domingo, 18 de outubro de 2009

QUEM SERÁ RESPONSABILIZADO PELO FATO DO HELICÓPTERO DA POLÍCIA MILITAR NÃO SER ADEQUADAMENTE BLINDADO, ENQUANTO O DA POLÍCIA CIVIL É O IDEAL?

A análise técnica da queda do helicóptero da Polícia Militar só poderá ser concluída após a expedição dos laudos periciais resultantes dos exames que foram e que serão realizados, portanto, toda interpretação na fase atual deve receber a qualificação de preliminar.
No tempo que a Polícia Militar tinha uma administração centrada na busca do conhecimento técnico-científico, isso na década de oitenta, o fato em questão seria alvo de um “estudo de caso”, objetivando, sobretudo alimentar o processo ensino-aprendizagem.
Hoje a Instituição é subjugada inteiramente pelo poder político e só age na direção do politicamente correto, o que sempre pode permitir que a verdade fique escondida em alguma gaveta.
Diante dessa realidade, nós que queremos reverter esse quadro caótico e terminal para a Polícia Militar, não podemos nos calar, muito pelo contrário, devemos levantar as questões que precisam ser devidamente esclarecidas.
Apenas no que diz respeito à queda da aeronave, partindo da premissa que ela foi abatida em virtude de ter sido atingida por projétil de arma de fogo, a grande pergunta que deve ser respondida é a seguinte:
- Quem será responsabilizado pelo fato da Polícia Militar estar utilizando um helicóptero parcialmente blindado, o que deve ter permitido os resultados do impacto determinantes da queda, considerando que a Polícia Civil possui aeronave blindada adequadamente?
Isso é muito grave!
Na época, quando o governo do Estado do Rio de Janeiro adquiriu um helicóptero blindado para a Polícia Civil – a Polícia Investigativa -, que não precisa desse tipo de aeronave, considerando a sua missão constitucional, eu denunciei o fato nesse espaço democrático, falando do absurdo de tal compra, considerando que a Polícia Militar não possuía uma aeronave blindada adequadamente.
E agora?
Dois Policiais Militares foram assassinados e outros estão feridos, em virtude da aeronave da Polícia Militar não ser adequada para proteger os seus ocupantes.
Quem será responsabilizado pelas mortes, decorrentes de uma compra inteiramente equivocada?
Será que o Ministério Público exigirá explicações sobre esse absurdo?
A mídia questionará Sérgio Cabral ou Beltrame sobre o fato da Polícia Militar não estar usando um helicóptero igual ao da Polícia Civil?
Alguma organização de direitos humanos fará o questionamento?
Vamos aguardar.
E caso a omissão se generalize só me restará comunicar esse fato ao Ministério Público, para romper a inércia.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

8 comentários:

Anônimo disse...

Os verdadeiros responsáveis JAMAIS serão denunciados pelo MP!
Quer apostar?

Hi... a jogatina é "proibida" (ainda)...

Anônimo disse...

VERGONHA,COMO PODE UM governador ENTREGAR A PM UMA AERONAVE SEM CONDIÇÕES DE USO?MP NELE,FAMILIAS DOS PMERJ ,AÇÃO CRIMINAL E CIVEL NELE.

PAULO ARESE

Anônimo disse...

Porque operação policial é função da Polícia Civil (repressão aos crimes já ocorridos, cumprimento de mandados de prisão, de busca e apreensão, diligências), e à PM cabe ocupar a favela de forma PERMANENTE para policiá-la, não para fazer operações. Por isso mesmo, os pilotos da PM não tem qualquer experiência em confronto armado, o que acarretou a tragédia, pois o padrão de vôo para policiamento ostensivo é alto e lento, diferente do de uma operação de confronto quando o vôo deve ser baixo e rápido. Errada é a PM de não estar lá ANTES da invasão, realizando policiamento ostensivo, até porque já tinha sido avisada pelo CINPOL (da Polícia Civil), e depois querer colocar um piloto sem experiência em confrontos aéreos, para atuar como se estivesse fazendo patrulhamento ostensivo, e se tornando alvo fácil para os traficantes.
Tem que ver o "porquê" dos coronéi$ não efetuarem o policiamento permanente nas favelas. Será quem tem algum arregado?

Paulo Ricardo Paúl disse...

Grato pelos comentários.
Respeito, porém discordo do último comentário, por considerá-lo em desacordo com os ditames constitucionais que determinam as missões da Polícia Militar, da Polícia Federafl e da Polícia Civil. Salvo melhor juízo, o helicóptero foi utilizado para resgatar PPMM que estavam na comunidade e o piloto demonstrou técnica invejável.

A Arte de Enganar !! disse...

Se vivemos no RJ um " Guerrilha Urbana ", quem deveria esta na frente de batalha deveria ser os blindados das Forças Armadas.
Cadê a Polícia Federal para combater esta farra de fuzis em nosso estado.
Cidade Maravilhosa ?
Rio 2016.....

Prof. Almir Julianelli disse...

Em quanto Policiais Militares morrem em combate o Secretário Beltrame faz propaganda de UPP desfilando de bicicleta. O GOVERNO ESTADUAL deveria ser deposto por total incapacidade. O Governador Sérgio Cabral está disposto a exterminar os funcionários públicos: sem reajustar devidamente os salários, sem dar infraestrutura para a polícia, sem saúde, sem educação.

paulo fontes disse...

Caro Paul,
Devemos insistir para que o Ministério Público investigue esse deletério crima cometido contra trabalhadores urbanos policiais que trabalham sem as garantias constitucionais que a carta política da nação preconiza no seu artigo7º,inciso XXII,"VERBIS"
ART 7º- São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais além de outros que visem a melhoria da sua condição social:
XXII- redução dos riscos inerentes
ao trabalho, por meio de normas de saúde,higiene e segurança.
Além disso a distorção da missão constitucional tem que ser adequada ao que determina a constituição, e a Polícia Federal tem que assumir sua parte, caso contrário incorre nos crimes de prevaricação e omissão.
Outro fato gravíssimo que tem que ser investigado e até agora não foi comentado pelos "tècnicos e especialistas" em (in)segurança pública é porque os pilotos eram praças quando tradicionalmente esssa função é exercida por Oficiais, sejam nas FFAA ou na PPMM.
Saudações
Tenente Coronel de Polícia Paulo Fontes

Paulo Ricardo Paúl disse...

Grato pelos comentários.
Sem dúvida, o Ministério Público deve agir e com a indispensável rapidez, pois o quadro se agrava a cada dia.