JORNAL O DIA
TERCEIRA PASSAGEM DE COMANDO DA PMERJ
RECORDE NACIONAL EM UM ÚNICO GOVERNO
UM COMANDANTE GERAL A CADA 10 MESES

O tempo é o senhor da razão, diz a sabedoria popular.
O artigo transcrito a seguir foi escrito há quinze meses, porém continua mais atual do que nunca, carrega verdades que amadurecem a cada dia.
A segurança pública do Rio de Janeiro atravessa a sua pior fase em décadas, os assassinados e os desaparecidos superam os 1.000 cidadãos fluminenses a cada mês.
Hoje o Rio de Janeiro é o estado mais atrasado do Brasil no que diz respeito à segurança pública, preso à incompetência da ortodoxia estrutural, à ineficência operacional e à impossibilidade de Beltrame ser exonerado por Sérgio Cabral.
Os profissionais de segurança pública recebem salários famélicos, os piores do Brasil, tendo que agir como se o serviço público fosse o verdadeiro "bico", pois recebem muito mais no segundo emprego.
Na terça-feira, eu conversei com um 1o Sargento de Polícia, que trabalha como segurança em um restaurante. Ele comentou que assumia às 18:00 horas e saía às 02:00 horas, recebendo R$ 60,00 por oito horas de serviço, mais do que o dobro que recebe por 24 horas de serviço na Polícia Militar.
A desmotivação é geral, aliás, quase geral, pois as "bandas podres das Polícias" estão de vento em popa, nunca foi tão fácil praticar desvios de condutas nas instituições policiais do Rio de Janeiro.
O dinheiro ilícito brota por toda parte, diante de uma Corregedoria Interna da Polícia Civil que nunca recebeu o valor que merece da Instituição e de uma Corregedoria Interna da Polícia Militar praticamente desativada.
E a Corregedoria Geral Unificada (PMERJ+PCERJ+CBMERJ) não torna pública a sua produtividade, portanto, nada sabemos.
É triste conversar com um Oficial ou um Praça da área correcional e conhecer a verdade dos nossos dias, sobretudo no tocante à proatividade dos Grupamentos de Supervisão Disciplinar (GSD), que agora ministram instruções durante o serviço.
A "banda podre" da Polícia Militar está vibrando e hostilizando os heróis da CIntPM, se ela concedesse medalhas, a atual gestão estaria contemplada.
Obviamente, os maiores culpados por tudo isso são as "bandas boas das Instituições", que não se moblizam para reverter esse quadro terminal da Polícia Civil e da Polícia Militar.
Entretanto, Sérgio Cabral foi o responsável por desencadear na Polícia Militar em 2008, um processo de perseguição aos bons, perseguição à "banda boa", algo inimaginável partindo de um governador.
Cabral perseguiu Oficiais como o Coronel de Polícia Esteves, um exemplo de honestidade, competência e amor corporativo.
Quem afaga o lobo, sacrifica as ovelhas, como ensina o dito popular e foi isso que Cabral fez, colocou o lobo no colo.
Eis o artigo:
TRIBUNA DA IMPRENSA - 18 DE JULHO DE 2008.
O governador displicente, o secretário imprudente.
Jornalista Hélio Fernandes.
Jornalista Hélio Fernandes.
"Quando é que Beltrame vai embora?
A insegurança do Rio é de tal maneira calamitosa que o cidadão-contribuinte-eleitor não sabe se tem mais medo dos traficantes, das milícias ou dos policiais corruptos. São três vertentes que deveriam começar no secretário de Segurança, um inédito senhor Beltrame, e terminar no conhecido demais, o governador Sérgio Cabral.
Este, itinerante e insensível, só sabe falar depois dos fatos acontecidos. Agir está fora de suas cogitações e até de sua alçada. Quando o jovem Daniel foi morto pelo segurança de uma promotora, disse que isso era um absurdo, não podia acontecer. Não podia, mas aconteceu, o assassino está livre.
Os fatos criminosos e logicamente com enorme repercussão foram se repetindo. E o governador exibindo uma REVOLTA que não se transformou nunca em providência. Quando a polícia deu 31 tiros num carro particular, CONFUNDINDO esse carro com o dos bandidos, ele gritou "isso é um absurdo".
Menos de uma semana depois, a mesma polícia repetia esse crime, CONFUNDIA um carro particular com outro de bandidos (que na verdade nem existia), matou um menino de 3 anos, emocionando a cidade e o País. Nova "REVOLTA" do governador.
E o secretário Beltrame que já deveria estar fora do cargo há muito tempo? É um exibicionista, falastrão, que no seu vocabulário restrito e medíocre tem duas palavras que repete insensatamente: DESPREPARADOS e DESASTRADOS. Se ele é o comandante e dirige uma tropa DESPREPARADA e DESASTRADA, o que faz no cargo?
A cada entrevista, mais disparates desse secretário Beltrame. Garantiu que a solução estaria na criação de uma UNIVERSIDADE (do crime) para melhorar o nível policial. Quanto tempo levaria para formar, montar, inaugurar essa UNIVERSIDADE e melhorar o comportamento da polícia sob seu comando?
Depois, insensato e insensível, garante que "policial tem que revidar, não pode deixar de atirar". Mesmo que não consiga identificar os alvos? Atirem em carros que transportam famílias, nada a ver com bandidos?
Por que, estranhamente, esse incompetente e DESASTRADO Beltrame, inteiramente DESPREPARADO, continua no cargo?
Mas o mais responsável não é o secretário Beltrame e sim o governador itinerante. Em qualquer país do mundo, Beltrame teria sido afastado, atingido pela morte de centenas de inocentes. Sérgio Cabral não toma providências, prefere tomar café da manhã ou almoçar com jornalistas. Aí exibe suas bravatas e suas frases feitas e desfeitas.
Convidou a jornalista Monica Bergamo para almoçar, ela foi, contou na sua página na "Folha Ilustrada" o que aconteceu. O governador itinerante ficou em situação insustentável com o que ela narrou, textualmente. O governador tem que desmentir, ou fica nuzinho (mais ainda?) diante do público que tem pavor dos bandidos e de Sérgio Cabral.
Textual de Sérgio para Monica: "Estou absolutamente seguro quanto ao sucesso da política de confronto direto com os bandidos". Morrem inocentes e ele bravateia. Monica pergunta ao governador: "A morte do menino João Roberto, de 3 anos, metralhado pela polícia, faz parte dessa política?". Cabral fica irritado, usa o tom veemente dos que erram e não reconhecem, responde: "Fazer uma ilação (sic) entre a estupidez de dois policiais e a minha ação de confronto é uma canalhice, cretinice total".
Nova pergunta de Monica Bergamo: "Por que a polícia do Rio matou 528 pessoas só este ano?". Resposta assombrosa do governador: "Nada disso, o que aumentou foi o número de atos de resistência".
Diante da colocação de Sérgio Cabral, cabe a pergunta: o menino de 3 anos resistiu? O administrador Soares da Costa resistiu? E o ortopedista filho do Lidio Toledo resistiu? Ninguém fala mais nele, é o silêncio criminoso dos responsáveis, perdão, IRRESPONSÁVEIS. Parabéns à Monica Bergamo. Jornalismo é para isso.
PS - Depois do tiroteio de ontem no Leblon, Sérgio Cabral afirmou que OS BANDIDOS TÊM QUE SER ENFRENTADOS COM INTELIGÊNCIA. Então ele e Beltrame estão fora".
Eu concordo.A insegurança do Rio é de tal maneira calamitosa que o cidadão-contribuinte-eleitor não sabe se tem mais medo dos traficantes, das milícias ou dos policiais corruptos. São três vertentes que deveriam começar no secretário de Segurança, um inédito senhor Beltrame, e terminar no conhecido demais, o governador Sérgio Cabral.
Este, itinerante e insensível, só sabe falar depois dos fatos acontecidos. Agir está fora de suas cogitações e até de sua alçada. Quando o jovem Daniel foi morto pelo segurança de uma promotora, disse que isso era um absurdo, não podia acontecer. Não podia, mas aconteceu, o assassino está livre.
Os fatos criminosos e logicamente com enorme repercussão foram se repetindo. E o governador exibindo uma REVOLTA que não se transformou nunca em providência. Quando a polícia deu 31 tiros num carro particular, CONFUNDINDO esse carro com o dos bandidos, ele gritou "isso é um absurdo".
Menos de uma semana depois, a mesma polícia repetia esse crime, CONFUNDIA um carro particular com outro de bandidos (que na verdade nem existia), matou um menino de 3 anos, emocionando a cidade e o País. Nova "REVOLTA" do governador.
E o secretário Beltrame que já deveria estar fora do cargo há muito tempo? É um exibicionista, falastrão, que no seu vocabulário restrito e medíocre tem duas palavras que repete insensatamente: DESPREPARADOS e DESASTRADOS. Se ele é o comandante e dirige uma tropa DESPREPARADA e DESASTRADA, o que faz no cargo?
A cada entrevista, mais disparates desse secretário Beltrame. Garantiu que a solução estaria na criação de uma UNIVERSIDADE (do crime) para melhorar o nível policial. Quanto tempo levaria para formar, montar, inaugurar essa UNIVERSIDADE e melhorar o comportamento da polícia sob seu comando?
Depois, insensato e insensível, garante que "policial tem que revidar, não pode deixar de atirar". Mesmo que não consiga identificar os alvos? Atirem em carros que transportam famílias, nada a ver com bandidos?
Por que, estranhamente, esse incompetente e DESASTRADO Beltrame, inteiramente DESPREPARADO, continua no cargo?
Mas o mais responsável não é o secretário Beltrame e sim o governador itinerante. Em qualquer país do mundo, Beltrame teria sido afastado, atingido pela morte de centenas de inocentes. Sérgio Cabral não toma providências, prefere tomar café da manhã ou almoçar com jornalistas. Aí exibe suas bravatas e suas frases feitas e desfeitas.
Convidou a jornalista Monica Bergamo para almoçar, ela foi, contou na sua página na "Folha Ilustrada" o que aconteceu. O governador itinerante ficou em situação insustentável com o que ela narrou, textualmente. O governador tem que desmentir, ou fica nuzinho (mais ainda?) diante do público que tem pavor dos bandidos e de Sérgio Cabral.
Textual de Sérgio para Monica: "Estou absolutamente seguro quanto ao sucesso da política de confronto direto com os bandidos". Morrem inocentes e ele bravateia. Monica pergunta ao governador: "A morte do menino João Roberto, de 3 anos, metralhado pela polícia, faz parte dessa política?". Cabral fica irritado, usa o tom veemente dos que erram e não reconhecem, responde: "Fazer uma ilação (sic) entre a estupidez de dois policiais e a minha ação de confronto é uma canalhice, cretinice total".
Nova pergunta de Monica Bergamo: "Por que a polícia do Rio matou 528 pessoas só este ano?". Resposta assombrosa do governador: "Nada disso, o que aumentou foi o número de atos de resistência".
Diante da colocação de Sérgio Cabral, cabe a pergunta: o menino de 3 anos resistiu? O administrador Soares da Costa resistiu? E o ortopedista filho do Lidio Toledo resistiu? Ninguém fala mais nele, é o silêncio criminoso dos responsáveis, perdão, IRRESPONSÁVEIS. Parabéns à Monica Bergamo. Jornalismo é para isso.
PS - Depois do tiroteio de ontem no Leblon, Sérgio Cabral afirmou que OS BANDIDOS TÊM QUE SER ENFRENTADOS COM INTELIGÊNCIA. Então ele e Beltrame estão fora".
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

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