terça-feira, 25 de maio de 2010

CORRUPÇÃO SISTÊMICA - CORONEL DE POLÍCIA ROSETTE..

CORRUPÇÃO SISTÊMICA – COMO ENFRENTÁ-LA ?
A corrupção policial é uma ameaça real ao sistema de segurança pública no Rio de Janeiro.
O enfrentamento a este problema, até então, tem-se mostrado ineficaz pois, embora a Polícia Militar tenha expurgado de seu meio policiais corruptos, a corrupção como um todo não diminui.
A observação dessa realidade deveria levar o poder público a reflexões de outra ordem, como por exemplo que a corrupção é muito mais uma questão societária que um problema moral-individual.
Também seu enfrentamento, hodiernamente feito através de ações isoladas contra os corruptos (teoria da "eliminação das maçãs podres"), nada mais demonstra o reduzido alcance que uma política meramente penalista tem sobre o problema, além de mostrar cabalmente que o governo tenta "enxugar o gelo" de forma eficaz. O cinismo disso está latente.
Considerando a corrupção como um fenômeno arraigado em nossa sociedade, onde ter é mais importante do que ser , onde “todos querem levar vantagem em tudo”, pode-se afirmar que a estratégia está enviesada, carecendo portanto de novos rumos para sua minimização (devemos entender, e aceitar, que a erradicação total é utópica).
Em resumo exsurge a adoção de uma política pública focada em medidas mais abrangentes, que enfrentem o problema na sua real dimensão e em todos os seus vetores, sendo portanto de se esperar resultados diversos dos atuais.
Dentre tais medidas destacam-se:
1. a mensuração da corrupção sistêmica através de pesquisa interna (não se pode combater aquilo que não se conhece);
2. criação de mecanismos internos de controle que inviabilizem a prática de determinadas condutas desviantes (evolução tecnológica);
3. criação de um sistema de controle externo, com a participação da sociedade, independente organicamente da Polícia e com poderes de auditoria (o cliente deve opinar sobre o produto que está recebendo);
4. reformulação dos currículos de formação, especialização e extensão de policiais, direcionando o ensino para a reflexão, o estudo de caso, os debates em grupo que viabilizem a formação de um ethos contra a corrupção;
5. modernizar a estrutura da polícia, ajustando-a a um modelo empresarial competitivo e compatível com as demandas do mercado, reduzindo os níveis de decisão e tornando todos os seus integrantes individualmente responsáveis pelo todo, perante a própria organização e a sociedade;
6. elaboração de um programa de valorização profissional e motivacional, a ser realizado ciclicamente, a par da adoção de remuneração digna e melhoria dos ambientes de trabalho dos policiais.
Tais medidas devem ter balizamento na pesquisa inicial e, através de DIRETRIZES, serem implantadas seqüencial e cumulativamente.
Em paralelo devem-se MONITORAR os resultados obtidos periodicamente, repetindo a pesquisa de mensuração, viabilizando eventuais correções que se façam necessárias para o atingimento dos OBJETIVOS (foco naquilo que a sociedade quer).
Isto é, em síntese, o que deveria ser uma POLÍTICA PÚBLICA.
ALEXANDRE CARVALHAES ROSETTE - CORONEL DE POLÍCIA
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

2 comentários:

Anônimo disse...

No momento da conversa, o clima estava muito tenso na Câmara, e o Deputado Federal Capitão Asssumção de pronto, já me disse que havia a necessidade de ter um controle muito grande, para poder suportar os entraves criados pelo Governo Lula, e os Deputados da base governista.

O Deputado Assumção negou que qualquer militar tenha ameaçado o Líder do Governo, bem como qualquer outro deputado, inclusive elogiou a mobilização da tropa, dizendo que os mesmos sempre se comportaram de forma pacífica e ordeira.

Assumção disse que o líder do governo Candido Vaccarezza já perdeu o controle, e não está sabendo lidar com a PEC 300, disse, ainda, que é impossível qualquer pessoa entrar nas dependências do Congresso armado, logo, não existe essa farsa de ameaça criada pelo Vaccarezza.

O Deputado disse que, na verdade, o líder do governo Cândido Vaccarezza quer é desprestigiar os Policiais e Bombeiros Militares, para que o movimento seja enfraquecido.

O Deputado Assumção falou que o líder do governo é "o chacal" do Governo Lula, e que ambos são TOTALMENTE CONTRA a aprovação da PEC 300, e que a pressão deles para derrubar a PEC 300 é muito grande, mas que eles não vão conseguir, já que a mobilização dos militares será maior, será "Davi contra Golias".

O Governo Lula tenta enrolar os militares para aprovar a PEC 300 sem o piso, mas isso não é aceitável, o piso é a alma da PEC.

O nobre parlamentar Capitão Assumção ainda disse que o Governo Lula é mentiroso, e ao contrário do que alega, nunca negociou a aprovação da PEC 300.

Por fim, o Deputado Capitão Assumção disse que o Líder do Governo Candido Vaccarezza agora fica andando de seguranças para cima e para baixo, alegando um suposta ameaça por parte dos militares, mas tudo é uma farsa, que na verdade Vaccarezza quer é mídia, quer e "aparecer".

Amigos a questão é o seguinte, o Governo Lula é CONTRA a aprovação da PEC 300, por isso, Policiais e Bombeiros Militares vamos dar o troco este ano nas urnas.

PEC 300 JÁ !

Anônimo disse...

Dentre os ítens de reformulação da polícia enumerados pelo nobre Coronel falta um que considero essencial: a qualidade da seleção dos candidatos. Há que se fazer uma "filtragem", antes e depois das provas, na hora de se selecionar os candidatos, visando a se evitar que candidatos com índole criminosa e desonesta, aprovados nas provas, ingressem nos quadros da Polícia. Aliás, essa "filtragem" deveria ser feito em qualquer concurso público, quer seja da polícia, de juizes, promotores, denfensores, funcionários da fazenda, etc. Evitar-se-ia o cometimento de grande parte dos delitos que grassam no serviço público.