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domingo, 11 de março de 2012

GOVERNO SÉRGIO CABRAL: O COMBATE INTEIRAMENTE EQUIVOCADO ÀS BANDAS PODRES POLICIAIS.

O jornal O Globo publica um editorial na página 6 com o título:
"É urgente conter a banda podre no Rio" (Leiam).
Esse deve ter sido o milésimo artigo que li nos últimos anos sobre o tema. A imprensa é pródiga em reportagens sobre o assunto, enquanto isso o governo estadual é ineficaz por completo com relação ao combate às denominadas bandas podres policiais. Aliás, no Brasil os combates a qualquer forma de criminalidade alcançam resultados pífios, sobretudo quando os crimes envolvem os maus políticos, nossos criminosos mais perigosos.
O governo erra quando insiste em pagar salários miseráveis aos policiais, como eu escrevo nesse blog há mais de cinco anos, considerando que os salários miseráveis alimentam a corrupção policial. 
E, antes que vozes pouco esclarecidas no tema se ergam e digam que se ganhar mal fosse motivo para se corromper, todos os podres seriam corruptos, esclareço: Na verdade, o que alimenta a corrupção nas polícias é a conjunção de dois fatores, os salários miseráveis e as frequentes oportunidades de "tirar um por fora", oportunidades que se repetem várias vezes em um único dia de serviço. 
Eis a razão do crescimento das bandas podres nas polícias, ganhando miseravelmente, significativa parcela dos efetivos policiais cede aos oferecimentos do tráfico de drogas, do transporte alternativo clandestino, das milícias, dos motoristas com a documentação irregular, do jogo dos bichos, das clínicas de aborto, dos donos de restaurantes que pede uma segurança na hora do fechamento, etc. 
Os oferecimentos acontecem várias vezes a cada dia, repito. Portanto, pagar salários justos é a melhor forma de direcionar os efetivos para resistir e para reprimir essas práticas ilegais. Os bons salários fazem com que os policiais temam perdê-los, o que ocorre quando são expulsos de suas corporações. Enquanto, os salários forem famélicos, enquanto os rendimentos do "bico" forem maiores que o salário, o medo de perder o emprego quase não existe e as chances de resistir são menores.
Obviamente, mesmo recebendo salários excelentes, ainda assim teremos casos de corrupção policial, pois ganhar muito bem também não faz de ninguém uma pessoa honesta, caso contrário, não teríamos governadores acusados de desonestidades. Todavia, com salários justos, a corrupção policial diminuiria certamente.
Juntos Somos Fortes!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

CRISE NA PM: A CORRUPÇÃO COMO FATOR DE DESMOTIVAÇÃO NA LUTA POR MELHORES SALÁRIOS.

Bombeiros e Policiais Militares do Maranhão estão lutando por melhores salários e por condições dignas de trabalho. Mobilizações com os mesmos objetivos tem ocorrido ao longo dos últimos anos em todo país, envolvendo não só os militares estaduais (PMs e BMs), mas também os Policiais Civis. Não seria errado afirmar que a área de segurança pública está em ebulição por quase todo Brasil, um movimento que tende a crescer geometricamente com a aproximação da Copa do Mundo 2014.
Em algumas dessas mobilizações ocorreram atos extremados, como a "invasão" do Quartel General que os Bombeiros Militares do Rio de Janeiro realizaram no dia 03 JUN 2011 e a ocupação da Assembleia Legislativa, como os Bombeiros e Policiais Militares estão realizando no Maranhão, atualmente. Lembro que os militares estaduais são disciplinados por natureza, a disciplina está no nosso DNA profissional, portanto, só avançamos na direção de atos mais contundentes quando todos os outros meios foram esgotados sem sucesso. No dia 27 de janeiro de 2008, Policiais Militares e Bombeiros Militares realizaram a 1a Marcha dos MIlitares Estaduais do Rio de Janeiro, na orla da Zona Sul, um ato pacífico e ordeiro, mas  contundente pois acabou na esquina da rua onde reside o governador. Isso só foi feito após meses de espera por uma solução do governo estadual, que só ficava enrolando sem nada decidir.
Nesse cenário de mobilização, a tropa da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro destoa completamente, estando inteiramente acomodada, embora receba os piores salários do Brasil, o que torna a apatia inexplicável. Nem a gigantesca mobilização dos Bombeiros, irmãos siameses em termos salarias dos PMs, fez com que os Oficiais e os Praças da PMERJ acordassem.
O que explica essa completa inércia?
O fato da tropa da PMERJ ser mais disciplinada que as outras?
Não, os desvios de conduta no Rio de Janeiro são tão ou mais frequentes que nos outros estados.
O medo?
Não, isso nunca, a coragem dos PMs do Rio de Janeiro é reconhecida internacionalmente.
Os regulamentos rigorosos?
Não, o regulamento disciplinar dos Bombeiros Militares é tão ameaçador quanto o dos Policiais Militares e eles não recuaram.
Infelizmente, o crescimento da banda podre parece ser a resposta mais viável. O envolvimento em atividades ilícitas se espalhou e se enraizou de tal forma na PMERJ, que os salários passaram a não ser importantes para uma grande parcela dos Oficiais e dos Praças. 
Prezado leitor, caso você tenha outra resposta, por favor, encaminhe, quero me convencer que estou errado e que a prática de atos ilícitos não está tão entranhada na Polícia Militar como eu penso. 
Infelizmente, se eu estiver certo, isso será o sinal mais evidente de que a PMERJ está perto do fim, pois nenhuma sociedade quer uma polícia motivada para a prática do conjunto de ações ilícitas que os Policiais Militares praticam nas ruas do Rio de Janeiro, diuturnamente.
Enquanto não mudarmos essa situação, a Polícia Federal será a nossa corregedoria mais eficaz, como demonstra a ação que estão realizando hoje contra Policiais Militares (leiam).
Leitores, aproveitem o tema tratado para conhecerem o nosso blog "Banda Podre - A Máfia das Polícias" (acesse), milhares de pessoas já leram nossos artigos.
Juntos Somos Fortes!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

NOSSO BLOG - ENQUETE - RESULTADO.

ENQUETE:
Você já pagou ou conhece alguém que já pagou propina para Policiais Militares ou Policiais Civis do Rio?
NÃO = 364 (24%).
SIM = 1.127 (75%).
COMENTO:
O resultado é assustador.
O susto não se deve ao percentual do SIM, mas em razão de que nada está sendo feito pelo governo fluminense para reverter o crescimento das bandas podres nas polícias do Rio de Janeiro.
Nada, absolutamente, nada.

JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO

sábado, 22 de agosto de 2009

TRÊS DELEGACIAS DA POLÍCIA CIVIL E A P/2 INVESTIGADAS POR SUSPEITA DO RECEBIMENTO DE PROPINAS.

O GLOBO (página 26):
MINISTÉRIO PÚBLICO INVESTIGA SUSPEITA DE PROPINA.
- "Agentes do Ministério Público apreenderam anteontem, durante uma blitz numa casa de prostituição em Jacarepaguá, um caderno de contabilidade em que aparecem escritos valores e, ao lado, a identificação de três delegacias (da Polícia Civil). Também é citada a P-2, o serviço reservado da PM. A denúncia, que culminou com o fechamento da casa, foi feito por mães de duas adolescentes".
No cenário atual que sinaliza pela existência de uma corrupção endêmica na Polícia Militar e na Polícia Civil, como explicar o enfraquecimento deliberado da Corregedoria Interna da Polícia Militar?
Essa ação deletéria tem o interesse de alcançar qual objetivo?
A quem interessa uma Corregedoria Interna da PMERJ fraca?
O juízo em exercício e o Ministério Público da Auditoria de Justiça Militar precisam atentar para esse procedimento destruidor que não se coaduna com os interesses institucionais, nem com o interesse público.
Salvo melhor juízo, quem ganha com isso é a denominada "banda podre".
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

domingo, 8 de fevereiro de 2009

O FILME "VERÔNICA" E A "BANDA PODRE DAS POLÍCIAS".

Estreou o filme “Verônica” de Maurício Farias, com Andréa Beltrão, Marco Ricca, Matheus de Sá, Giulio Lopes e outros artistas.
Andréa Beltrão tem um ótimo desempenho, tendo como personagem uma professora da rede pública de ensino, que vira heroína ao proteger um aluno jurado por “vendedores de drogas” e "policiais da banda podre”, após os pais do menino terem sido executados pelos “vendedores de drogas”.
O menino recebeu do pai, antes de morrer, um pendrive contendo informações sobre a venda de drogas e a corrupção policial.
O filme é uma luta dos perseguidos contra os perseguidores e não contarei o final.
O lado positivo do filme é a demonstração das dificuldades vivenciadas por uma professora do ensino público para sobreviver com os baixíssimos salários.
O Brasil não aprende que sem educação pública de qualidade, sem futuro!
O lado negativo é mais uma vez, repito: mais uma vez! O destaque da “banda podre das polícias” durante todo o filme.
Um comandante fardado chega a comparecer a uma negociação com a professora, em uma padaria, oferecendo dinheiro.
O lado bandido de integrantes das polícias está virando folclore, perigosamente.
O perigo é a generalização que se dissemina pela sociedade brasileira:
É policial, é bandido!
Uma crueldade considerando que as polícias militares, civis e federais são compostas por heróis que arriscam a sua vida em defesa do cidadão e da própria cidadania.
Os policiais militares e civis recebem em contrapartida salários famélicos e o Rio de Janeiro paga os piores salários do país.
Logo os “bandidos” que integram as instituições policiais e a sociedade transformarão em folclore a corrupção policial, que gozando desta qualificação, poderá passar a receber o mesmo tratamento dado aos envolvidos com o folclórico – apesar de ser uma contravenção penal – “jogo dos bichos” que raramente é reprimido.
Nem o “choque de ordem” da prefeitura fluminense reprime o folclórico “jogo dos bichos”, que permanece presente em cada esquina com os seus “apontadores”, enquanto vendedores clandestinos, veículos que servem de depósito de ambulantes, transporte clandestino, população de rua, veículos com IPVA atrasado, são reprimidos corretamente.
Todos os que conhecem a segurança pública no Rio de Janeiro sabem o que está por trás daquele simpático senhor que anota as apostas no “jogo dos bichos”, um intermediário na esperança de "acertar um milhar na cabeça".
É bom saber...
O policial militar, civil e federal é um HERÓI!
Nós, brasileiros, não podemos esquecer nunca esta verdade.


PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA