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terça-feira, 29 de novembro de 2011

TV BRASIL - PROGRAMA RODA VIVA - ENTREVISTA BELTRAME.

O secretário de segurança pública do Rio de Janeiro, policial federal Beltrame, não conseguiu explicar minutos atrás o motivo de não retomar os territórios dominados pelos milicianos no Rio. Se limitando a citar o caso da UPP do Batan, que era dominada por milicianos.
Pior foi quando não conseguiu explicar a enorme presença do jogo dos bichos no Rio.
Saia justíssima.
Além disso, Beltrame mostrou que avança no comportamento político, deixando de responder às perguntas polêmicas.
Juntos Somos Fortes!

domingo, 9 de agosto de 2009

AS MILÍCIAS E OS POLICIAIS MILITARES.

Todas unidades policiais do RJ têm pelo menos um miliciano
Mario Hugo Monken, Jornal do Brasil
RIO DE JANEIRO - "As milícias se infiltraram em todos os batalhões convencionais da Polícia Militar da capital fluminense, segundo informações oficiais reveladas pelas investigações da corregedoria interna da própria PM e da Polícia Civil que se tornaram públicas, pelas prisões realizadas e pelo relatório da CPI das Milícias da Alerj. Em cada uma das 18 unidades da PM localizadas na cidade do Rio de Janeiro, pelo menos um PM está ou esteve envolvido com grupos paramilitares.
Quatro batalhões especiais – Operações Especiais (Bope), o extinto Vias Especiais (BPVE, hoje BPVr), Turístico (BPTur) e Choque (BPChoque) – também têm policiais citados.
Nas unidades da Zona Sul, por exemplo, onde não há milícias, quatro PMs apareceram em investigações. Um cabo, um soldado e um outro policial do 23º BPM (Leblon) são acusados de envolvimento com o grupo Liga da Justiça, que atua na Zona Oeste e teria como chefe os irmãos Natalino (ex-deputado) e Jerônimo (ex-vereador) Guimarães. Todos estão presos.
Um PM do 2º Batalhão (Botafogo) é suspeito de ligações com a milícia do ex-PM Fabrício Fernandes, o Mirra, que domina favelas na Zona Norte da cidade. Um outro, do 19º BPM (Copacabana) está preso desde junho acusado de participar na morte de um policial civil na Baixada Fluminense. O crime ocorreu porque o agente queria impedir a implantação de uma milícia.
Muitos outros PMs de batalhões fora das áreas de atuação de grupos paramilitares também estão envolvidos. Só no 1º BPM (Estácio), há pelo menos sete. Dois soldados e um cabo foram presos em junho pela Polícia Civil durante a Operação Têmis, acusados de integrar a Liga da Justiça.
Um sargento da unidade é apontado como o chefe da milícia da comunidade Catiri, em Bangu (Zona Oeste). Outro cabo foi citado em investigações da 16ª DP (Barra da Tijuca) como sendo um dos líderes do grupo intitulado de Comando Delta, que controla as favelas Beira-Rio e Novo Rio, no Recreio dos Bandeirantes.
Um outro PM do 1º Batalhão está preso desde junho por envolvimento com a milícia Comando Chico Bala, também com base de atuação na Zona Oeste. Há ainda um sargento citado no relatório da CPI como sendo líder da quadrilha que controla as comunidades de Jardim Bangu e Cancela Preta.
No 5º Batalhão (Zona Portuária), pelo menos três PMs estão presos. Dois deles por participarem da Liga da Justiça. O outro, por integrar a milícia Águia do Mirra.
No 13º Batalhão (Praça Tiradentes), um policial, que chegou a ser candidato a vereador, foi denunciado por envolvimento com uma milícia em Jacarepaguá (Zona Oeste).
O batalhão da Tijuca também contaria com milicianos. O cabo William de Paula, que foi denunciado pelo assassinato do menino João Roberto Amorim Soares, de 3 anos, em 2008, foi citado pela CPI da Alerj, sendo expulso da corporação. Um soldado é investigado por envolvimento com uma milícia em São Gonçalo e outro foi apontado pela CPI da Alerj como sendo responsável por cobrança ilegal de segurança em algumas ruas tijucanas.
Um cabo do 4º Batalhão (São Cristóvão) está sendo investigado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e pela Corregedoria da PM por suposto envolvimento com a milícia da Favela Rio das Pedras, em Jacarepaguá.
O quartel da Ilha do Governador (17º BPM) teria pelo menos sete investigados, a maioria por atuarem na milícia que controla o Morro do Boogie-Woogie. Os batalhões com mais milicianos são o 27º BPM (Santa Cruz), com ao menos 11 suspeitos com nomes divulgados, e o Regimento de Polícia Montada (RPMont), localizado em Campo Grande.
“Problema mais sério”
Para o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) que presidiu a CPI das Milícias, esses dados só vem a confirmar que as milícias são o problema mais sério de segurança pública no Estado.
– São agentes do estado a serviço do crime organizado e usando a máquina do estado. E não é um problema de um ou outro batalhão, é uma questão estrutural que não somente a polícia pode acabar e sim o poder público. Vemos que existem áreas com maior concentração de milícias como Campo Grande e Jacarepaguá, mas que elas podem se espalhar rapidamente – disse".
22:05 - 07/08/2009
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO

segunda-feira, 13 de abril de 2009

OUTRO ACUSADO DE SER MILICIANO É SOLTO PELA JUSTIÇA - ROBERTA TRINDADE.

Pouco mais de três semanas após ser preso e apresentado como integrante da milícia Liga da Justiça pelo delegado Eduardo Soares, adjunto da Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DC-Polinter), o técnico em imobilização ortopédica Marciel Paiva de Souza, 29 anos, ganhou a liberdade. A denúncia feita contra ele, de formação de quadrilha, porte ilegal de arma e receptação, não foi aceita pelo Ministério Público e a Justiça concedeu-lhe um alvará de soltura, que foi cumprido na última quarta-feira.
Após ficar 25 dias preso, o técnico em imobilização ortopédica, que já foi fuzileiro naval e guarda municipal, desabafa, em entrevista exclusiva ao jornal Povo do Rio: “Meu maior medo é morrer”.
Em liberdade há quatro dias, ele contou que esta foi a segunda prisão arbitrária efetuada pela mesma equipe de policiais e relembrou da anterior, ocorrida em junho do ano passado, quando eles ainda estavam na 35ª DP (Campo Grande). Detido naquele dia 12, ele foi mantido durante três dias na custódia da delegacia e transferido somente no dia 15 para a carceragem da 39ª DP (Pavuna), onde permaneceu durante 42 dias, sendo posteriormente absolvido pela Justiça da acusação de ser miliciano.
“Minha intenção não é agredir as autoridades, e sim pedir ajuda. Se existe uma Corregedoria séria e honesta, peço que alguma coisa seja feita. Me dêem meu direito de ir e vir. Me sinto um alvo com vários fuzis e canhões apontados e, em conseqüência disso, tenho medo. Espero conseguir chamar a atenção do Ministério Público e da Justiça, para que eles combatam os policiais corruptos. Tô vivendo uma vida de bandido”, desabafou.
No dia 3 de janeiro deste ano, integrantes do grupo de milicianos conhecido como Comando Chico Bala invadiram a Favela do Barbante, em Inhoaíba, e tentaram matá-lo. Um morador, identificado como Adílson de Souza Alfredo, 33, acabou atingido por bala perdida na perna, enquanto Marciel conseguiu fugir.
“Eu estava indo para a padaria quando ouvi uma voz masculina perguntando: “é aquele ali, Popeye?” e olhei para trás, quando vi e reconheci o Escangalhado. Eles começaram a atirar e todas as pessoas que estavam na rua correram, inclusive eu. Fiquei escondido e logo depois eles falaram: “vambora, vambora que vai babar””, relembrou.
No início deste mês, o juiz Sidney Rosa, do 3º Tribunal do Júri da Capital, decretou a prisão dos ex-PMs Herbert Canijo da Silva, o Escangalhado; Alexandre da Silva Monteiro, o Popeye; Cláudio José de Souza Gregório e Carlos Mendes da Silva Filho. Os dois últimos foram presos em flagrante, no dia 24 de janeiro, no momento em que agrediam motoristas de vans próximo ao terminal rodoviário de Campo Grande.
Os ex-PMs foram denunciados pelo Ministério Público pela tentativa de homicídio contra o técnico em imobilização ortopédica. Na denúncia à Justiça, os Promotores de Justiça de Investigação Penal Bruno de Lima Stibich e Marcus Vinícius da Costa Moraes Leite explicam que a prisão preventiva é imprescindível devido à periculosidade dos acusados, principalmente pela maneira como praticaram o crime, típica dos grupos de extermínio.
Dois meses após o incidente, Marciel gravou um vídeo onde pedia ajuda e denunciava integrantes do Comando Chico Bala, grupo liderado pelo ex-PM Francisco César Silva Oliveira, o Chico Bala, e rival da Liga da Justiça, controlada pelo também ex-PM Ricardo Teixeira Cruz, o Batman. O conteúdo da fita foi divulgada com exclusividade pelo Jornal POVO do Rio.
“Hoje eu acredito que os maiores milicianos são os delegados Eduardo Soares e Marcus Neves. Eles usam o poder do Estado. O delegado é um miliciano protegido, que forja prisões e trabalha para favorecer outro grupo”, denunciou o técnico em imobilização ortopédica.
“Eu procurei a Corregedoria da Polícia Civil e denunciei as arbitrariedades que os dois cometiam. Fui preso injustamente por eles e inocentado pela Justiça. Depois disso pedi proteção, mas nunca recebi. Quando me prendeu, o Eduardo falou que eu merecia estar na vala e disse que tudo que eu tinha pedido estava arquivado, pois ele tinha apoio do Secretário de Segurança”, afirmou Marciel.
A denúncia acontece três semanas após a absolvição de um PM acusado pelos mesmos delegados de ser miliciano. No dia 14 de julho do ano passado, o sargento reformado Airton Padilha Meneses, 42 anos, teve sua casa, também em Inhoaíba, invadida pelo delegado Eduardo Soares e os ex-PMs apontados como integrantes do Comando Chico Bala. Ele foi preso, acusado de envolvimento com a Liga da Justiça e autuado por porte ilegal de arma. Oito meses depois, foi absolvido pelo juiz Rubens Casara, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, que destacou, em sua sentença: “ilegalidade não se combate com ilegalidade”.

PAULO RICARDO PAÚL
CORONEL DE POLÍCIA
CORONEL BARBONO