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terça-feira, 10 de abril de 2012

RIO: CRIMINOSOS NÃO RESPEITAM NEM A SECRETARIA DE SEGURANÇA.

SITE G1:
Criminosos agem perto da Secretaria de Segurança, no Centro do Rio.
Equipe do Jornal Nacional flagrou ação de gangues na Central do Brasil.
Comando Militar do Leste fica próximo a local onde existe uma cracolândia.
Criminosos continuam a agir livremente, à luz do dia, na Avenida Presidente Vargas, uma das principais vias do Centro do Rio de Janeiro. Na mesma região, que deveria ser uma das mais seguras da cidade, atuamente existe uma cracolândia, como mostra reportagem do Jornal Nacional.
O local fica perto da estação de trens da Central do Brasil, uma das mais movimentadas da cidade e a poucos metros da Secretaria de Segurança Pública. Cerca de 300 metros do local dos assaltos fica o Comando Militar do Leste (CML) do Rio - o quartel general do Exército, responsável pela defesa em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. E numa calçada de frente a um dos acessos ao Comando, a equipe do JN também flagrou várias pessoas consumindo crack.
A cracolândia fica cheia a maior parte do dia. Homens e mulheres usam a droga livremente. Algumas vezes os soldados do Exército, com cassetetes, abordam os usuários de droga. Mas eles voltam para a calçada logo em seguida.
Na maioria das vezes, eles atuam em dupla. Em uma das calçadas da região, em poucos segundos, um menor de camisa branca arranca a pulseira de uma senhora e corre. Um camelô ainda tenta segurá-lo, mas ele é mais rápido. Logo depois, o comparsa de camisa preta, que se encontra na mesma calçada, puxa o cordão do pescoço de outra vítima.
Em outro flagrante, são pelo menos oito. A quadrilha é formada por maiores e menores de idade. Um deles rouba o cordão de uma mulher, que ainda tenta reagir.
Há três meses a equipe do JN gravou uma série de assaltos no Centro do Rio. De lá pra cá, a Polícia Militar diz ter aumentado o patrulhamento na região. Além disso, uma cerca de ferro também foi colocada nas calçadas que atravessam a avenida. Tudo isso para tentar impedir a ação dos criminosos. Mas os assaltos não pararam, como mostram imagens feitas pelo Jornal Nacional nas duas últimas semanas.
Em fevereiro de 2012 foram registrados 77 roubos, contra 70 no mesmo período em 2011. Já o número de furtos chegou a 380 em fevereiro de 2012, contra 283 em fevereiro do ano passado.
A Secretaria de Segurança do Rio informou que, a partir de segunda-feira, policiais a cavalo vão reforçar o patrulhamento em torno da Central do Brasil.
Juntos Somos Fortes!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

SÃO PAULO: A RETOMADA DA CRACOLÂNDIA - REINALDO AZEVEDO.

REVISTA VEJA
09/01/2012
às 5:39
A RETOMADA DA CRACOLÂNDIA: Homens de bem têm de renovar sua confiança no estado democrático; os bandidos têm de temê-lo. Ou: O “especialista” como mau engenheiro social.
O governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo decidiram fazer uma radical intervenção numa área da região central da cidade que ganhou o nome de “cracolândia”. Muitas outras existem Brasil afora, inclusive nas imediações da Esplanada dos Ministérios, a poucos metros do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, sob as barbas do ministro da Justiça e do batom de Dilma Rousseff. É uma vergonha que várias esferas do Poder Público, Brasil afora, tenham permitido a formação dessas comunidades de zumbis, de mortos-vivos, de andrajosos que perambulam, como disse o poeta, “sem ar, sem luz, sem razão”, escravos do seu vício, promovendo e se submetendo a toda sorte de violência, condenados à miséria material e espiritual pelo casamento infeliz da incúria do Estado com os nefelibatismo de teóricos mancos da política de redução de danos — que assumiu, entre nós, a danosa face da tolerância que mata e que corrói indivíduos, famílias e áreas da cidade.
Uniram-se o Estado e a Prefeitura para asfixiar o tráfico do crack e para fazer a coisa certa: retomar uma parte do território que há anos vem sendo ocupada por traficantes e usuários, num espetáculo grotesco, cruel, de degradação humana e urbana. O objetivo é impedir a chegada da droga para forçar o usuário a procurar ajuda. Infelizmente, ainda não existe uma lei que permita a internação compulsória daquelas pessoas que já não podem mais responder por si mesmas, que já perderam o poder de escolha, que não têm mais como arbitrar sobre a própria vida.
Não tardou para que os “reacionários” resolvessem, afinal de contas…, reagir! A ação de governo e Prefeitura fere a sensibilidade dos “engenheiros sociais” de algumas ONGs, de que os viciados, afinal de contas, são uma espécie de clientes afetivos e morais. Há muitos anos, essa população que está na rua se tornou uma reserva de mercado dessas entidades e de uns dois ou três “padres de passeata”, que entendem de drogas o que entendem da Bíblia: NADA!!! Essa gente brada, pede, reivindica uma “política alternativa” ao que considera “repressão”. Ora, a “política alternativa” , que é a deles, está em curso. E qual tem sido o resultado efetivo? A multiplicação de viciados e a ampliação das áreas das cidades ocupadas pelos chamados “nóias”. Não há hoje município brasileiro, por menor que seja, livre do crack, que já chegou às comunidades indígenas. O flagelo social tem um nome: TOLERÂNCIA. A lógica elementar indica o óbvio: a única forma de conter o crime é combatendo-o. Sem isso, o traficante fica livre para buscar seu lucro, e o dependente, para buscar o seu prazer. Ainda que seja um prazer suicida e seja ele próprio o principal prejudicado, isso não implica que a sociedade deva arcar com as conseqüências nefastas de sua escolha inicial, tornada depois uma doença. Haver nas cidades regiões dedicadas ao consumo, ocupadas pelo estado paralelo do tráfico e por indivíduos destituídos de cidadania, é um escárnio.
Que governo e Prefeitura não recuem de sua disposição e respondam com convicção aos protestos estridentes do humanismo de pé quebrado e à gritaria ideológica. Não tenho pesquisas em mãos, mas estou certo de que a maioria dos paulistanos e dos paulistas apóia a retomada daquele território, que havia sido entregue ao outro mundo. Mas as dificuldades são imensas. No Estadão deste domingo, o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira escreve um artigo que traz uma impressionante soma de equívocos. Ele é diretor do Programa de Orientação, Atendimento a Dependentes (Proad), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e merece, claro, a minha consideração por isso. Mas nem ao mais experimentado especialista no que quer que seja se faculta o direito de jogar no lixo a história e a lógica. Reproduzo o seu artigo em vermelho. E contesto-o em azul.
Estou muito pessimista em relação ao resultado dessa operação. Estão fazendo tudo o que não se pode fazer. A história mostrou por diversas vezes que a adoção de medidas repressivas não dá certo. Pelo contrário, provoca os piores resultados. Se uma ação como essa ocorresse na Europa, por exemplo, renderia até processo contra o governo.
Se é de história que Dartiu quer falar, posso inverter os seus termos, e os fatos estarão comigo. A história provou que abrir mão das medidas repressivas faz as cracolândias: em São Paulo, Brasília, Rio, Belo Horizonte ou Xiririca da Serra. Quanto à sua afirmação de que uma ação como essa renderia processos contra o governo, trata-se apenas, vênia máxima, de retórica oca. A “Europa” não é um país de legislação única. Seria preciso que ele apontasse as “cracolândias” européias e demonstrasse, então, que não há repressão por lá. A propósito: que legislação “européia” — ou brasileira — Estado e Prefeitura estariam infringindo? Ou Dartiu explica, ou serei obrigado a afirmar que não se trata de um argumento, mas de mera trapaça retórica.
Temos um exemplo clássico. Na década de 1960, os Estados Unidos resolveram iniciar a chamada guerra às drogas. Após 30 anos, o próprio governo americano chegou à conclusão de que jogou US$ 20 bilhões no ralo. Mas esse discurso de repressão policial vende voto e capta a simpatia da população menos familiarizada com as nuances do problema.
Há aqui vários equívocos. Dartiu se refere à suposta ineficácia da política americana de repressão ao tráfico de drogas. O que se faz na cracolândia
Em nossa realidade, é ridículo pensar que uma pessoa não vai usar drogas porque a Polícia Militar está na cracolândia. Os usuários vão para as ruas vizinhas.
E é preciso que se coíba o tráfico e o consumo de drogas também nas ruas vizinhas. Quem disse que a retomada da região hoje chamada “Cracolândia” é uma política de prevenção ao uso de drogas? Não é! É uma política de combate ao tráfico e, reitero, de combate ao estado paralelo.
O segundo equívoco é pensar que a droga é que causa a situação de miséria de quem a consome. É exatamente o contrário. O que leva as pessoas para o buraco é a ausência do Estado, que não oferece escola de qualidade, habitação digna nem chance de trabalho. A droga é consequência, não é causa. É por isso que o trabalho não deve ser reprimir, mas prevenir. E, claro, trabalhar para devolver dignidade às pessoas.
Aqui Dartiu já não fala mais como psiquiatra, mas como político, sociólogo e ideólogo. Se o psiquiatra merece respeito por sua expertise na área, o pensador é desprezível porque… bem, porque o que ele diz é o contrário da verdade factual. Terei de ser didático com ele. Não tenho a esperança de que mude de idéia. A minha aposta é que outros não sigam os seus equívocos.
1 - o salário médio do brasileiro anda na casa dos R$ 1.600. Uma imensa quantidade, no entanto, ganha muito menos. Isso que passaram a chamar de “classe média” é, na verdade, pobreza. Não quero deixar o ideólogo Dartiu chateado, mas a esmagadora maioria dos pobres NÃO CONSOME DROGAS. Durante muito tempo, diga-se, cometeu-se o equívoco de associar violência à pobreza, transformando uma mera correlação em relação de causa e efeito. O fato de toda área muito violenta ser pobre não implica que toda área pobre seja violenta. Nunca é tarde para Dartiu aprender: se as “comunidades” A, B e C são pobres, mas só a B e a C estão entregues ao crime, a pobreza não faz os criminosos. Outros fatores condicionam a ocorrência;
2 - Dartiu comete o equívoco detestável de achar que pessoas pobres são incapazes de fazer escolhas morais. Por isso, segundo o seu ponto de vista, o consumidor de drogas, eventualmente pobre, é só uma vítima da incúria do estado. E o que ele diria dos consumidores que tiveram casa, comida, escola e roupa lavada?;
3 - O Mapa da Violência demonstra que houve uma explosão de homicídios em vários estados do Nordeste, como já demonstrei aqui. Não obstante, a economia na região cresceu mais do que no resto do país;
4 - segundo o doutor, o tráfico e o consumo de drogas não podem ser reprimidos enquanto o país não der por resolvidas todas as mazelas sociais, como se esses dois crimes não alimentassem o ciclo da violência e da exclusão social. Sua tese é desmentida pelos fatos. O crime, reitero, cresceu junto com a economia no Nordeste. O observador apressado diria que crescimento econômico induz a violência. Seria uma tolice! Os dados do Mapa da Violência demonstram, para qualquer observador isento, que é a impunidade que alimenta o crime.
Mesmo que fosse planejada, essa ação repressiva não daria certo, assim como a internação compulsória não resolve. Estudos mostram que a taxa de recaída chega a 98% entre os internados à força. O máximo que essa operação pode promover é pulverizar a cracolândia e higienizar a área.
Pronto! Apareceu a palavrinha mágica com que ideólogos sociais de quinta categoria pretendem silenciar o debate: “higienizar”. Dartiu pode até ser um psiquiatra de primeira, mas, como pensador social, é um falastrão. Quais são os “estudos” que demonstram que a “recaída” dos “internados à força” chega a 98%??? Não existe essa política pública no Brasil! Quando muito, se muito, ele se refere a famílias que tomam essa decisão, recorrendo a clínicas privadas. Qual é a série histórica de que dispõe? Qual é o perfil dessas famílias? De que tipo de droga ele está falando?
Dartiu recorre a um vício típico das esquerdas quando vencidas num debate: basta chamar o adversário de “fascista”, e tudo se resolve num passe de mágica. Ora, se o adversário é “fascista” — e isso quer dizer que ele é mau —, então não é preciso expor os próprios argumentos nem contestar os do outro. A acusação de “higienismo” é o correlato do “fascismo” quando o assunto é combate às cracolândias e intervenção do poder público nas cidades.
Os zumbis que vagam pelas ruas, muitos deles crianças, perderam os vínculos com a família ou com qualquer outro grupo. Se é verdade que não tiveram escola, habitação e trabalho de qualidade (o argumento é falacioso), o que Dartiu propõe como compensação? O abandono? O homem é psiquiatra, e isso quer dizer que não é bobo. Sabe que, ao afirmar que a ação do Estado e da Prefeitura está errada, tem de propor, especialista que é, algo no lugar. E o que ele propõe? Releiam: “O trabalho não deve ser reprimir, mas prevenir.”
É uma sorte dos pacientes, talvez nem tanto dos vendedores de túmulos, que Dartiu não seja pneumologista. Ao receber um paciente com pneumonia, ele não teria dúvida: recomendar-lhe-ia muito exercício aeróbico, natação para fortalecer os pulmões e a capacidade respiratória, quem sabe o ar fresco das manhãs… Essas coisas que ajudam a prevenir a pneumonia, mas que matariam um doente.
É uma estupidez do raciocínio opor prevenção a repressão. São políticas complementares para lidar com fases distintas do problema. Ademais, ignorar que a repressão também tem caráter preventivo corresponde a fazer pouco caso dos fatos. O ideal, e por isso todos apostamos na educação, é que as pessoas não cometam delinqüência porque interiorizaram valores morais. Mas é preciso que o Estado democrático dê a certeza aos homens de bem e aos bandidos de que os delinqüentes serão punidos. Os primeiros precisam ter confiança nesse estado, para reforçá-lo. Os outros têm de ter medo. Para reforçá-lo.
O bandido também exerce um importante papel social. Atrás das grades!
Por Reinaldo Azevedo.
Juntos Somos Fortes!

domingo, 16 de maio de 2010

CRACOLÂNDIA.

O GLOBO:
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

SÃO PAULO: CRACOLÂNDIA.

G1:
Ação na Cracolândia gera crise entre a Polícia Civil e a prefeitura de SP
Secretaria Municipal de Saúde considerou ação uma ‘pirotecnia’. Delegado que comandou operação diz que crítica é ‘insensata’.
Uma ação da Polícia Civil contra traficantes e usuários de crack no Centro de São Paulo provocou desentendimento entre autoridades estaduais e municipais. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a operação foi apenas “pirotecnia” que terminou na imediata liberação de centenas de usuários de drogas, por falta de atendimento médico ou social. O delegado que comandou a ação disse que crítica foi “insensata”, e rebateu: “precisamos resolver o problema da população e não ter vaidade” (leia).
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
Ex-CORREGEDOR INTERNO