sexta-feira, 9 de outubro de 2009

RIO DE JANEIRO: GREVE GERAL DO FUNCIONALISMO PÚBLICO ESTADUAL.

À primeira vista nada mais incompreensível do que uma greve no funcionalismo público, afinal os servidores públicos optaram por uma categoria profissional que tem como missão servir o cidadão, assim sendo, contribuir para a desassistência da sofrida população mais carente, o cliente dos serviços públicos, soa inteiramente paradoxal.
A greve no serviço público recebe sempre o rótulo de ilegalidade, sendo esse o primeiro argumento empregado pelos governantes na ânsia de impedir ou paralisar essa mobilização.
Apesar dessas realidades, os funcionários públicos dos três níveis de governo já desenvolveram greves em todos os estados da federação, algumas com o cunho de advertência, não ultrapassando 24 horas e outras que duraram meses, inclusive no Rio de Janeiro.
Médicos, professores, policiais, agentes administrativos, foram alguns que já cruzaram os braços no curso de suas lutas por salários dignos e por adequadas condições de trabalho.
Em vários momentos esses funcionários públicos usaram de outras estratégias nessa luta justa, como a Operação Tolerância Zero e a Operação Padrão, nas quais a população não é prejudicada diretamente.
Os policiais federais são os funcionários públicos que melhor usaram essas operações, alcançando hoje os melhores salários do Brasil, com boas condições de trabalho, porém ainda não estão satisfeitos.
Pessoalmente, aposto também na realização das Operações Padrão e Tolerância Zero como alternativas para o estado de greve, sobretudo porque ambas são totalmente legais e não constituem qualquer transgressão administrativa por parte do servidor.
A greve no serviço público só deve ser empregada como último recurso e sempre tendo o atendimento à população como o referencial, pois é impossível a um servidor mal pago, necessitando se desgastar em “bicos” e ainda, sem as adequadas condições de trabalho, servir adequadamente ao povo.
Um médico cansado pelo plantão da noite anterior, pode cometer um erro no curso de uma cirurgia que custe a vida do paciente.
Um policial desgastado não tem condições de usar corretamente uma pistola e acima de tudo, um fuzil com o seu grande poder de letalidade.
Um professor sem condições de promover o seu aprimoramento, usando os horários livres para a sua melhor qualificação, pode acabar cometendo o maior “crime” do processo ensino-aprendizagem, transmitir uma informação errada, o que causa a aprendizagem do erro.
No Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) trata o funcionalismo estadual como se fossemos inimigos do governo, paga os piores salários do Brasil e insiste em contratar terceirizações de valores astronômicos.
Ele está esticando demais o elástico e isso pode significar a eclosão de uma greve geral do funcionalismo, o que determinará o colapso do Rio de Janeiro.
Cabral mentiu para todo o funcionalismo, portanto não tem qualquer credibilidade junto aos servidores, ninguém acredita em uma única palavra proferida por ele, o que é muito triste para um governador.
Em todas as manifestações Cabral é referenciado como Pinóquio, o símbolo mundial do mentiroso.
Isso é muito triste.
Creio que o elástico está por arrebentar a qualquer momento no Rio e como não torço por greves, espero que o desencadeamento das Operações Tolerância Zero e Padrão antecedam essa decisão radical, às vezes inevitável diante do abandono dos servidores.
Tanto a Operação Padrão quanto a Operação Tolerância Zero podem ser desencadeadas por todas as categorias do funcionalismo público, sendo que teriam enorme impacto nesse último trimestre do ano.
Creio que seja esse o caminho para reconduzir Cabral ao mundo real, o mundo onde o funcionalismo público é a única esperança do povo para ter saúde, educação e proteção.
Cabral maltrata o povo quando maltrata os funcionários públicos.
Funcionário público é hora de união.
O Movimento Único dos Servidores Públicos deve buscar as ruas do Rio de Janeiro com mais constância e todos os funcionários devem aderir a essa mobilização, todavia, a continuar essa inércia, temos que buscar outras formas de mobilização.
Os médicos não podem continuar escolhendo quem vai ocupar a única vaga no CTI.
Os professores não podem se apresentar para as aulas totalmente desgastados pelos vários empregos.
E os policiais não devem seguir para as ruas com fuzis e pistolas nas mãos, inteiramente desgastados emocionalmente e fisicamente.
Servir o povo, essa é nossa missão.
Pagar bem, cumprir promessas de campanha e promover condições adequadas de trabalho é a obrigação de Cabral.

JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

6 comentários:

Anônimo disse...

PMs,BMs E PCs FICAM SEM O AUMENTO DE 5%

A Audiência Pública para tratar do reajuste da área de segurança pública será no dia 19/10, às 15h, na sala 316 da Alerj.Como a folha de outubro já estará fechada,Cabral economizará um Mês de reajuste,portanto o aumento de 5% só ocorrerá em novembro, para receber em dezembro.

Anônimo disse...

A cada dia noto que o homem que governa o estado está mais distante da reeleição e mais perto de reconhecer o péssimo goveno que vem realizando. Ainda assim e mesmo que ele reconhecesse seu erro e voltasse atrás, nada me demoveria da ideia de no ano que vem comparecer em tods o seus comícios só apar poder uivar:

FORA CABRAÚÚÚ!FORA CABRAÚÚÚ!FORA CABRAÚÚU"
FORA CABRAÚÚÚ!FORA CABRAÚÚÚ!FORA CABRAÚÚU"
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Anônimo disse...

ele acabou de se queimar de vez com os trabalhadores os chamando de vagabundo,ele não gosta de funcionarios publico,favelados!!!!

Paulo Ricardo Paúl disse...

Isso é fato, o reajuste sairá mais tarde.
Cabral não gosta do funcionalismo público, essa é a verdade.

Anônimo disse...

Se ele prometeu ele vai cumprir, Cabral é diferente dos antigos governadores que só fizeram bagunça no rio.

Anônimo disse...

Vc que acredita no Cabral , deve ser um puchasaco com algum cargo no governo comissionado . Vai perder a boquinha também , pois ele não será eleito nem prá gandula do Olaria