sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A ODISSEIA FINANCEIRA DE UM POLICIAL MILITAR DO RIO DE JANEIRO.

José, Soldado da PM, ganhava R$ 1.200,00 por mês e passava por sérias dificuldades com a sua família, o obrigando a trabalhar no "bico", segunado emprego. Além disso, ele estava com um problema de saúde e afastado da atividade fim. De repente, uma luz, os PMs aptos teriam direito a uma gratificação mensal de R$ 350,00. Não teve dúvida, foi ao hospital e saiu festejando o apto para o serviço, afinal, a dor na coluna não era insuportável. Um, dois, três meses de gratificação,com os vencimentos totalizando R$ 1.550,00 pagou algumas dívidas, aliviou a pressão em casa e a coluna nem piorou tanto assim. Repentinamente, surge nova chance, uma permuta para uma UPP, onde os PMs ganham uma gratificação maior, R$ 500,00 por mês. Permuta feita, passados alguns meses ganhando agora R$ 1.700,00 mensais, José fez algumas novas prestações, afinal o banheiro e a cozinha precisavam ser azulejados, trabalho que não fez bem a sua coluna, obviamente. José estava com sorte, um amigo do BPChoque se ofereceu para permutar com ele e lá a gratificação era de R$ 1.000,00 por mês. José festejou, fez a festinha de quinze anos da filha mais velha e ganhou algumas novas prestações, que ele considerava pagáveis com os vencimentos de R$ 2.200,00 mensais. Ele sofria cada vez mais com as dores na coluna durante o serviço, mas não reclamava, sobretudo quando conseguiu uma permuta para o BOPE, onde a gratificação é de R$ 1.500,00 por mês. José agora ganhava R$ 2.700,00 por mês, mas do que o dobro que ganhava quando estava de IFP no batalhão e tinha várias novas prestações, pois deu uma guaribada no carro da família e largou o "bico", a dor na coluna impediu a continuidade. 
A vida seguia e o incômodo com a coluna era cada vez maior.
Na semana passada, a coluna piorou muito e José nem conseguiu se levantar da cama. Uma ambulância o conduziu até o hospital, onde foi internado sem previsão de alta, diante da necessidade de uma intervenção cirurgica, o que o levará a inatividade.
No hospital, José se queixa das dores, mas quem reclama mais é sua esposa, afinal inativo ele voltará a receber R$ 1.200,00 por mês, pois perdeu a gratificação. Pior, não poderá trabalhar no "bico". Ela resmunga pelos cantos, perguntando quem pagará as prestações...
Baseado em fatos reais, faço vertiginosa ficção, embora seja uma ficção que se transforma em realidade diariamente na casa de vários PMs.
Juntos Somos Fortes!

4 comentários:

Anônimo disse...

Greve geral!! Paralisação, jáaa!! Sem luta não há vitória.

Anônimo disse...

É JOSÉ,

JUNTOS "SERIAMOS" FORTES.

SD PM

Anônimo disse...

é pura Verdade!!!

Paulo Ricardo Paúl disse...

Grato pelos comentários.
Juntos Somos Fortes!