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sábado, 9 de maio de 2009

AFINAL, QUEM QUER OS MUROS?

Moradores das favelas lutam para derrubar os muros.
8/5/2009.
Fátima Lacerda.
O prefeito do Rio pretende cercar 13 favelas da Zona Sul, a pretexto de defender o meio ambiente, impedindo que continuem a crescer. Mas a consulta popular feita pela Associação de Moradores da Rocinha no último sábado, 2, uma das comunidades escolhidas pelo prefeito Eduardo Paes, revelou que a população local não quer saber de muro, apesar de muitas informações desencontradas que circulam na mídia. Dos 1184 moradores que participaram do plebiscito realizado no último sábado, 1111 disseram “não” ao muro, contra apenas 56 “sim”, enquanto 6 anularam o voto.
O prefeito carioca desconfia do resultado, acusa “manipulação política”, conforme matéria divulgada em O Globo. O mais lógico seria desconfiar da forma como foi conduzida a pesquisa anterior, feita pelo Datafolha, indicando que os moradores da Rocinha estavam divididos e induzindo o leitor a acreditar que “os mais pobres eram favoráveis à construção do muro em torno da favela”. A pesquisa do Datafolha apontou “empate técnico”.
O presidente da Associação de Moradores da Rocinha, Antônio Ferreira (Xaolin), lembra o significado simbólico dos muros idealizados pelo prefeito que parece sofrer de miopia, já que não consegue enxergar além do seleto grupo social de onde provem e para quem governa. Xaolin ensina:
“O muro tem um significado simbólico de separação. No caso da cidade, ele isola os mais pobres, vetando o acesso à floresta. Nós também temos o direito de acessar a mata e todo o resto da cidade livremente. O muro não impede novas construções. Ele dá força ao preconceito. Além disso, esse projeto foi imposto de cima para baixo e não houve diálogo nenhum”. (depoimento extraído do Correio da Cidadania).
Na mesma linha de raciocínio, o presidente da Federação das Favelas do Estado do Rio de Janeiro/Faferj, Rossino de Castro, pergunta, perplexo: "Querem transformar as comunidades em guetos?"
A atitude dos moradores da Rocinha e demais, que deverão participar do ato convocado pela Faferj, desconcerta o plano das elites. Em 1989, o mundo saudava a derrubada de um muro, o de Berlim. A luta de Nelson Mandela e tantos outros contra os muros do apartheid, na África do Sul, durou cinco décadas, até que o regime de segregação racial fosse derrubado oficialmente, em 1993.
Mas a humanidade não caminha em linha reta. Vive em permanente queda de braço. O capitalismo neoliberal reforçou novamente as muralhas, reinventando justificativas para encobrir a velha luta de classes. Ariel Sharon levantou, em 2000, o Muro da Cisjordânia que, mesmo sentenciado pelo Tribunal de Justiça de Haia (2004), continua de pé, mantendo os palestinos isolados como num campo de concentração. Com oito metros de altura, é duas vezes mais alto que o Muro de Berlim e quinze vezes mais longo.
Os muros que separam os Estados Unidos do México começaram a ser construídos em 1994, com George Bush, o pai. Apesar das polêmicas que a obra gerou, em 2006, o Congresso estadunidense aprova a construção de novos muros “de segurança”, que impressionam pela tecnologia agregada: barreiras de contenção, iluminação de altíssima intensidade, detectores antipessoais de movimentos, sensores eletrônicos, rádios, policiamento ostensivo, helicópteros com armamentos separam as fronteiras de San Diego-Tijuana, Arizona, Novo México, Texas...
E o que dizer do Muro de Marrocos, símbolo da ocupação marroquina no Saara Ocidental? E dos arames farpados que “protegem” da imigração as cidades espanholas de Ceuta e Melilla?
Qual é a diferença entre esses muros da vergonha e os muros do Eduardo Paes? A retórica, talvez. Mas, essencialmente, a diferença é nenhuma. Conter o crescimento de favelas com muros, atribuir aos pobres a responsabilidade pela destruição das matas que restam (a maior parte já foi destruída por séculos de dominação branca); culpar, punir quem fica de fora das políticas públicas, é fazer uma aposta na guerra. É desafiar os povos segredados que, como reação natural, tenderão a ocupar mais.
Sr. Prefeito, fica um apelo: que tal fazer diferente? Ouvir o que as comunidades têm a dizer e tentar governar para todos os cariocas? Nesse debate, a posição mais sensata, mais inteligente, mais civilizada é a dos moradores das favelas que só querem ser ouvidos, respeitados, integrados à cidade.
No caso da Rocinha, os moradores sugerem, como alternativa ao muro, um anel viário que começaria no Morro Dois Irmãos, cercando a comunidade pela mata, já apelidadas de ‘ecotrilhas’. A idéia construir uma trilha pavimentada que serviria como área de esporte e lazer para quem vive na Rocinha, na Gávea, em São Conrado. O controle seria feito pelo poder público, por meio da guarda municipal comunitária e da guarda florestal.
A favela quer negociar. Mas para ser ouvida, tem que demonstrar força. Fica o chamado: Santa Marta, Rocinha, Pedra Branca, Chácara do Céu, Parque da Cidade, Benjamin Constant, Morro dos Cabritos, Ladeira dos Tabajaras, Morro da Babilônia, Chapéu Mangueira, Cantagalo, Pavão-Pavãozinho, Vidigal, Providência e tantas outras e todos os humanistas, sejam de que partido for. Amanhã, quarta-feira, 6 de maio, às 15 horas, compareçam ao ato em frente à Federação das Favelas do Rio de Janeiro, na Praça da República, 24, no centro, Rio de Janeiro.
Abaixo a política dos muros e dos campos de concentração! Que tal inverter o discurso dominante e começar a cobrar uma política séria de habitação popular. Será que o projeto anunciado pelo presidente Lula vai mesmo sair do papel ou ficará restrito às boas intenções? Urge que sociedade se mobilize para derrubar os muros da segregação e do preconceito.
Fonte:
www.apn.org.br.

PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

quinta-feira, 7 de maio de 2009

MUROS DO GOVERNADOR SÉRGIO CABRAL (PMDB) ENVERGONHAM O BRASIL PERANTE O MUNDO CIVILIZADO.

ONU CONDENA LULA E CABRAL PELOS MUROS NAS FAVELAS
Quem brinca com fogo, acaba se queimando. Foi isso que aconteceu com o presidente Lula e seu inexplicável silêncio sobre os muros de três metros que seu amigo Sérgio Cabral está ergüendo na favelas do Rio em nome de uma proteção ambiental na qual ninguém acredita, dada a dimensão da parede de concreto.
Hoje, em Genebra, na Suíça, um perito das Nações Unidas, Alvaro Tirado Mejiam, disse que a construção das cercas marca o início de uma discriminação geográfica no país. Tudo isso aconteceu, para absoluto constrangimento do governo brasileiro, quando seus representantes tentavam defender os programas sociais no país. E não foi só isso: os peritos da ONU também jogaram duro contra a corrupção no Brasil e o acesso da população mais pobre à Justiça.
A sabatina promovida pela ONU tinha a representação de 13 ministérios brasileiros. A questão dos muros, que já repercute mal entre membros do Comitê Olímpico Internacional para a definição da cidade candidata aos jogos de 2016, foi o principal tema dos peritos das Nações Unidas. Mejiam foi duro e enfático: “Estão fazendo muros entre as favelas e os bairros ricos. O que está sendo feito contra estes projetos?”- questionou.
O secretário nacional de direitos humanos, Paulo Vannuchi, ficou ficou desconcertado e pouco pôde explicar à platéia. Mais do que isso, fingiu desconhecer a amplitude do problema fartamente noticiado na imprensa:
-O muro não é uma boa idéia, representa uma limitação dos direitos humanos. Mas o Brasil não constrói muros em favelas (o goveno Cabral constrói, sim). Não conheço os detalhes, não sei se é num terreno público ou privado.
Mas a chamada calça justa dada em Vanuchi, Lula e Cabral não ficou apenas nisso. Um outro perito, o russo Yuri Kolovsov, interrompeu por um momento a apresentação do secretário e mandou na lata:
-Pare de nos dar lições. Vamos falar da corrupção que afeta todas as áreas no Brasil. Não precisamos de lições de sociologia e de história. Sabemos de tudo isso.
A sabatina da ONU visa avaliar as condições dos direitos sociais no Brasil. A questão do muro, defendida com unhas e dentes pelo governo Cabral, já foi alvo de críticas profundas do Prêmio Nobel de Literatura
José Saramago, do antropólogo Roberto da Matta, do economista Sérgio Besserman e até chegou ao youtube, sendo comparado a uma política nazista.
Veja também:
favelas vão à Justiça contra os muros
http://youpode.com.br/?p=7543

No que diz respeito a governos do PT e do PMDB, eu só vejo uma saída democrática:
IMPEACHMENT!

PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

quarta-feira, 15 de abril de 2009

segunda-feira, 13 de abril de 2009

FALAR MAL DO MURO É DEMAGOGIA BARATA - GOVERNADOR SÉRGIO CABRAL.

A Revista Veja dessa semana publica uma entrevista com o Governador Sérgio Cabral, na coluna "Conversa".
Os temas da breve entrevista (cinco perguntas) são o muro que cercará comunidades carentes do Rio de Janeiro e as viagens do governador.
No tocante ao muro, nenhuma novidade, além de ratificar que o governador não entende de impacto ambiental, e ainda devemos lamentar que o entrevistador não fez as perguntas que a sociedade fluminense gostaria de saber as respostas:
- Quando foi realizada a licitação para a construção do primeiro muro?
- Que empresa venceu?
- E qual o custo da obra?
Mais perguntas sem resposta nesse governo, que ainda não respondeu:
- Se foi a Liga Independente das Escolas de Samba (LIESA) - historicamente, envolvida com os contraventores (Secretário de Segurança Beltrame) que pagou as despesas do camarote do sambódromo, frequentado pelo Presidente Lula, pelo Governador Sérgio Cabral, pelo Prefeito Eduardo Paes e respectivos familiares?
No tocante às viagens, o governador esclareceu que viajou menos de 100 dias do total de 820 dias de governo.
Ele viajou no equivalente a 12% do período do governo.
Uma coincidência: o percentual viajado é o mesmo "dado" como aumento para os Policiais Militares e os Bombeiros Militares.
O governador está certo, 12% são quase nada!
Finalizando, o governador alega que viajou em boa companhia, o Presidente Lula.
Tá certo...
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

sexta-feira, 10 de abril de 2009

O "MURO DA CIDADANIA" E A VELHINHA CONTRABANDISTA.


Este artigo será sobre o muro, aquele que irá cercar uma comunidade carente do Rio de Janeiro e que promete se multiplicar para outras comunidades.
O muro que tem gerado tanta controvérsia, alguns apoiando, a maioria criticando.
O “muro da cidadania” conforme o artigo da lavra do secretário municipal Rodrigo Betlhem, publicado nesta quinta-feira, no jornal O Globo (página 7).
Ele faz uma comparação entre os muros erguidos pelos proprietários de condomínios de luxo e o muro imposto pelo Estado aos moradores da comunidade carente, demonstrando uma visão mono ocular.
Obviamente, os ricos buscam a proteção, eles escolheram construir o muro para tal finalidade, enquanto os moradores da comunidade carente não pretendiam tal proteção, que inclusive não é direcionada a eles.
Vamos em frente e antes de falar do muro, pretendo demonstrar um outro exemplo de visão mono ocular, tão comum nos nossos políticos.
Eles olham a parte, não enxergam o todo.
Eles querem enxergar o velhinho boa praça que aponta o jogo dos bichos, mas não querem ver a estrutura criminosa que coloca o velhinho na esquina.
É uma visão seletiva.
Quem não conhece a estória da velhinha, que todo dia cruzava a fronteira pilotando uma lambreta vermelha, com um grande bagageiro.
Ela ia com o bagageiro vazio e voltava com o bagageiro cheio de mercadorias.
O policial que fiscalizava a fronteira, após uma semana de idas e vindas da velhinha, desconfiou e passou a revistar o bagageiro, na ida e na volta, diariamente.
Apesar de fazer isso durante anos, o policial nunca conseguiu flagrar qualquer contrabando. O bagageiro ia sempre vazio e quando voltava estava repleto de mercadorias, devidamente relacionadas em notas fiscais, nenhuma irregularidade.
Certo dia, a velhinha se aproximou com uma novidade, desta vez pilotando uma motocicleta preta, último tipo, parando ao lado do policial, seguindo-se o seguinte diálogo:
- Meu filho, todo dia você me abordava e fiscalizava o bagageiro para tentar encontrar contrabando, não é?
- Sim, minha senhora, eu achava que a senhora era uma grande contrabandista, mas nunca consegui provar.
- Meu filho, você estava certo, eu era uma contrabandista e agora que me aposentei, vou lhe contar o segredo.
- Eu contrabandeava lambretas vermelhas, com grandes bagageiros, cada dia eu passei com uma e você nunca fiscalizou os documentos da lambreta, só o bagageiro. Fique com Deus!
Não podemos ver o muro, apenas como uma solução ambiental, um “muro cidadão”, ou uma afronta à população da comunidade carente, criando uma “ilha de carência”, longe dos olhos nobres da Zona Sul.
O muro tem muito mais a ser esclarecido.
Boatos circulam pela internet no sentido de que o muro custará algo em torno de R$ 40 milhões!
Imaginem, o total do gasto com todos os “muros cidadãos”.
Eu não acredito em boatos, muitos são falsos.
Nem acredito no ditado de que onde há fumaça existe fogo.
R$ 40 milhões, seria muita cidadania...
Imaginem R$ 40 milhões vezes 10!
Eu sei que o muro poderá custar muito menos, porém na dúvida, quem sabe o secretário municipal Rodrigo Bethlem possa esclarecer:
- O custo final do muro?
- Quando foi realizada a licitação?
- E o nome da empresa que ganhou a licitação para construir o muro?
No tocante ao uso do dinheiro público transparência é indispensável.
A transparência pública é uma questão de cidadania.
Vamos aguardar, rezando para que os boatos sejam uma grande mentira.


PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO