merecem ser punidos duramente. Como ninguém é otário, os militares não caem neste golpe. O sonho petralha é ter a chance de dar uma endurecidinha no regime tupiniquim, com algum estado de exceção gerado por qualquer problema.
Entre uma armação institucional e outra, um fato é muito sério e objetivo. Se Dilma, Amorim ou qualquer General interferiram na liberdade dos Clubes Militares em publicarem seu manifesto, eles cometeram uma afronta à Constituição. Servidor público que desrespeita a lei se torna enquadrável em crime de responsabilidade. Já pensou se alguém entra com uma ação contra os infratores?
Será apenas divertido. O efeito prático é nulo. O problema é: o que acontece com quem desrespeita a Carta Magna no Brasil? Infelizmente, nada! Ao menos, enquanto...
Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 26 de Fevereiro de 2011.
O NOSSO APOIO AOS PRESIDENTES DO CLUBE MILITAR, GENERAL DE EXÉRCITO RENATO CESA TIBAU COSTA, DO CLUBE NAVAL, VICE-ALMIRANTE RICARDO CABRAL E DO CLUBE DA AERONÁUTICA, TENENTE-BRIGADEIRO CARLOS DE ALMEIDA BATISTA.
Juntos Somos Fortes!

COAUTORES DE UM CAOS - JEANE KÁTIA DOS SANTOS SILVA.

Prezados leitores, bom dia!
Coautores de um caos: Um artigo no qual vale a pena refletir!
Ditadura: Numa época em que não era permitido questionar, questionou-se! Estado Democrático de Direito regido pela Carta Magna: Quem antes questionava hoje consente na prisão de quem questiona! Não seria isso uma incoerência?
Acaso, ao se tornar PM o indivíduo deixou de ser cidadão brasileiro que vota, paga impostos, portador de direitos, deveres e obrigações? Penso que não!
Se num movimento de protesto um manifestante seja ele líder ou liderado, Policial Militar ou paisano, ordena, pratica ou incita atos ilícitos eu até entendo que uma vez comprovado o fato, ele seja preso! E deve! Não em presídios como Bangú 1. É óbvio! O que se questiona aqui é o fato de prender alguém pelo simples fato de questionar, de manifestar-se. Isso sim é uma incoerência!
Se ser militar é ser privado do direito de manifestar opinião e de protestar, então, deve-se deduzir que ser militar é viver sob o regime da ditadura! Mas, vale lembrar, que vivemos num Estado Democrático de Direito, em que o PM assim como todos os demais cidadãos brasileiros, tem direitos, deveres e obrigações!
Diz a nossa Carta Magna que TODOS os cidadãos brasileiros têm o direito de reunir-se para manifestar-se pacificamente e, inclusive, o direito à liberdade de expressão e disso eu me recuso a abrir mão! Acaso estão dispostos a isentarem os Policias Militares e Bombeiros do pagamento de impostos no Brasil? Disso tenho certeza que não!
Obviamente, para que qualquer movimento de protesto tenha legitimidade ele precisa estar totalmente amparado pelo artigo 5º, inciso XVI de nossa Constituição Federal!
Por outro lado, se for fato que a Constituição Federal de 1988 não nos dá direito à manifestações pacíficas e à liberdade de expressão, então, fica claro que a nossa Carta Magna se contradiz quando impõe a Policiais e Bombeiros Militares pagadores de impostos, um regime de ditadura! E é contradição justamente por que vivemos num País de Estado Democrático de Direito!
Em seu blog "A arte de pensar" Nigel Warburton, diz:
"Algumas pessoas argumentam que a violação da lei nunca se pode justificar: se não estamos satisfeitos com a lei, devemos tentar mudá-la através dos meios legais, como as campanhas, a redação de cartas, etc. Mas há casos em que tais protestos legais são completamente inúteis. Há uma tradição de violação da lei em tais circunstâncias conhecida por desobediência civil. A ocasião para a desobediência civil emerge quando as pessoas descobrem que lhes é pedido que obedeçam a leis ou a políticas governamentais que consideram injustas.
(...)
Mahatma Ghandi e Martin Luther King foram ambos defensores apaixonados da desobediência civil. Ghandi influenciou decisivamente a independência indiana através do protesto ilegal não violento, que acacbou por conduzir ao fim da soberania britânica na Índia; o desafio de Martin Luther King ao preconceito racial através de métodos análogos ajudou a garantir direitos civis básicos para os Negros americanos nos estados americanos do Sul.".
É desnecessário dizer que é injusto que Policiais e Bombeiros Militares, cidadãos brasileiros, pagadores de impostos, vivam num Estado Democrático de Direito sob um regime de ditadura pelo simples fato de serem Militares Estaduais! Mahatma Ghandi, disse: "Quando alguém compreende que é contrário à sua dignidade de homem obedecer a leis injustas, nenhuma tirania pode escravizá-lo.". Por outro lado, talvez, a desmilitarização das Polícias e Bombeiros de nosso Brasil seja o caminho mais apropriado para corrigir esta incoerência!
Acerca do direito à greve, a antropóloga Jacqueline Muniz, numa entrevista à GloboNews, comentando a greve da PM na Bahia, disse: " A lei, ao definir como ilegal, ou restringir o direito de greve, serve como uma espécie de vedação da tampa da panela de pressão.". E ela, prossegue, dizendo: "Mas, é preciso ter escoamento da pressão se não a pressão vai explodir um dia!". A meu ver, Jacqueline Muniz revelou ter capacidade de abordar a questão com imparcialidade, sem deixar de considerar os vários ângulos do problema. E isso é o que se pode perceber quando assistimos na íntegra sua entrevista à GloboNews.
Que seja proibido o direito à greve! Mas, como Jacqueline Muniz, diz na entrevista, é preciso que a União esteja apoiando os estados para que os estados tenham condições de bancar uma política salarial plena às Polícias e Bombeiros. (paráfrase).
De minha parte, entendo que uma política salarial plena seria apenas o pontapé inicial para que a valorização profissional dos Profissionais de Segurança Pública aconteça. Contudo, um pontapé inicial necessário e inadiável!
O fato é que o caos que presenciamos por esses dias na Bahia e recentemente em outros estados, nada mais é do que o fruto do descaso de nossos governantes para com uma categoria que tem a missão de se arriscar diariamente para que haja manutenção da ordem pública! E, embora eu discorde veementemente de certos atos que foram cometidos por alguns daqueles colegas, eu não posso deixar de ver em todo esse acontecimento o resultado do desespero de uma categoria que anseia por se sentir valorizada.
A paralização daqueles Profissionais na Bahia tem sido apontada como a causa de um caos que se instalou ali, mas, o fato é que a omissão de nossos governantes os faz, no mínimo, coautores de todo esse caos! Coautores por que ameaças de prisões e até mesmo a efetivação dessas prisões não são capazes de calar um anseio que grita na alma de cada um desses profissionais! Coautores por que fecham os olhos para o fato de que os Policiais Militares de nosso Brasil não se sentem valorizados no exercício de sua função!
Por tudo isso, acredito que tudo o que temos visto e ouvido na TV acerca desses movimentos grevistas das Polícias e Bombeiros Militares têm sido realmente fruto desse descaso. Vedaram a tampa da panela de pressão; ou seja, alegam que não há o direito à greve (manutenção de apenas 30% da frota para atendimento às situações emergenciais), MAS, não buscam meios efetivos de atender aos anseios legítimos por valorização dessa categoria profissional!
O fato é que os Policiais Militares têm feito verdadeiros milagres nas ruas onde diariamente são expostos à dura realidade da falta de recursos e de reconhecimento e, ainda assim, o que se vê diariamente nas manchetes dos jornais é o resultado do cumprimento do dever dessa categoria, expresso nas detenções de indivíduos nocivos à sociedade e nas apreensões de armas e de drogas! Se, porém, um "nacional" é detido e conduzido à delegacia e logo está solto nas ruas disposto a cometer outros crimes, o problema está em nossas leis que são falhas! Mas, o PM cumpriu o seu papel!
É vergonhoso, porém, inegável dizer, que no Brasil um bandido tem muito mais direito do que um Profissional de Segurança Pública! Os representantes das Comissões de Direitos Humanos que o digam! E, não está sendo questionado aqui o direito à integridade física do detido! Isso eu nem discuto!
Fato: Não há como negar que existem maus policiais! Mas, também é fato que as ações desses maus policiais, não refletem o caráter da grande maioria PM. E é também fato que os maus policiais são a vergonha dos bons policiais! E que suas ações não encontram nos bons policiais um incentivo! Antes, o repúdio!
Sociedade, enquanto você dorme aquecida debaixo do teu edredon, o PM está nas ruas sujeito às mais diversas situações, desde as mais simples às de maiores riscos e/ou relevância, tendo frações de segundos para decidir e agir, sem o direito de errar ou se omitir! Por outro lado, a justiça leva alguns anos para decidir num processo e, ainda assim, incorre no risco de errar em sua decisão.
Diante de tudo isso, eu me pergunto: "Até quando, sociedade, hás de ignorar que a valorização do Profissional de Segurança Pública é preciso?". Devo dizer, que não me refiro aqui, ao mau Policial que vai para as ruas pré-disposto ao erro. E, alerto: Repudie os maus policiais! Mas, nunca se esqueça que nem todos são corruptos ou omissos! Enfim, a valorização profissional dessa categoria é preciso!
Fato: Nenhuma Política de Segurança Pública alcançará os anseios da sociedade se não levar em consideração que o Profissional de Segurança Pública precisa se sentir valorizado no exercício de sua função! É uma questão de lógica! Até por que, um profissional motivado produz melhores resultados! E, por isso, concordo que a valorização do Profissional de Segurança Pública e a otimização de suas condições de trabalho, beneficiam a sociedade!
Devo dizer que eu, Jeane Kátia dos Santos Silva, não apoio nenhum movimento de protesto que não tenha amparo no artigo 5º, inciso XVI da Constituição Federal/1988.
E, encerro o presente artigo citando a nossa Carta Magna, que em seu Artigo 5º, inciso IV, estabelece: "é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato."
Jeane Katia dos Santos Silva (Fonte).
Juntos Somos Fortes!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

SARGENTO PM EVANDRO, MUITO OBRIGADO.

Prezados leitores, bom dia!
COMENTÁRIO POSTADO:
"Certamente alguém tem que ser responsabilizado pelas prisões inconstitucionais no presídio Bangu 1. Na realidade o fato foi um grande constrangimento, uma vergonha para todos os dignos integrantes das Corporações da Polícia Militar e dos Bombeiros Militares do Estado do Rio de Janeiro, especialmente aqueles que sofreram a afronta autoritária e ditatorial. Não gosto de utilizar microfones, mas não pude me calar em nossa última manifestação em frente ao Hotel Copacabana Palace, quando o senhor e outros companheiros estavam presos incomunicáveis nas masmorras de Bangú 1, ocasião em que eu disse: “o governo do estado, aliado em um grande esquema com as Organizações Globo, havia transformado o presídio Bangu 1 em presídio político, isso em pleno ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO com a denominada constituição cidadã, vigente”. Senhor coronel, realmente a que se recorrer aos tribunais judiciários, organismos de direitos humanos nacionais e internacionais a fim de se reparar tamanhas injustiças, pois suponho que tais atos contra profissionais da segurança pública do Estado do Rio de Janeiro não podem ficar impunes, sem que o responsável ou os responsáveis pela ordem absurda de encarceramento em presídio de segurança máxima (na realidade para traficantes e outros criminosos de altíssima periculosidade), de policiais militares e bombeiros militares que reivindicavam PACIFICAMENTE melhores condições de trabalho e salário. Não coronel, definitivamente não! Dignidade profissional, como nós sabemos, não é a mesma coisa de tráfico de drogas, homicídios, sequestros, etc., e nisso me solidarizo ao seu sofrimento que certamente não foi pequeno e nem mesmo posso avaliar plenamente, apenas o senhor e os outros policiais militares e bombeiros militares sabem o quanto foi difícil sob todos os aspectos. Aceite minha humilde solidariedade, respeito e minhas continências.
Evandro dos Santos
Sargento de Polícia"
Juntos Somos Fortes!

CORONEL PM PAÚL - PRISÃO ILEGAL EM BANGU I - COMENTÁRIO.

Um amigo leitor do nosso espaço democrático comentou comigo que quem leu o nosso livro "Cabral contra Paúl - A Polícia Militar de Joelhos" (link), reúne melhores condições de entender o que está acontecendo no Rio de Janeiro, sobretudo, a nossa prisão ilegal em Bangu I e, ainda, por que é fundamental calar a minha voz (blog).
Ele pode ter razão.
Você que leu o livro, o que pensa a respeito?
Juntos Somos Fortes!

RIO: OS PERIGOSOS CAMINHOS TRILHADOS NA POLÍCIA MILITAR E NO CORPO DE BOMBEIROS.

O dia 10 de fevereiro de 2012 ficará marcado eternamente na história do Rio de Janeiro, não apenas como sendo o dia no qual PMs, BMs e PCs tentaram fazer uma paralisação unificada, inteiramente desorganizada e, portanto, fadada ao fracasso completo desde o seu nascedouro; mas sobretudo pelas graves violações dos direitos (direitos humanos) e das prerrogativas de um grupo de Bombeiros e Policiais Militares que em razão da contrariedade por parte do governo de vários dispositivos legais foram presos e atirados nos "porões" da penitenciária de segurança máxima, conhecida como Bangu I, a qual é utilizada como estabelecimento para abrigar os criminosos mais perigosos do Rio de Janeiro.
Um dia no qual os valores democráticos foram atirados no lixo e que o estado democrático de direito foi suspenso no Rio de Janeiro, situação que se arrastou por vários dias, só sendo interrompida pela pronta atuação dos deputados estaduais integrantes da comissão de direitos humanos da ALERJ, com o apoio do deputado federal Chico Alencar e dos integrantes da comissão de direitos humanos da OAB/RJ, cidadãos brasileiros a quem todos nós temos uma dívida de gratidão, tendo em vista de que após o que foi feito com os PMs e os BMs, ninguém está livre de ficar quinze horas por dia trancafiado em uma cela de Bangu I.
Prezados leitores, se não bastassem os diversos crimes praticados contra os PMs e os BMs, o governo ainda quer mais, quer expulsá-los das corporações com uma pressa nunca vista antes, nem mesmo contra os piores integrantes das bandas podres das instituições. Nem contra os assassinos, nem contra os milicianos, nem contra os que negociam com traficantes de drogas, o governo foi tão duro. Paradoxalmente, o governo estadual tem sido de uma crueldade extrema com os que lutam por melhores salários, os que integram a banda boa, os que vivem dos seus vencimentos e do bico.
A ordem parece ser no sentido de expulsar e rápido esses "criminosos" que querem salários justos e que lutam ordeira e pacificamente por isso desde o ano de 2007, início do governo Sérgio Cabral (PMBD), tendo realizado quase uma centena de atos públicos.
O governo chegou ao absurdo de reduzir pela metade o prazo dos Conselhos de Disciplina e está fazendo a alteração retroagir para afetar os PMs e BMs, na busca da expulsão em rito sumário. Eles chegaram a ser ouvidos ainda em Bangu I, tamanha a urgência. Imaginem em que condições eles prestaram declarações. O governo estadual quer que eles sirvam de exemplo para todos os PMs e BMs do Brasil, dando um recado: não lutem por salários dignos! Virem-se!
Não custa lembrar o axioma de que é preferível absolver um culpado do que condenar um inocente, a extrema pressa pode levar a condenação de vários inocentes.
Urge que a normalidade seja retomada, que o contraditório e a ampla defesa sejam preservados e que o Rio vivencie um estado democrático de direito.
O regime democrático, os direitos e as garantias constitucionais, a busca pela justiça, a boa técnica jurídica e o próprio bom senso determinam que sejam trancados (interrompidos) todos os Processos Administrativos Disciplinares até que o IPM e o processo na AJMERJ sejam concluídos, caso contrário, o Brasil estará escrevendo uma página vergonhosa de autoritarismo e os governos estadual e federal poderão ser acusados de revanchismo, considerando que os violentados desses tristes dias que estamos vivendo não são os terroristas, os assaltantes de banco, os sequestradores, etc; hoje as vítimas são militares, militares estaduais, para ser exato.
E, por favor, não me venham com a propalada independência entre as esferas, pois ela não pode se sobrepor à cidadania plena dos PMs e dos BMs, ferida de morte pelo governo e seus prepostos.
Faça quem tem que fazer, tranquem os Processos Administrativos Disciplinares (PADs) e aguardem o fim das investigações do IPM e do processo na AJMERJ.
É preferível absolver um culpado do que condenar um inocente.
Juntos Somos Fortes!

ANISTIA INTERNACIONAL NO BRASIL.

A AGENDA DE DIREITOS HUMANOS PARA O BRASIL
SISTEMA DE JUSTIÇA CRIMINAL
Apesar de algumas reduções no índice total de homicídios, o número de mortes causadas por policiais em circunstâncias controversas permanece extremamente alto, sobretudo no Rio de Janeiro, onde mais de 800 ocorrências desse tipo foram registradas em 2010.
Poucos desses casos foram investigados adequadamente e a Anistia Internacional continua a receber denúncias sobre execuções extrajudiciais perpetradas pela polícia. Durante as ações policiais conduzidas recentemente para conter a violência criminal na cidade, em novembro de 2010, a Anistia Internacional recebeu denúncias de execuções extrajudiciais na favela do Jacarezinho e de roubos e danos à propriedade praticados por policiais na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão.
Grupos de direitos humanos também documentaram a corrupção sistemática, a cumplicidade com as facções do tráfico e as ligações com as milícias que têm minado seriamente as forças policiais do Rio de Janeiro.
Em outras partes do Brasil, causam preocupação à Anistia Internacional as denúncias sobre atividades de grupos de extermínio, muitas vezes com o envolvimento da polícia. Quatro anos após a conclusão da CPI dos Grupos de Extermínio, a Anistia continua recebendo denúncias, principalmente provenientes do nordeste brasileiro. Ali, diferente de outras regiões do país, o número de homicídios continua aumentando. Em Maceió, por exemplo, mais de 30 moradores de rua foram mortos em 2010, em ataques que se acredita terem sido realizados por grupos de extermínio.
A Anistia Internacional reconhece os esforços empreendidos recentemente, tais como a Operação Guilhotina e a Operação Sexto Mandamento, conduzidas pela Polícia Federal no Rio de Janeiro e em Goiás para investigar e processar indivíduos envolvidos com atividades de grupos de extermínio, bem como para erradicar as más práticas das forças policiais, sobretudo a corrupção, uma luta que precisa do total apoio e participação de toda sociedade.
TORTURA
Apesar das diversas iniciativas governamentais, a tortura ainda é prática generalizada no momento da prisão, nas celas policiais e nas penitenciárias, que continuam sendo os principais locais onde ocorrem as violações. Segundo os relatórios do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), das comissões de direitos humanos e de ONGs nacionais e internacionais de direitos humanos, a tortura, os maus-tratos e a superlotação persistem no sistema prisional, enquanto milhares de pessoas são mantidas injustamente em detenção provisória.
Para a Anistia Internacional é um fato bastante positivo o compromisso assumido por Dilma Rousseff, ainda no início de seu mandato, de implementar plenamente o Protocolo Facultativo à Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes – uma medida que essa organização tem constantemente defendido.
IMPUNIDADE
Para que o respeito pelos direitos humanos esteja firmemente enraizado em todas as instituições brasileiras, a Anistia Internacional acredita que o país deva enfrentar os graves crimes cometidos durante a ditadura militar.
Persistir na defesa das atuais interpretações da Lei da Anistia de 1979 significa não apenas que o Brasil permanecerá muito atrás dos outros países da América Latina a esse respeito, mas também que o país seguirá em flagrante contravenção de suas obrigações internacionais.
O apoio de Dilma Rousseff à criação de uma Comissão da Verdade, conforme estabelecido pelo terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos, é um bom começo, mas a Anistia exorta o governo a ir além.
A recente ratificação da Convenção Internacional para Proteção de Todas as Pessoas contra os Desaparecimentos Forçados é um passo importante, mas a Anistia também exorta o governo a reconhecer a competência do Comitê para Desaparecimentos Forçados no que se refere a receber comunicados provenientes ou em nome de vítimas ou Estados. Para isso, o Brasil deve fazer as declarações necessárias sob os artigos 31 e 32 da Convenção, como o fizeram diversos outros Estados do Continente Americano.
DESENVOLVIMENTO
Enquanto o Brasil continua a desfrutar de altas taxas de crescimento econômico, uma nova série de desafios começa a emergir. Projetos de infraestrutura em grande escala, como a remodelação do espaço urbano, a construção de hidrelétricas, estradas e portos, somados à expansão das operações do agronegócio e das empresas de mineração, estão mudando a face do Brasil.
Por vezes, esses empreendimentos são acompanhados de despejos forçados e da perda de meios de subsistência, bem como de ameaças e de ataques contra os manifestantes que questionam esses projetos e contra defensores dos direitos humanos. É o que acontece, por exemplo, com os povos indígenas e os pequenos agricultores que estão perdendo suas terras em consequência da transposição do Rio São Francisco. Outra fonte de preocupações, levantadas por promotores federais e por ONGs locais, são os prováveis impactos provocados pelo projeto de construção da represa de Belo Monte.
Há muitos anos, a Anistia Internacional vem acompanhando de perto o que acontece no estado do Mato Grosso do Sul. Em meio à expansão acelerada do agronegócio, os Guarani-Kaiowá estão sofrendo violências e intimidações de pistoleiros contratados por fazendeiros locais, enquanto são privados do direito constitucional a suas terras ancestrais, em função dos obstáculos jurídicos criados por um poderoso lobby ruralista.
A Anistia Internacional começou a documentar também o impacto das grandes obras de infraestrutura urbana que estão sendo realizadas em preparação à Copa do Mundo e aos Jogos Olímpicos. Em outubro de 2010, durante uma visita ao Rio de Janeiro, representantes da Anistia visitaram diversas comunidades afetadas pelos projetos. Os moradores reclamaram da falta de informações e de consultas a respeito das obras, e também das ameaças de despejos sem oferta adequada de alternativas para moradia. Recentemente, na comunidade da Restinga, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro, funcionários da subprefeitura, sem aviso prévio, chegaram acompanhados de policiais militares fortemente armados e começaram a derrubar com escavadeiras um distrito comercial que funcionava no local.
A Anistia Internacional reconhece que o Governo Federal vem fazendo pesados investimentos no setor habitacional através do programa Minha Casa, Minha Vida, mas teme que, no nível municipal, a implementação do programa possa ser usada como pretexto para expulsar comunidades pobres das áreas centrais e deslocá-las para as periferias das cidades.
O PAPEL GLOBAL DO BRASIL
Com um papel e importância crescentes no cenário mundial, o Brasil deve estar preparado para promover o respeito pelos direitos humanos no plano internacional. A Anistia espera que, no futuro, o país possa usar sua significativa influência para assegurar o respeito pelos direitos humanos em todo o mundo.
Embora o diálogo privado sobre questões de direitos humanos se constitua em importante elemento de qualquer estratégia de lobby, a Anistia Internacional espera que essa política não impeça o Brasil de criticar abertamente violações graves de direitos humanos, nem afete os padrões de votação do país no âmbito dos organismos intergovernamentais, sobretudo no Conselho de Direitos Humanos, em questões que requeiram uma resposta unificada para impedir violações graves de direitos humanos (Fonte).
Denuncie violações de direitos humanos à Anistia Internacional (Link):
Juntos Somos Fortes!

O MUNDO NOVO QUE ESTAMOS DEIXANDO SER CONSTRUÍDO NO RIO DE JANEIRO.

DECRETO Nº 43.462 10 DE FEVEREIRO DE 2012.
ALTERA O DECRETO Nº 2.155/78 O QUAL DISPÕE SOBRE OS CONSELHOS DE DISCIPLINA DA POLÍCIA MILITAR E DO CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições constitucionais e legais,
CONSIDERANDO a necessidade de conferir aos Processos Administrativos Disciplinares maior celeridade e controle;
CONSIDERANDO os princípios da Economia Processual e da Objetividade como parâmetros de trabalho voltados para excelência e eficácia no Serviço Público;
CONSIDERANDO o caráter institucional da avaliação do mérito voltado para o preenchimento de valores éticos e morais para o exercício das funções próprias;
CONSIDERANDO a frequente conjugação dos dados expostos em um Processo Administrativo Disciplinar com a própria imagem Institucional; e
CONSIDERANDO a possibilidade de proporcionar a sociedade um melhor serviço no universo correcional.
DECRETA:
Art. 1º - Os Artigos 11 e 13 e seu § 3º, artigo 14, Parágrafo Único e artigo 15, do Decreto nº 2.155/78, passam a vigorar com as seguintes redações:
“Art. 11 - O Conselho de Disciplina dispõe de um prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data de sua nomeação, para a conclusão dos trabalhos”.
“Art. 13 - Recebidos os autos do Processo do Conselho de Disciplina, a autoridade nomeante, dentro do prazo de 05 (cinco) dias, aceitando ou não, seu julgamento e, neste último caso, justificando os motivos de seu despacho, determina:
§ 3º - Discordando da solução dada ao Conselho de Disciplina, o Secretário de Estado Titular da Pasta a que pertencer o praça poderá avocá-lo, e justificadamente, dar solução diferente”.
“Art. 14 - Parágrafo Único - O prazo para interposição de recurso é de 05 (cinco) dias, contados da data na qual o acusado tem ciência da decisão do Conselho de Disciplina ou da publicação da solução da autoridade nomeante”.
“Art. 15 - Cabe ao Secretário de Estado Titular da Pasta, em última instância, no prazo de 07 (sete) dias, contado da data do recebimento do Processo, julgar os recursos que forem interpostos nos Processos oriundos do Conselho de Disciplina”.
Art. 2º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 2012.
SÉRGIO CABRAL
(Unidades envolvidas: Todas)
(DOERJ Executivo nº 029 - de 10/02/12 - Suplemento).
Juntos Somos Fortes!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

BLOG DO CORONEL PAÚL - ESCLARECIMENTOS.

Prezados leitores, penso que nos breves artigos que postei nesse nosso espaço democrático, desde a saída do xadrez do BPChoque, tendo passado antes pela solitária de Bangu I, são mais que suficientes para materializar os abusos que foram cometidos contra mim e contra os outros PMs e BMs apontados como líderes do movimento grevista. Diante dessa constatação, presto alguns esclarecimentos:
1) Caso não aconteça nenhum fato novo significativo nos próximos dias, não farei novas postagens até a próxima 2a feira, dia 27 FEV 2012, entretanto, continuarei postando os comentários e respondendo os emails. O principal motivo desse recesso é empregar o tempo para a preparação das representações e para os contatos iniciais com os órgãos que irão receber os referidos documentos. Além disso, preciso ultimar a montagem do livro que contará esses tristes dias vivenciados no Rio de Janeiro, um autêntico e cruel retrocesso no processo de redemocratização do Brasil.
2) Eu que sempre fui contra a greve, parabenizo os PMs e os BMs que proporcionaram um Carnaval seguro para a população do Rio e para os turistas nacionais e estrangeiros, o que demonstra o compromisso de todos com o servir e proteger.
3) Por derradeiro, ratifico que o Tenente Coronel PM Ref Herrera (advogado) está à disposição dos PMs e BMs que estão sendo acusados de liderarem o movimento grevista, no intuito de defendê-los sem o pagamento de qualquer honorário advocatício, como pode ser constatado no texto publicado nesse blog (leiam e conheçam os contatos do advogado).
Juntos Somos Fortes!

DITADURA - UMA DEFINIÇÃO.

"Jura em Prosa e Verso.
Definição de ditadura
Ditadura é um regime autoritário em que os poderes legislativo, executivo e judiciário estão nas mãos de uma única pessoa ou grupo de pessoas, que exerce o poder de maneira absoluta sobre o povo.
Com o ressurgimento da democracia no século XIX, o termo ditadura tem o significado de oposição à democracia, onde o modelo democrático-liberal deixa de existir e a legitimidade passa a ser questionada, pois as ditaduras modernas são um movimento totalitário com a supressão dos direitos individuais e a invasão pelo Executivo dos demais poderes constituídos, (legislativo, judiciário, ou equivalentes). Esta invasão se dá pela força, e a supressão das liberdades individuais passa a ser por decreto. O regime ditatorial se baseia num líder ou em pequeno grupo que exerce o poder absoluto sem prestar contas aos governados, independentemente de sua aprovação ou não (Fonte)".
Juntos Somos Fortes!

RIO: SOLTEM TODOS OS PRESOS POLÍTICOS.

Prezados leitores, bom dia!

Juntos Somos Fortes!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

DITADURA NO RIO: CAMPANHA DE ARRECADAÇÃO PARA AJUDAR NA DEFESA DOS HERÓIS DO RIO.

EMAIL RECEBIDO:
SOS BOMBEIROS.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
URGENTE - Campanha de Arrecadação
Senhores,
Neste domingo se deu, com muita emoção, a libertação de 11 heróis presos no GEP há uma semana, após passarem pela ilegalidade das prisões em BANGU 1. Dois haviam sido libertados de madrugada e os outros nove saíram por volta das 17h, sendo recepcionados pelos familiares e acompanhados pela imprensa. Apenas Daciolo permanece no GEP porque houve um problema de ordem `material`com seu habeas corpus, que precisou ser refeito e foi apresentado ao plantão judiciário. Pedimos a oração de todos para o desembargador que dará o despacho sobre o pedido.
Infelizmente a esposa do Daciolo, nossa companheira Cristiane, teve um mal estar no momento em que soube que Daciolo não iria sair e ficou desacordada por alguns momentos. Ela teve que ser levada de ambulância ao HCAP, mas já está em casa e está um pouco melhor.
A libertação dos 11 bombeiros se deu por meio de habeas corpus feito por advogado particular, dr. RAUL LINS E SILVA, a quem agradecemos pelo empenho e pela dedicação.
ESTAMOS URGENTEMENTE PRECISANDO DE DOAÇÕES PARA PODERMOS PAGAR OS CUSTOS DO HABEAS CORPUS, PEDIMOS COM MUITA URGÊNCIA DOAÇÕES NAS SEGUINTES CONTAS:
BRADESCO -- AG. 6746 -- DÍG. 6 -- CC. 0550019-2 (atenção, o número correto é este, foi corrigido)
ou
ITAU -- AG. 4550 -- Conta poupança 05525-7/500
(ambas em nome de Ademar Balthar).
CEL PAÚL VENHO LHE PEDIR PARA DIVULGAR NO SEU BLOG .
JSF. 
Juntos Somos Fortes!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

RIO: CRISE NA SEGURANÇA PÚBLICA - VISITA DO COMANDANTE GERAL AO CFAP – A RESPOSTA DE UM ALUNO.

COMENTÁRIO ANÔNIMO:
Sou aluno do CFAP Sim, Comandante!
Hoje tivemos a visita do "ilustre" Cmt da PMERJ que nunca sequer nos deu um "bem vindos" e apareceu para nos ameaçar.
Reuniram a Cia na quadra do CFAP para ouvirmos ameaças da boca do CMT.
"Eu tenho acompanhado tudo pelo facebook, sei da greve, vocês são alunos, não são policiais. Vocês podem ser expulsos se aderirem à greve. Não se envolvam com os líderes do movimento, pois os mesmos não irão ajudá-los se vocês forem expulsos. Não adianta vir bater na porta, mandar alguém, vocês são alunos."
O que me indigna é que ele apareceu para nos ameaçar, contrariando toda a Constituição Federal. Onde já se viu? Ameaça de expulsão!
Ele não sabe o que passamos. Que não temos água na CIA há 2 dias. Que não temos uniforme, que nosso salário atrasou 2 meses, que não recebemos o vale de R$100,00 no Natal. E olha que entramos em agosto!
O rancho é uma imundície. Fede à gordura velha. O chão escorrega de tão sujo. A panela de pressão é limpa com uma vassoura. Isso mesmo, uma vassoura. Mas isso não é o problema. Ela é usada pra isso, mas só que a colocam no chão depois. As marcas dos alimentos são as mais desconhecidas do mundo: arroz Caxangá (nunca ouvi falar), palmito Real Gourmet ( depois q vc come, nunca quer saber, tem gosto de bagaço).
Os terceirizados da cozinha não fazem nada. Tratam os alunos mal, como se eles fossem os policiais. Os pratos são mal lavados pela funcionária mal humorada lá. Os garrafões de suco ficam abertos, entra abelha, barata, e o que passar pelo gargalo.
Lavei as máquinas de suco, elas estavam cheias de limo! Uma nojeira só!
Tem uns lá que até trabalham direito, mas a maioria fica olhando. O chão escorrega. A cozinha não tem janela, fica aberta à noite inteira - entra rato, barata... O Contêiner que é geladeira fede à podre, e a carne fica aberta naquelas caçambas brancas - iguais as que guardam peixes, as mesmas são sujas, imundas!
Não tem faca nem pra cortar alimentos! Você que use as unhas!
Se a comida acaba, eles não ligam pra fazer mais, nós que temos que esperar ou ficamos sem comida. Quando sobra comida, vai tudo pro lixo, que é atrás da cozinha e fede como a cozinha. Gordura pura etc... fede muito!
Quando tem strogonoff o cara mistura massa de tomate com vinagre pra tentar dar um gostinho... putz! Todo dia é o mesmo suco: uva ou groselha. Às vezes guaraná natural, às vezes!
Os recrutas que lavam todas as panelas e utensílios da cozinha, salvo os pratos que são lavados pela (...) terceirizada! Tirar serviço na cozinha é pior que na guarda!
Os coletes fedem muito! Nem vou comentar sobre alguns aspectos, pois não é bom revelar. Na Cia não tem alojamento pra quem tirar serviço. No meu 1º serviço queriam que dormíssemos na 2ª Cia, em beliches que estão caindo, todos e tortos ou quebrados, sem ventilador, um forno, cheio de mosquitos.
Na Cia que eu estou não tem alojamento, dormimos no pelotão, temos que levar o próprio colchonete e roupa de cama. Sem estrutura alguma, e olha que a Cia é nova, 5 meses de uso.
Falando nela... Toda mal feita!
O piso é o mais vagabundo que existe! Serviço de porco! Quando molha, o piso que é branco fica transparente. Tem infiltração no piso! Só vendo! Tem rachaduras na Cia, fica pingando direto em uma parte, perto da caixa d'água, temos medo de cair. No banheiro, além do piso vagabundo, o caimento do box do chuveiro é pro meio do corredor e não para o ralo. Quando tomamos banho a água fica acumulada, só sai com o rodo. Obra de porco, burro e super faturada. Tá na cara que o material é vagabundo e mal feito. Eu entendo de obra!
Você bate no piso e tá tudo oco! O teto rebaixado do pelotão debaixo caiu! Tá com infiltração tem meses. Caiu gesso na cabeça dos recrutas!
Sem falar da Cia sem água. Nunca tem água! Os residentes têm que tomar banho em outras Cias, não tem água nem pra beber! O bebedouro é velho, cheio de limo! A água tem um gosto estranho. De vez em quando ficamos com diarréia!
Ontem tinha um sapo dentro da cisterna. Se estava vivo eu não sei, mas estava na água que bebemos e usamos pra tomar banho!
A PMERJ não nos dá nada, só nos deu um CD com as apostilas ( que tivemos que imprimir e pagar do nosso bolso - R$50,00) e nos deu 1 garfo e uma faca pra não usarmos a da cozinha, pq dava barata!
Comprei meu bichoforme, tênis, coturno, colete, coldre, bornal, óculos de proteção, abafador, MUG... tudo com o meu dinheiro. A PMERJ nunca me deu nada! O pagamento atrasou 2 meses, felizmente saiu o atrasado mês passado. Ouvimos de um instrutor que a PMERJ deu 93 milhões de reais pro governo do estado. Que dinheiro é esse? Por que deu pro estado? Por que não nos dão uniforme? Quando entramos preenchemos uma ficha com os tamanhos dos uniformes, mas cadê? Cadê o uniforme? Dinheiro tem!
Aí me vem o Governador me falar na formatura da 3ª CIA que as viaturas têm ar condicionado. (...) o Ar!! Sabe onde!
Ele veio fazer propaganda na formatura, falar que o CFAP formará 7 mil policiais. (...). (...)! Tinha que falar que as viaturas têm blindagem, que a PMERJ terá estrutura, armas decentes, instalações decentes. Diminuiu o tempo de promoção pra calar a boca da galera. Pega seus 2 anos e engole!
De que adianta isso?
Eu sei, tô na pmerj pq eu quero. Amo meu trabalho, tô pq eu quero, mas é um absurdo ver isso acontecer num estado que tem $, estrutura e nos trata como se fosse um estado pobre.
É só o 2º maior PIB do Brasil, resumindo: tem dinheiro em caixa, o qual só pode ter ido para as (...). Além do salário de 50 mil do Secretário de Segurança, que ganha mais que o Ministro do STF! Meu Deus, como que pode?
O pior que ninguém faz nada!
Ele chama os Bombeiros de vândalos, manda bala para cima dos professores, chama os médicos de vagabundos, e os policiais... são tratados como mendigos! E os alunos? Nos chamaram de PI - pé inchado para os leigos. Não somos policiais!
Se eu fizer uma merda vou presa onde? No BEP, né? Pq sou PI? Vão nos mandar fazer policiamento na praia de cacetete, putz, e cadê o uniforme? Cadê o meu uniforme? Não tem desculpa. Ninguém desse concurso recebeu uniforme antes da formatura. Quem se formou recebeu 1 uniforme 3A, o azul. 1 só!
Vc que lave e se vire!
O CFAP tem estrutura, só não tem interesse de ninguém. Todo mundo leva comida, come quentinha, come hambúrguer na cantina pra não comer a comida do rancho.
O chão tá cheio de buracos, só cratera, ninguém conserta!! Quando chove só em poças!!
No CFAP tem ótimos profissionais, que querem nos ensinar tudo, que fazem com prazer e dedicação, não são todos que não ligam para os alunos, que fazem parte do sistema. Alguns são civis, outros militares, alguns são os melhores no que fazem e procuram passar o melhor conhecimento para nós.
É lamentável ser assim. Sei que tô reclamando, eu sabia em parte que seria assim. O que me (...) é que o TJ e MP do Rio não fazem nada. Se não me engano, os presidentes de ambos são indicados pelo governador, se são, pode crer que é peixada da grande! Não vão fazer nada! Já mandei email pra tudo que é buraco em Brasília, e como cada estado cuida de sua vida, a União não vai se meter aqui, só se rolar uma guerra mesmo!
Nem a justiça do trabalho se mexe e se mete. Não temos uniforme, se fosse uma empresa particular, um fiscal iria lá resolver, a jornada é terrível, vale transporte, péssimas condições, sem instalações - um fiscal do trabalho só apareceria se fosse empresa privada.
O rancho é nojento - a vigilância sanitária só apareceria se fosse um restaurante privado!
Fico triste em saber que é desse jeito. Lamento. Não me arrependo do que escolhi, quero até ser oficial. Sei que posso ser idealista, querer melhorar tudo, mas é um absurdo tudo ser assim. Eu ter que gastar meu dinheiro desde o exame médico e não paro de gastar, vivermos em péssimas condições de trabalho - ih, quase me esqueço. Os residentes, coitados, ficaram meses sem ventilador ou ar condicionado porque a polícia não mandou um eletricista pra instalar o ar condicionado. Um aluno que está consertando. Absurdo! As roupas de cama dos residentes foram trazidas pelos mesmos, de casa.
A legislação da PMERJ diz que temos que ter uniforme e roupa de cama, mas só os alunos do CFO que têm tudo isso.
Quem é praça se ferra legal!!
Obs: Cmt disse que sou aluno, mas para tirar POG no carnaval, eu sou policial.
Anônimo.
Juntos Somos Fortes!