terça-feira, 20 de outubro de 2009

O TEMPO DO CORONEL CARLOS MAGNO NAZARETH CERQUEIRA OU O TEMPO NO QUAL A POLÍCIA MILITAR ESTUDAVA SEGURANÇA PÚBLICA.

BLOG DO FERNANDO PEREGRINO.
Sexta-feira, 16 de outubro de 2009.
Lições do sábio Coronel PM Nazareth Cerqueira.
O Coronel Nazareth Cerqueira, ex-comadante da PM, governo Brizola, homem sábio,culto, profundo conhecedor da geopolítica do crime de uma cidade como o Rio de Janeiro, e também das mazelas sociais, dizia que quando a Policia ocupava um morro para reprimir bocas de fumo, aquele momento de paz com a ocupação era acompanhado da elevação da criminalidade no entorno, ou no asfalto. O Coronel distinguia com precisão o crime em São Paulo do crime no Rio de Janeiro exatamente porque aqui o morro e o asfalto estão intimamente e espacialmente ligados. Essa é a pedra de toque, não dá para confinar uma parte; isolar aparte do todo!
As UPPs, são nada mais do que isso. "Pacifica" o morro, e muita propaganda em cima para dar a impressão que descobriram a solução para conter a criminalidade. Durante um tempo funciona. Sensação de que encontramos a saída.
Mas no entorno os crimes de ruas crescem e assustam à população. Agora, assalto às próprias casas, como os que ocorreram no Leblon, Vila Isabel, Copacabana, etc etc. E qual a política para "pacificar" aqui embaixo?
Porém quem assuta hoje é o Jornal O GLOBO, mas assusta a seus leitores. Numa página inteira, enaltece as UPPs. Um consul norte-americano, profundo conhecedor do Afeganistão, onde as tropas americanas estão sendo derrotadas a cada dia, acredita que as UPPs possam ser a solução para aquele país invadido.
Deveria ter lido sobre os ensinamentos do Coronel Cerqueira, isso sim.
Em outra página, o mesmo jornal, é contestado por seus leitores que passaram a desconfiar que as UPPs, seria uma especie de "enxugar gelo". Interrompe de um lado, e a menos de um quilometro de distancia, violência cresce, não apenas contra o patrimônio, mas contra a vida como os latrocinios repetidamentes noticiados. Ou seja, soma zero. Ou melhor, o crime aumenta, a sociedade perde de placar maior ainda.
Na verdade, a questão da criminalidade é parte de um sistema, um conjunto de forças contribui para ela. Não pode ser contida como "unidade ou células isoladas". Como no corpo humano, as células se comunicam, interagem, trocam informações. Somos um sistema social, ninguem nos livrará de sermos um sistema, desde que o homem saiu das cavernas. Será que não vêem isso?
A soma das partes isoladas não dará o todo, como imaginam. São 600 comunidades onde há jovens arregimentados pelo crime por falta de oportundidades, apenas na cidade do Rio de Janeiro. Até hoje foram 4 unidades pacificadas dessa maneira.
Onde isso vai dar! Os leitores de O GLOBO estão descobrindo, pouco a pouco.
Por que os que comandam a segurança não lêem o Coronel PM Magno Nazareth Cerqueira?
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

2 comentários:

paulo fontes disse...

Caro amigo Paul,
Na verdade eles estão tentando aprender e adotam práticas e experiências do segundo comando do Coronel Carlos Magno n Cerqueira.
é só olharmos para a divisão do EMG em Operacional e Administrativo atualmente implantada pelo comando geral.
E da mesma forma as Unidades Operacionais com comado Operacional e ADMINISTRATIVO.
Isso foi criado em 1993 e perdurou até 1994, sendo extinto no governo do Marcelo Alencar.
Saudações
Paulo Fontes

Paulo Ricardo Paúl disse...

Correto Fontes!
Temos que transformar a marcha de domingo no maior ato cívico que o Rio já viu desde a época das Diretas Já!
Essa será a nossa demonstração de força.