O DIA (foto)
Cidadão brasileiro, quantas vezes ouviu autoridades da segurança pública fluminense afirmando que os criminosos encastelados nos morros do Rio de Janeiro possuem os mais variados armamentos de guerra (fuzis, granadas, metralhadoras, etc)?
O próprio governador Sérgio Cabral (PMDB) já vociferou essa verdade diversas vezes quando tentava justificar a sua tática do "tiro, porrada e bomba".
Assim sendo, temos o primeiro fato a ser destacado nessa equação macabra:
Assim sendo, temos o primeiro fato a ser destacado nessa equação macabra:
- O governo fluminense sabe que esses criminosos possuem armamentos que permitem a derrubada de um helicóptero que não seja adequadamente blindado!
Mantendo um raciocínio lógico, chegamos ao segundo fato:
- O governo fluminense sabe que o helicóptero usado pela Polícia Militar (foto) não é adequadamente blindado para fazer aproximações nas comunidades carentes dominadas por esses traficantes!
Diante dessas duas verdades, surge a pergunta:
- Por que o governo fluminense determina que esses helicópteros sejam empregados em operações policiais com grande risco de morte para seus ocupantes?
É de domínio público que cabe ao governo proporcionar todas as condições adequadas de trabalho para os seus servidores públicos. Isso significa que na área da segurança pública cabe ao governante prover todos os equipamentos de segurança necessários à preservação da integridade física dos Policiais Militares, Bombeiros Militares e Policiais Civis.
Esse mandamento legal nos conduz ao terceiro fato:
- O governo fluminense expôs no sábado passado e expõe diariamente ao risco de morte os Policiais Militares do GAM que utilizaram e que utilizam esses helicópteros sem a blindagem adequada.
Portanto, podemos concluir:
- O governo fluminense de forma livre e consciente assumiu os riscos que resultaram até agora na morte de três Policiais Militares.
Diante desse fato, alguém tem que ser responsabilizado penal, administrativa e civilmente pelo assassinato de três cidadãos brasileiros, servidores públicos que perderam as suas vidas em face do governo determinar que utilizassem um helicóptero inadequado para a missão que foi confiada à equipe do GAM.
O fato ganha relevo de maior gravidade diante do fato de que o governo fluminense não pode alegar a falta de recursos para a disponibilização de um helicóptero devidamente blindado para a Polícia Militar, considerando que adquiriu um helicóptero com essa característica, porém de forma completamente injustificável distribuiu o helicóptero para a Polícia Investigativa, que tem a única missão de elucidar delitos.
Sendo pragmático!
Por dever de ofício cabe ao Ministério Público determinar a imediata apuração de responsabilidade por parte do governo fluminense do emprego por Policiais Militares de um helicóptero sem a blindagem adequada, o que já resultou em três mortes.
Cabe ao Presidente da ALERJ no âmbito do poder legislativo, preliminarmente, promover a oitiva do secretário de segurança pública e do comandante geral para que eles expliquem o emprego de um helicóptero sem blindagem adequada, o que foi determinante para a morte de três Policiais Militares, assim como, para que Beltrame explique a distribuição de um helicóptero blindado adequadamente para a Polícia Investigativa.
Quem deu essa ordem absurda, o governador ou o secretário?
Cabe às Comissões de Direitos Humanos da ALERJ, da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro e da OAB/RJ acompanharem as investigações e adotarem todas as medidas necessárias para a salvaguarda da cidadania dos familiares desses heróis, assassinados por criminosos com a participação efetiva do Estado ao negar-lhes o equipamento seguro.
Cabe ao secretário de segurança redistribuir o helicóptero adequadamente blindado à Polícia Ostensiva e de Preservação da Ordem Pública.
Cabe ao secretário de segurança e ao chefe da Polícia Investigativa que essa seja empregada no cumprimento de sua missão constitucional na busca pelo menos de taxas aceitáveis de elucidação de delitos.
Cabe ao comando geral impedir que esses helicópteros continuem sendo usados para aproximações em comunidades carentes.
E ao organizador desse blog, cabe comunicar o fato ao Ministério Público solicitando avaliação.
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO


8 comentários:
Mentiras, mentiras e mais mentiras!
Este Papo do Blog começa com a reprodução de matéria publicada no GLOBO na internet, com informações que desmontam toda a farsa criada pelo secretário José Mariano Beltrame e a cúpula da segurança pública, mas que estranhamente não foram noticiadas nem no JORNAL NACIONAL, nem no jornal O GLOBO.
Na verdade, como podem ver na matéria, cerca de 150 bandidos, em dois caminhões-baú, uns dez carros e dezenas de motocicletas saíram da favela do Faz Quem Quer, que o O GLOBO na internet omite, mas fica em Rocha Miranda, a mais de 17km do morro dos Macacos, em Vila Isabel.
Seguiram em dois comboios, no início da noite de sexta-feira, um pela avenida Automóvel Clube e outro pela avenida Suburbana. Atravessaram boa parte da Zona Norte sem serem incomodados pela polícia.
Não existiu essa história inventada, de que a polícia estava em Vila Isabel à espera dos traficantes, mas teria sido enganada, porque os bandidos passaram a pé em duplas sem chamar a atenção. Aliás, me surpreendi com essa versão do coronel Mário Sérgio. Pensei comigo: e os fuzis? As duplas passaram pelos policiais, mas como esconderam os fuzis?
Ontem, o governador Sérgio Cabral disse publicamente que é mentira a história do secretário Beltrame, de que a polícia já sabia da invasão.
Também o ministério da Justiça desmentiu de forma contundente a versão do chefe de Polícia Civil, delegado Alan Turnowski, que sustentou que a ordem partiu dos presídios federais de segurança máxima, no Paraná e no Mato Grosso do Sul.
Ontem no JORNAL NACIONAL foi dito que a guerra não atingia a cidade do Rio de Janeiro, mas apenas 1% do seu território. Inacreditável o que a GLOBO cria para tentar amenizar a cruel e bárbara realidade, de que o Rio enfrenta uma guerra.
Mas esse cálculo de 1% do território envolvido é outra grande mentira. A polícia diz que vários dos invasores estão escondidos na Baixada Fluminense. O comboio dos bandidos partiu de Rocha Miranda. Que história é essa de 1% do território atingido pela guerra?
O governador diz que foi uma reação à sua “pacificação”. Outra mentira deslavada. É uma guerra de facções criminosas, um querendo tomar o território do outro.
A grande verdade é que só estamos ouvindo mentiras. A população quer saber a verdade. Está apavorada e cansada de embromações, falsas versões, farsas, montagens e só isso que vê por parte das autoridades de segurança.
Os três cabeças da segurança pública mentiram e foram desmentidos categoricamente pelo governador. O governador se omite completamente e insiste em versões fantasiosas e inverossímeis. Uma boa parte da mídia tenta desviar o foco dos acontecimentos e induz as pessoas a acreditarem que as coisas não são, como realmente são.
Estamos perdidos em meio a tantas mentira
Vergonhoso e lamentável todos os acontecimentos...
Quanto ao planejamento, o crime organizado venceu de novo e infelizmente.
A continuar desse jeito organizações criminosas no Rio continuarão a enriquecer com o comércio de drogas. Financeiramente fortes, continuarão a comprar armas potentes, corromper autoridades e difundir o medo na população!!!!
Coronel Paul, me desculpe, mas se fossemos(PM)unidos teriamos que essa semana, de preferência sexta-feira, parar de 08:00h às 12:00h, todos os policiais militates aquartelados, nenhum policial militar sairia de seus batalhões para o policiamento em função das mortes de sábado e tb sobre esse aumento miserável. Tenho 9 anos de corporação e só vi a PM nesse tempo unida quando morreu o SD MOURA do 3º BPM e todo batalhão parou, a repercusão foi gigantesca, imagina se toda a PM fizesse isso, somente até as 12:00h depois todos sairiam para as ruas a repercusão seria mundial.
O Governador não tem amor por seus Policiais, mas demonstrou muito amor pulando como criança quando o Rio foi eleito para essa porcaria de Olimpíadas, isso para mim que tenho escrúpulo, carater, personalidade, honra e dignidade, respeito ao próximo se torna um absurdo, agora não podemos cobrar isso de toda a humanidade, esses sentimentos são para poucos!!!
E infelismente tenho que me dizer anônimo, voltamos a lei da mordaça em pleno século 21.
Que DEUS abençoe a PM,a PC e os BM
Bem, Cel Paúl; não obstante a verdade escancarada e os fatos que não deixam dúvidas, sabemos muito bem que o "MP isento" JAMAIS irá denunciar qualquer autoridade pública por esta participação criminosa no episódio.
O sr. sabe disso, embora admití-lo não seja assim tão fácil, haja vista que tal estado de coisas deixa apenas uma alternativa de mudança; e esta gostaríamos que não mais fosse necessária, não é mesmo?
quem tem razão beltrame x cabral,quero saber a verdade,a policia sabia ou não dá invasão?outra coisa o cabral disse que todos receberão os 350,00 reais e acabou de dizer que os praça serão mais beneficiados!!!!!!
Grato pelos comentários.
Vivemos o caos no Rio de Janeiro, uma cidade entregue á própria sorte.
Diante do descaso do governo só podemos contar com o MP para tentarmos reverter essa tragédia.
Eu continuo encaminhando documentos para o MP esperando que algo seja feito.
24 anos de serviço.. só vejo uma saida, primeiro vingar os colegas sem putitanismo e vingança sim e já, como em israel a melhor defesa e o ataque , rapido, imediato e violento... E depois uma greve, quando os vagabundos tomarem uisque nos hoteis de copa Cabana e os senhores politicos covardes não tiverem como explicar ao mundo a total falencia do Estado democratico de direito, essa porcaria vau mudar... todos sabemos q essa e a unica saida... juntos somos fortes....Coragem companheiros. Abraços e que o senhor dos exercitos e o anjo da Batalha esteja com todos !
O momento é de grande revolta e ela não é boa companheira. Devemos agir dentro da lei e com ela ao nosso lado podemos provocar grandes estragos nesse governo que nos humilha. Primeiro temos que nos organizar, para que juntos possamos defender os interesses de todos nós.
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